A Europa se rebela
Protestos violentos estão varrendo a Europa e uma nova era de ira continua a se intensificar, ao mesmo tempo em que os terroristas financeiros que provocaram o colápso econômico, agora começam a sentir a punição pelos seus erros. Grã Bretanha, Itália, Rússia e a Grécia, estão enfrentando protestos generalizados e 2011 promete ser o ano da desobediência civil.
As consequências dos protestos violentos dos estudantes em Londres, contra o aumento das taxas estudantis, contiuam a repercutir e as autoridades já pensam em usar canhões d àgua, como forma de reprimir e subjulgar os manifestantes. Já falam inclusive, em banir quaisquer tipos de manifestações.
Roma, tem sofrido os piores protestos violentos dos últimos 30 anos e os manifestantes anti Berlusconi, têm mantido verdadeiros combates com a polícia nas ruas do setor turístico da cidade.
´´ A destruição que ocorre em Roma, só tem paralelo com os protestos ocorridos em 1977, ano em que a Itália enfrentou manifestações violentas provocadas pela militãncia política.´´, declarou o jornal Corriere della Sera.
Protestos violentos em Atenas, contra os planos de austeridade, causaram a fuga desesperada de pessoas que faziam suas compras de natal. Os gregos protestam contra congelamento e cortes de salários no setor público.
Em um incidente, feriram o parlamentar Kostis Hatzidakis e ele ficou todo ensanguentado e ferido após ser perseguido e agredido por dezenas de manifestantes.
Na Rússia,os protestos anti-governamentais,ocorreram em dois locais diferentes em Moscou. Os manifestantes pedem a renúncia de Vladimir Putin e mais direitos às minorias.
Estes exemplos recentes de perturbações civis, ocorrem logo após as manifestações violentas que tomaram a França, de assalto, em outubro e muitos outros casos espalhados pelo continente.
Embora os protestos não sejam relacionados ao mesmo tema, eles servem como alimentadores do resentimento geral contra as elites dirigentes, que acomente a população européia. Parece que por enquanto, os EUA, são um dos poucos países importantes que ainda não enfrentam esta onda de protestos violentos em massa.
Muitos analistas financeiros preveêm mais protestos em 2011 e já há previsões que os anos próximos serão conehcidos como ´´ anos da ira ´´. Conforme as medidadas de austeridades implantadas pelos governos, começam a causar efeito, trazendo desemprego em massa;corte nos serviços públicos; criminalidade em alta; taxas e impostos sendo aumentados; mais e mais pessoas vão tomar as ruas em protestos.
O historiador Simon Schama, ele próprio, parte da elite, observou que tais manifestações farão com que as elites dirigentes adotem atitudes cada vez mais autoritárias, objetivando domar as massas e impor a ordem.
Gerald Celente,declarou que ´´ estamos testemunhando o nascimento de uma nova luta de classes, pois a população já não poderá ser enganada a crer que sacrifícios que só servem para beneficiar os mais ricos, sejam de interesse da população.´´
Conforme as condições econômicas continuem a deteriorar-se nos EUA e Europa, os levantes acontecerão em maior número; serão mais frequentes ,mais organizados e mais ferozes. Como resposta,a repressão do aparato policial será cada vez mais dura e violenta.
O ano novo vem aí e o palco já está armado para a ocorrência de atos incendiários que serão cometidos pelos dois lados ,gerando uma escalada de violência prolongada.
Os governos vão declarar que hooligans, anarquistas, militantes políticos e agentes estrangeiros, seriam os responsáveis pelos conflitos e a grande imprensa vai ajudar em espalhar a mentira. O que será pintado como um assalto ao sistema capítalista e à livre iniciativa, poderia melhor ser descrito como atos de auto defesa; uma luta entre o crescente número dos que não têm, versus os que têm e que ficam cada vez mais ricos.
O ano de 2011, será caracterizado como um ano de tensãoe protestos, e os governos falando abertamente em proibir manifestações e em assim fazendo, estarão estabelecendo de fato, uma lei marcial. Combustível para a revolta não faltará e a população ficará cada vez mais rebelde ao perceber que além do dinheiro, perdeu também sua liberdade política.
Fonte: Paul Joseph Watson / PrisonPlanet
Tradução e edição: BGN / Jack
BGN - Blog Geral de Notícias
Notícias e eventos atuais - Desde 28/09/2008
wibiya widget
Detalhes chocantes do socorro aos bancos por parte do Federal Reserve
Senador Bernie Sanders
Bernie Sanders, Senador americano
Em uma audiência do Comitê de Orçamento do Senado, em 2009, solicitamos ao presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, que informasse ao povo americano os nomes das instituições financeiras que receberam um socorro financeiro sem precedentes e em segredo. Pedi que revelasse também quanto receberam e as contrapartidas que teriam sido exigidas para o socorro financeiro. Bernanke recusou-se a fornecer quaisquer informações.
Agora, 1 ano e meio depois, como resultado de uma emenda que conseguimos incluir na Lei de Reforma de Wall Street, começamos a levantar o véu de sigilo que encobre o FED e assim o povo americano, agora tem acesso às informações.
É lamentável que tenha demorado tanto tempo para que isto ocorresse e é uma vergonha que os maiores bancos da América e Bernanke tenham lutado para manter este segredo e assim impedir que se soubesse a verdade. Mas agora os detalhes do socorro financeiro estão publicados no website do FED e esta é uma vitória para o contribuinte americano e para a transparência nas ações de governo.
Importante ressaltar que meu projeto, também exigiu que o Escritório de Contabilidade do Governo, conduzisse uma auditoria completa de todos os empréstimos de emergência que foram fornecidos durante a crise financeira e com o prazo de 21 de julho de 2011 para ser divulgado. A auditoria investigará todos os potenciais conflitos de interesses que possam ter ocorrido nestas operações de socorro.
Na quarta-feira passada, o FED viu-se obrigado a divulgar detalhes sobre como foram emprestados US$ 3.3 trilhões de dólares em empréstimos de emergência; informação que até então era escondida do público. Isto é apenas o começo do processo. Muitas coisa ainda será revelada.
Após anos e anos sendo ignorado pelo FED, o povo americano, finalmente está descobrindo os detalhes incríveis e de fazer cair o queixo, sobre a operação de socorro multitrilionária para socorrer Wall Street e as grandes corporações americanas. Como resultado destas revelações, outros congressistas, juntamente comigo, decidiram acompanhar cuidadosamente, toda a auditoria, objetivando conhecer todos os aspectos sobre como o Federal Reserve funciona e como podemos tornar nossas instituições financeiras mais responsáveis aos interesses do americano comum e das pequenas empresas.
O que descobrimos até agora sobre as mais de 21 mil transações de empréstimos?
Bem descobrimos que o socorro financeiro de US$ 700 bilhões, objeto de lei específica e sancionado pelo Presidente Bush, mostrou-se ser uma troca de bolsos, em comparação aos trilhões de dólares com juros quase zero e outros arranjs financeiros concedidos pelo FED às grandes instituições financeiras deste país. Entre elas podemos citar:Goldman Sachs,que recebeu quase US$ 600 bilhões; Morgan Stanley,que recebeu quase US$ 2 trilhões;Citigroup, que recebeu US$1.8 trilhão; Bearn Stearns, que recebeu quase US$ 1 trilhão e a Merrill Lynch , que recebeu algo em torno de US$ 1.5 trilhão, em empréstimos de curto prazo, fornecidos pelo FED.
Também descobrimos que este socorro trilionário, não limitou-se à Wall Street e aos grandes bancos. Algumas das maiores corporações deste país, também receberam um auxílio substancial. Entre as beneficiadas podemos citar: General Electric, McDonald´s, Caterpillar, Harley Davidson, Toyota e a Verizon.
Mas talvez o mais surpreendente nesta operação, foi descobrir que parte do dinheiro foi utilizado para socorrer corporações e bancos estrangeiros, incluindo-se ai dois grandes bancos europeus - Deutsche Bank e Credit Suisse - os quais eram os maiores beneficiários das operações de compra de derivativos hipotecários por parte do FED.
O Deutsche Banak,vendeu ao FED, mais de US$ 290 bilhões em derivativos. O Credit Suisse, algo emtorno de US$ 287 bilhões em títulos. Será que o FED tornou-se o banco central do planeta?
O FED argumentou que o socorro foi necessário para impedir que a enconomia mundial caisse desfiladeiro abaixo. Ocorre que três anos após o começo da recessão, milhões de americanos continuam desempregados e perderam suas casas, economias e mesmo a condição de enviar seus filhos à Universidade. Enquanto isto, os grandes bancos e as grandes corporações voltaram a obter lucros fabulosos e a pagar a seus executivos, pacotes de compensação milionários sem precedentes; como se a crise financeira que eles começaram não tivesse acontecido.
O que estas revelações nos mostram, entre muitas outras coisas, é que apesar da imensa quantidade de dinheiro do contribuinte,utilizada na operação de socorro,o FED não exigiu nenhuma contrapartida aos beneficiários. Não foi exigida nenhuma ação que ajudasse a reconstruir a economia e a proteger as necessidades do cidadão comum.
Vamos exemplificar: em uma época em que os grandes bancos mantém quase US$ 1 trilhão em reservas suplementares no FED; o FED não exige que estas instituições aumentem o volume de empréstimos às pequenas e médias empresas, como contrapartida pela operação de socorro.
Em um momento no qual grandes corporações são mais lucrativas que em qualquer época passada, o FED não exigiu das empresas socorridas, políticas de criação de empregos e expansão dos investimentos produtivos assim que elas voltassem à lucratividade.
Pretendemos investigar se tais empréstimos secretos, em alguns casos ,tornaram-se apenas um prêmio aos bancos, pois usaram o dinheiro não para reinvestir na economia e sim para emprestar ao governo federal a taxas de juros elevadas, por meio de operações de compra de títulos do Tesosuro. Ou seja, ao invés deste dinheiro ser usado em reinvestimento na economia produtiva, suspeitamos que boa parte deste dinheiro emprestado pelo governo a juro quase zero, acabou sendo usado para a compra de títulos do Tesouro a juros altos, ou traduzindo, dinheiro sem ônus doado a algumas das maiores instituições financeiras deste país. Isto deverá ser investigado com rigor.
Em uma época em que os executivos de Wall Street ganham agora muito mais dinheiro que antes da crise, quanto os grandes bancos que em 2009 pagaram os fundos TARP,objetivando evitar limites nos prêmios pagos aos executivos, receberam em empreéstimos do FED, sem exigências colaterais?
Em uma época na qual milhões de americanos pagam juros escandalosos no uso de seus cartões de crédito, por que o FED não exige das operadoras dos cartões, a queda na taxa cobrada, como compensação pelo socorro governamental concedido?
Os quatro maiores bancos deste país (Bank of America, JP Morgan Chase, Wells Fargo e o Citigroup), emitem a metade de todas as hipotécas neste país. Agora sabemos que estes bancos receberam centenas de bilhões de dólares do FED. Quantos americanos poderiam ter permanecido em suas casas se o FED tivesse exigido que os bancos socorridos, reduzissem os valores dos pagamentos hipotecários como condição para receber tais empréstimos secretos?
Começamos a levantar o véu de sigilo que encobre uma das mais importantes agências do governo deste país. O que estamos percebendo é o incrível poder de um punhado de pessoas, que têm incríveis conflitos de interesses e que ainda assim conseguem uma ajuda incrível do contribuinte. O mesmo contribuinte que tem suas necessidades ignoradas por esta gente.
Bernie Sanders, é Senador pelo Estado de Vermont, EUA. Ele descreve a si mesmo como um socialista. É o primeiro político eleito para o Congresso americano, que se diz socialista. Geralmente, ele se alinha ao Partido Democrata nas votações no Senado. Ele é um Senador sem partido, assim como o Senador Joe Lieberman. Sua carreira política começou em 1971 ao ingressar em um pequeno partido político contrário à Guerra do Vietnã.
Página de Bernie Sanders no website do Senado americano
Fonte: Huffington Post
Traduçãoe edição: BGN - Jack
Bernie Sanders, Senador americano
Em uma audiência do Comitê de Orçamento do Senado, em 2009, solicitamos ao presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, que informasse ao povo americano os nomes das instituições financeiras que receberam um socorro financeiro sem precedentes e em segredo. Pedi que revelasse também quanto receberam e as contrapartidas que teriam sido exigidas para o socorro financeiro. Bernanke recusou-se a fornecer quaisquer informações.
Agora, 1 ano e meio depois, como resultado de uma emenda que conseguimos incluir na Lei de Reforma de Wall Street, começamos a levantar o véu de sigilo que encobre o FED e assim o povo americano, agora tem acesso às informações.
É lamentável que tenha demorado tanto tempo para que isto ocorresse e é uma vergonha que os maiores bancos da América e Bernanke tenham lutado para manter este segredo e assim impedir que se soubesse a verdade. Mas agora os detalhes do socorro financeiro estão publicados no website do FED e esta é uma vitória para o contribuinte americano e para a transparência nas ações de governo.
Importante ressaltar que meu projeto, também exigiu que o Escritório de Contabilidade do Governo, conduzisse uma auditoria completa de todos os empréstimos de emergência que foram fornecidos durante a crise financeira e com o prazo de 21 de julho de 2011 para ser divulgado. A auditoria investigará todos os potenciais conflitos de interesses que possam ter ocorrido nestas operações de socorro.
Na quarta-feira passada, o FED viu-se obrigado a divulgar detalhes sobre como foram emprestados US$ 3.3 trilhões de dólares em empréstimos de emergência; informação que até então era escondida do público. Isto é apenas o começo do processo. Muitas coisa ainda será revelada.
Após anos e anos sendo ignorado pelo FED, o povo americano, finalmente está descobrindo os detalhes incríveis e de fazer cair o queixo, sobre a operação de socorro multitrilionária para socorrer Wall Street e as grandes corporações americanas. Como resultado destas revelações, outros congressistas, juntamente comigo, decidiram acompanhar cuidadosamente, toda a auditoria, objetivando conhecer todos os aspectos sobre como o Federal Reserve funciona e como podemos tornar nossas instituições financeiras mais responsáveis aos interesses do americano comum e das pequenas empresas.
O que descobrimos até agora sobre as mais de 21 mil transações de empréstimos?
Bem descobrimos que o socorro financeiro de US$ 700 bilhões, objeto de lei específica e sancionado pelo Presidente Bush, mostrou-se ser uma troca de bolsos, em comparação aos trilhões de dólares com juros quase zero e outros arranjs financeiros concedidos pelo FED às grandes instituições financeiras deste país. Entre elas podemos citar:Goldman Sachs,que recebeu quase US$ 600 bilhões; Morgan Stanley,que recebeu quase US$ 2 trilhões;Citigroup, que recebeu US$1.8 trilhão; Bearn Stearns, que recebeu quase US$ 1 trilhão e a Merrill Lynch , que recebeu algo em torno de US$ 1.5 trilhão, em empréstimos de curto prazo, fornecidos pelo FED.
Também descobrimos que este socorro trilionário, não limitou-se à Wall Street e aos grandes bancos. Algumas das maiores corporações deste país, também receberam um auxílio substancial. Entre as beneficiadas podemos citar: General Electric, McDonald´s, Caterpillar, Harley Davidson, Toyota e a Verizon.
Mas talvez o mais surpreendente nesta operação, foi descobrir que parte do dinheiro foi utilizado para socorrer corporações e bancos estrangeiros, incluindo-se ai dois grandes bancos europeus - Deutsche Bank e Credit Suisse - os quais eram os maiores beneficiários das operações de compra de derivativos hipotecários por parte do FED.
O Deutsche Banak,vendeu ao FED, mais de US$ 290 bilhões em derivativos. O Credit Suisse, algo emtorno de US$ 287 bilhões em títulos. Será que o FED tornou-se o banco central do planeta?
O FED argumentou que o socorro foi necessário para impedir que a enconomia mundial caisse desfiladeiro abaixo. Ocorre que três anos após o começo da recessão, milhões de americanos continuam desempregados e perderam suas casas, economias e mesmo a condição de enviar seus filhos à Universidade. Enquanto isto, os grandes bancos e as grandes corporações voltaram a obter lucros fabulosos e a pagar a seus executivos, pacotes de compensação milionários sem precedentes; como se a crise financeira que eles começaram não tivesse acontecido.
O que estas revelações nos mostram, entre muitas outras coisas, é que apesar da imensa quantidade de dinheiro do contribuinte,utilizada na operação de socorro,o FED não exigiu nenhuma contrapartida aos beneficiários. Não foi exigida nenhuma ação que ajudasse a reconstruir a economia e a proteger as necessidades do cidadão comum.
Vamos exemplificar: em uma época em que os grandes bancos mantém quase US$ 1 trilhão em reservas suplementares no FED; o FED não exige que estas instituições aumentem o volume de empréstimos às pequenas e médias empresas, como contrapartida pela operação de socorro.
Em um momento no qual grandes corporações são mais lucrativas que em qualquer época passada, o FED não exigiu das empresas socorridas, políticas de criação de empregos e expansão dos investimentos produtivos assim que elas voltassem à lucratividade.
Pretendemos investigar se tais empréstimos secretos, em alguns casos ,tornaram-se apenas um prêmio aos bancos, pois usaram o dinheiro não para reinvestir na economia e sim para emprestar ao governo federal a taxas de juros elevadas, por meio de operações de compra de títulos do Tesosuro. Ou seja, ao invés deste dinheiro ser usado em reinvestimento na economia produtiva, suspeitamos que boa parte deste dinheiro emprestado pelo governo a juro quase zero, acabou sendo usado para a compra de títulos do Tesouro a juros altos, ou traduzindo, dinheiro sem ônus doado a algumas das maiores instituições financeiras deste país. Isto deverá ser investigado com rigor.
Em uma época em que os executivos de Wall Street ganham agora muito mais dinheiro que antes da crise, quanto os grandes bancos que em 2009 pagaram os fundos TARP,objetivando evitar limites nos prêmios pagos aos executivos, receberam em empreéstimos do FED, sem exigências colaterais?
Em uma época na qual milhões de americanos pagam juros escandalosos no uso de seus cartões de crédito, por que o FED não exige das operadoras dos cartões, a queda na taxa cobrada, como compensação pelo socorro governamental concedido?
Os quatro maiores bancos deste país (Bank of America, JP Morgan Chase, Wells Fargo e o Citigroup), emitem a metade de todas as hipotécas neste país. Agora sabemos que estes bancos receberam centenas de bilhões de dólares do FED. Quantos americanos poderiam ter permanecido em suas casas se o FED tivesse exigido que os bancos socorridos, reduzissem os valores dos pagamentos hipotecários como condição para receber tais empréstimos secretos?
Começamos a levantar o véu de sigilo que encobre uma das mais importantes agências do governo deste país. O que estamos percebendo é o incrível poder de um punhado de pessoas, que têm incríveis conflitos de interesses e que ainda assim conseguem uma ajuda incrível do contribuinte. O mesmo contribuinte que tem suas necessidades ignoradas por esta gente.
Bernie Sanders, é Senador pelo Estado de Vermont, EUA. Ele descreve a si mesmo como um socialista. É o primeiro político eleito para o Congresso americano, que se diz socialista. Geralmente, ele se alinha ao Partido Democrata nas votações no Senado. Ele é um Senador sem partido, assim como o Senador Joe Lieberman. Sua carreira política começou em 1971 ao ingressar em um pequeno partido político contrário à Guerra do Vietnã.
Página de Bernie Sanders no website do Senado americano
Fonte: Huffington Post
Traduçãoe edição: BGN - Jack
REVOLTANTE: Laboratório é autuado após fazer doação a criança em coma
A doação de um produto indispensável para a vida de um menino de três anos pode custar caro para o laboratório farmacêutico Baldacci.
Leiam a matéria abaixo e tentem não ficar revoltados se conseguirem.
A doação de um produto indispensável para a vida de um menino de três anos pode custar caro para o laboratório farmacêutico Baldacci. Há pouco mais de um mês, a empresa foi notificada pela Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo por fornecer citrulina, um aminoácido usado na fabricação do remédio Ornitargim, para o garoto.
A justificativa é de que o laboratório tinha autorização apenas para usar o produto como matéria-prima. Por isso, a venda e até mesmo a doação representariam uma infração sanitária. "Não se trata de uma questão de saúde pública, mas de formalismo cego. Sem o remédio, o Victor teria morrido", reagiu a empresária Bianca Calumby, mãe do menino.
"A intenção era ajudar. A doação foi feita às claras, documentada, baseada num pedido médico. Nunca pensei que poderíamos ser penalizados por querer socorrer uma criança", relatou o diretor do laboratório notificado, Ronaldo Leão Abud.
A família de Victor procurou o laboratório Baldacci há três anos tão logo foi feito o diagnóstico de uma doença grave e rara apresentada pelo garoto, um erro inato de metabolismo - conjunto de distúrbios hereditários que afetam o funcionamento das células.
Da primeira vez, o laboratório doou três quilos do aminoácido. No início do ano, quando o produto estava no fim, a família procurou novamente o laboratório e uma nova doação foi feita. O problema começou quando a família decidiu recorrer à Justiça para garantir o fornecimento tanto do aminoácido quanto do Fenilbutirato, o outro medicamento indicado pelos médicos, para Victor. Na ação, a Secretaria de Saúde de São Paulo afirmou que não havia citrulina disponível no mercado.
"Nesse estágio, juntamos cópia do documento mostrando que o produto existia e que já vinha sendo usado pelo nosso filho", recordou Bianca. Logo em seguida, a empresa foi autuada. Bianca interpretou a autuação da empresa como uma espécie de retaliação. "A vigilância foi implacável. Fiquei chocada com a reação", disse a mãe de Victor.
Abud preferiu não se manifestar sobre a autuação da vigilância. De acordo com o desfecho do caso, a empresa poderá ter dificuldades para obter o certificado de boas práticas farmacêuticas, algo importante para permanecer no mercado. "Com a doação, procuramos preencher um espaço que havia sido deixado vazio pelo Estado. Não é nossa função providenciar remédios para população. Isso é dever do governo", completou. Ele disse estranhar também o fato de a secretaria não conseguir identificar a existência do produto no mercado.
A dificuldade em identificar a citrulina no País, de acordo com a Secretaria de Saúde de São Paulo, foi provocada pelo fato de o produto ser matéria-prima e não uma substância ativa. "Por isso, não há registro de consulta na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)", informou a secretaria, por meio de nota.
Ainda de acordo com a secretaria, a autuação foi feita em cumprimento de um dever. "É dever da vigilância sanitária controlar a produção, comercialização, distribuição e circulação de medicamentos no Estado de São Paulo, visando à segurança dos pacientes que os utilizam. O laboratório, antes de desrespeitar a legislação, deveria ter consultado a Vigilância Sanitária Estadual para que recebesse orientação adequada sobre como proceder neste caso", disse.
A Anvisa, no entanto, avalia que a autuação da Baldacci não precisaria ser feita. Isso porque a citrulina é um aminoácido, não um medicamento. De acordo com a agência, uma lei sobre doação de alimentos permite que, em casos excepcionais, produtos possam ser doados, desde que a empresa se comprometa a fornecer a substância por todo tempo que for necessário para a criança.
A aplicação da regra, no entanto, fica a critério de cada unidade fiscalizadora. Em outras palavras: a autuação feita por São Paulo não é incorreta, mas poderia por lei ser evitada.
Fonte: Agência Estado
É revoltante assistir ao descaso pela vida humana, demonstrado neste episódio lamentável.
Os orgãos de Estado, ao invés de agirem no sentido de buscar salvar a vida de um criança, em obediência à uma detemrinação constitucional de providenciar o medicamento, além de não cumprirem a a lei, preferem punir quem toma a iniciativa de socorrer a criança.
Os burocratas em sua ânsia de poder ficam cegos às necessidades das pessoas e somente focam seus próprios interesses políticos.
A Secretaria de Saúde decretou que o medicamento não estaria disponível no mercado, mesmo sem fazer uma pesquisa a respeito, daí a raiva de ser contrariada e a vingânça mesquinha contra o laboratório.
Acontece que sem a ajuda do laboratório, a criança já estaria morta, mas isto não comove os burocratas da Secretaria, de forma alguma. Se importam apenas em empreender ações vingativas.
Esperamos que o Secretário da Sáude cancele esta autuação abusiva contra o laboratório e tenha a dignidade de providenciar o medicamento à criança, ou então renuncie ao cargo.
Com a palavra o Sr. Alberto Goldman,governador do Estado.
A doação de um produto indispensável para a vida de um menino de três anos pode custar caro para o laboratório farmacêutico Baldacci. Há pouco mais de um mês, a empresa foi notificada pela Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo por fornecer citrulina, um aminoácido usado na fabricação do remédio Ornitargim, para o garoto.
A justificativa é de que o laboratório tinha autorização apenas para usar o produto como matéria-prima. Por isso, a venda e até mesmo a doação representariam uma infração sanitária. "Não se trata de uma questão de saúde pública, mas de formalismo cego. Sem o remédio, o Victor teria morrido", reagiu a empresária Bianca Calumby, mãe do menino.
"A intenção era ajudar. A doação foi feita às claras, documentada, baseada num pedido médico. Nunca pensei que poderíamos ser penalizados por querer socorrer uma criança", relatou o diretor do laboratório notificado, Ronaldo Leão Abud.
A família de Victor procurou o laboratório Baldacci há três anos tão logo foi feito o diagnóstico de uma doença grave e rara apresentada pelo garoto, um erro inato de metabolismo - conjunto de distúrbios hereditários que afetam o funcionamento das células.
Da primeira vez, o laboratório doou três quilos do aminoácido. No início do ano, quando o produto estava no fim, a família procurou novamente o laboratório e uma nova doação foi feita. O problema começou quando a família decidiu recorrer à Justiça para garantir o fornecimento tanto do aminoácido quanto do Fenilbutirato, o outro medicamento indicado pelos médicos, para Victor. Na ação, a Secretaria de Saúde de São Paulo afirmou que não havia citrulina disponível no mercado.
"Nesse estágio, juntamos cópia do documento mostrando que o produto existia e que já vinha sendo usado pelo nosso filho", recordou Bianca. Logo em seguida, a empresa foi autuada. Bianca interpretou a autuação da empresa como uma espécie de retaliação. "A vigilância foi implacável. Fiquei chocada com a reação", disse a mãe de Victor.
Abud preferiu não se manifestar sobre a autuação da vigilância. De acordo com o desfecho do caso, a empresa poderá ter dificuldades para obter o certificado de boas práticas farmacêuticas, algo importante para permanecer no mercado. "Com a doação, procuramos preencher um espaço que havia sido deixado vazio pelo Estado. Não é nossa função providenciar remédios para população. Isso é dever do governo", completou. Ele disse estranhar também o fato de a secretaria não conseguir identificar a existência do produto no mercado.
Defesa
A dificuldade em identificar a citrulina no País, de acordo com a Secretaria de Saúde de São Paulo, foi provocada pelo fato de o produto ser matéria-prima e não uma substância ativa. "Por isso, não há registro de consulta na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)", informou a secretaria, por meio de nota.
Ainda de acordo com a secretaria, a autuação foi feita em cumprimento de um dever. "É dever da vigilância sanitária controlar a produção, comercialização, distribuição e circulação de medicamentos no Estado de São Paulo, visando à segurança dos pacientes que os utilizam. O laboratório, antes de desrespeitar a legislação, deveria ter consultado a Vigilância Sanitária Estadual para que recebesse orientação adequada sobre como proceder neste caso", disse.
A Anvisa, no entanto, avalia que a autuação da Baldacci não precisaria ser feita. Isso porque a citrulina é um aminoácido, não um medicamento. De acordo com a agência, uma lei sobre doação de alimentos permite que, em casos excepcionais, produtos possam ser doados, desde que a empresa se comprometa a fornecer a substância por todo tempo que for necessário para a criança.
A aplicação da regra, no entanto, fica a critério de cada unidade fiscalizadora. Em outras palavras: a autuação feita por São Paulo não é incorreta, mas poderia por lei ser evitada.
Fonte: Agência Estado
Não atirem no mensageiro por revelar verdades desconfortáveis
Por Julian Assange
Em 1958 um jovem Rupert Murdoch, então proprietário e editor do The News de Adelaide (Austrália), escreveu: "Na corrida entre o segredo e a verdade, parece inevitável que a verdade sempre vença."
Sua observação talvez tenha sido um reflexo da revelação de seu pai, Keith Murdoch, sobre o sacrifício desnecessário de tropas australianas nas costas de Gallipoli, por parte de comandantes britânicos incompetentes. Os britânicos tentaram calá-lo, mas Keith Murdoch não seria silenciado e seus esforços levaram ao tÉrmino da desastrosa campanha de Gallipoli.
Quase um século depois, o Wikileaks também publica sem medo fatos que precisam ser tornados públicos.
Eu cresci numa cidade do interior do estado de Queensland, onde as pessoas falavam de maneira curta e grossa aquilo que pensavam. Eles desconfiavam do governo (big government) como algo que poderia ser corrompido caso não fosse vigiado cuidadosamente. Os dias sombrios de corrupção no governo de Queensland, que antecederam a investigação Fitzgerald, são testemunhos do que acontece quando políticos impedem a mídia de reportar a verdade.
Essas coisas ficaram comigo. O Wikileaks foi criado em torno desses valores centrais. A ideia concebida na Austrália era usar as tecnologias da internet de maneira a reportar a verdade. O Wikileaks cunhou um novo tipo de jornalismo: o jornalismo científico. Nós trabalhamos com outros suportes de mídia para trazer as notícias para as pessoas, mas também para provar que essas notícias são verdadeiras. O jornalismo científico permite que você leia as notícias, e então clique num link para ver o documento original no qual a notícia foi baseada. Desta maneira você mesmo pode julgar: esta notícia é verdadeira?, os jornalistas a reportaram de maneira precisa?
Sociedades democráticas precisam de uma mídia forte e o Wikileaks faz parte dessa mídia. A mídia ajuda a manter um governo honesto. Wikileaks revelou algumas duras verdades sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão, e notícias defeituosas (broken stories) sobre corrupção corporativa.
As pessoas afirmaram que sou antiguerra: que fique registrado, eu não sou. Algumas vezes, nações precisam ir à guerra, e simplesmente há guerras. Mas não há nada mais errado do que um governo mentir à sua população sobre estas guerras, e então pedir a estes mesmos cidadãos que coloquem suas vidas e o dinheiro de seus impostos a serviço dessas mentiras. Se uma guerra é justificável, então diga a verdade e a população dirá se deve apoiá-la ou não.
Se você leu qualquer um dos relatórios de guerra sobre o Afeganistão e o Iraque, qualquer um dos telegramas das embaixadas estadunidense ou qualquer uma das notícias sobre as coisas que o Wikileaks tem reportado, considere quão importante é que toda a mídia possa reportar tais fatos livremente.
O Wikileaks não é o único que publicou os telegramas das embaixadas dos Estados Unidos. Outros suportes de mídia, incluindo o britânico The Guardian, o The New York Times, o El País e o Der Spiegel na Alemanha publicaram os mesmos telegramas. Porém é o Wikileaks, como coordenador destes outros grupos, que tem sido alvo dos mais virulentos ataques e acusações por parte do governo estadunidense e seus acólitos. Eu tenho sido acusado de traição, mesmo sendo cidadão australiano e não estadunidense. Tem havido inúmeros sérios clamores nos EUA para que eu seja capturado por forças especiais estadunidenses. Sarah Palin diz que eu deveria ser "caçado como Osama Bin Laden". Uma lei republicana tramita no Senado norte-americano buscando declarar-me uma "ameaça transnacional" e tratar-me correspondentemente. Um assessor do gabinete do primeiro-ministro canadense clamou em rede nacional de televisão que eu fosse assassinado. Um blogueiro americano clamou para que o meu filho de 20 anos de idade aqui na Austrália fosse sequestrado e ferido por nenhum outro motivo além de um meio de chegar até mim.
E os australianos devem observar sem orgulho a desgraçada anuência a estes sentimentos por parte da primeira-ministra australiana Guillard e a secretária do Estado dos EUA Hillary Clinton, as quais não emitiram sequer uma palavra de crítica às demais organizações midiáticas. Isto por que o The Guardian, The New York Times e Der Spiegel são velhos e grandes, enquanto o Wikileaks é ainda jovem e pequeno.
Nós somos os vira-latas. O governo Guillard está tentando atirar no mensageiro porque não quer que a verdade seja revelada, incluindo informações sobre as suas próprias negociações diplomáticas e políticas.
Houve alguma resposta por parte do governo australiano às inúmeras ameaças públicas de violência contra mim e outros colaboradores do Wikileaks? Não me parece absurdo supor que a primeira-ministra australiana deveria estar defendendo os seus cidadãos de ações dessa natureza, porém, de sua parte, tem havido apenas alegações infundadas de ilegalidade. A primeira-ministra e especialmente o procurador-geral deveriam levar a cabo suas obrigações com dignidade e acima das disputas. Que fique claro que esses dois pretendem salvar a própria pele. Eles não conseguirão.
Toda vez que o Wikileaks publica a verdade sobre abusos cometidos pelas agências dos EUA, políticos australianos entoam o coro provavelmente falso com o Departamento de Estado: "Você colocará vidas em risco! Segurança nacional! Você colocará em perigo as nossas tropas!" E então eles dizem que não há nada de importante no que o Wikileaks publica.
Mas as nossas publicações estão longe de serem desimportantes. Os telegramas diplomáticos dos EUA revelam alguns fatos inquietantes:
** Os EUA pediram à sua diplomacia para que roubassem material humano (personal human material) e informações de oficiais da ONU e grupos de direitos humanos, incluindo DNA, impressões digital, scans de íris, números de cartão de crédito, senhas da internet e fotos de identificação, em violação a tratados internacionais. É provável que diplomatas australianos da ONU também sejam alvos.
** O rei Abdullah da Arábia Saudita pediu aos oficiais dos EUA na Jordânia e Bahrein que interrompam o programa nuclear iraniano a qualquer custo.
** A investigação britânica sobre o Iraque foi adulterada para proteger "interesses dos EUA"
** A Suécia é um membro secreto da OTAN e a inteligência dos EUA não divulga suas informações ao parlamento.
** Os EUA está forçando a barra para tentar fazer com que outros países recebam detentos libertados de Guantanamo. Barack Obama concordou em encontrar o presidente esloveno apenas se a Eslovênia recebesse um prisioneiro. Nosso vizinho do Pacífico, Kiribati, foi oferecido milhões de dólares para receber detentos.
Em sua decisão histórica no caso dos Documentos do Pentágono, a Suprema Corte Americana disse: "Apenas uma imprensa livre e sem amarras pode eficientemente expor fraudes no governo". A tempestade turbulenta em torno do Wikileaks hoje reforça a necessidade de defender o direito de toda a mídia de revelar a verdade.
Créditos da versão:
Reproduzido do Esquerda.net, 7/12/2010, originalmente publicado no The Australian; tradução de Paula Sequeiros, intertítulos do OI
The Original issue:
IN 1958 a young Rupert Murdoch, then owner and editor of Adelaide's The News, wrote: "In the race between secrecy and truth, it seems inevitable that truth will always win."
His observation perhaps reflected his father Keith Murdoch's expose that Australian troops were being needlessly sacrificed by incompetent British commanders on the shores of Gallipoli. The British tried to shut him up but Keith Murdoch would not be silenced and his efforts led to the termination of the disastrous Gallipoli campaign.
Nearly a century later, WikiLeaks is also fearlessly publishing facts that need to be made public.
I grew up in a Queensland country town where people spoke their minds bluntly. They distrusted big government as something that could be corrupted if not watched carefully. The dark days of corruption in the Queensland government before the Fitzgerald inquiry are testimony to what happens when the politicians gag the media from reporting the truth.
These things have stayed with me. WikiLeaks was created around these core values. The idea, conceived in Australia, was to use internet technologies in new ways to report the truth.
WikiLeaks coined a new type of journalism: scientific journalism. We work with other media outlets to bring people the news, but also to prove it is true. Scientific journalism allows you to read a news story, then to click online to see the original document it is based on. That way you can judge for yourself: Is the story true? Did the journalist report it accurately?
Democratic societies need a strong media and WikiLeaks is part of that media. The media helps keep government honest. WikiLeaks has revealed some hard truths about the Iraq and Afghan wars, and broken stories about corporate corruption.
People have said I am anti-war: for the record, I am not. Sometimes nations need to go to war, and there are just wars. But there is nothing more wrong than a government lying to its people about those wars, then asking these same citizens to put their lives and their taxes on the line for those lies. If a war is justified, then tell the truth and the people will decide whether to support it.
If you have read any of the Afghan or Iraq war logs, any of the US embassy cables or any of the stories about the things WikiLeaks has reported, consider how important it is for all media to be able to report these things freely.
WikiLeaks is not the only publisher of the US embassy cables. Other media outlets, including Britain's The Guardian, The New York Times, El Pais in Spain and Der Spiegel in Germany have published the same redacted cables.
Yet it is WikiLeaks, as the co-ordinator of these other groups, that has copped the most vicious attacks and accusations from the US government and its acolytes. I have been accused of treason, even though I am an Australian, not a US, citizen. There have been dozens of serious calls in the US for me to be "taken out" by US special forces. Sarah Palin says I should be "hunted down like Osama bin Laden", a Republican bill sits before the US Senate seeking to have me declared a "transnational threat" and disposed of accordingly. An adviser to the Canadian Prime Minister's office has called on national television for me to be assassinated. An American blogger has called for my 20-year-old son, here in Australia, to be kidnapped and harmed for no other reason than to get at me.
And Australians should observe with no pride the disgraceful pandering to these sentiments by Julia Gillard and her government. The powers of the Australian government appear to be fully at the disposal of the US as to whether to cancel my Australian passport, or to spy on or harass WikiLeaks supporters. The Australian Attorney-General is doing everything he can to help a US investigation clearly directed at framing Australian citizens and shipping them to the US.
Prime Minister Gillard and US Secretary of State Hillary Clinton have not had a word of criticism for the other media organisations. That is because The Guardian, The New York Times and Der Spiegel are old and large, while WikiLeaks is as yet young and small.
We are the underdogs. The Gillard government is trying to shoot the messenger because it doesn't want the truth revealed, including information about its own diplomatic and political dealings.
Has there been any response from the Australian government to the numerous public threats of violence against me and other WikiLeaks personnel? One might have thought an Australian prime minister would be defending her citizens against such things, but there have only been wholly unsubstantiated claims of illegality. The Prime Minister and especially the Attorney-General are meant to carry out their duties with dignity and above the fray. Rest assured, these two mean to save their own skins. They will not.
Every time WikiLeaks publishes the truth about abuses committed by US agencies, Australian politicians chant a provably false chorus with the State Department: "You'll risk lives! National security! You'll endanger troops!" Then they say there is nothing of importance in what WikiLeaks publishes. It can't be both. Which is it?
It is neither. WikiLeaks has a four-year publishing history. During that time we have changed whole governments, but not a single person, as far as anyone is aware, has been harmed. But the US, with Australian government connivance, has killed thousands in the past few months alone.
US Secretary of Defence Robert Gates admitted in a letter to the US congress that no sensitive intelligence sources or methods had been compromised by the Afghan war logs disclosure. The Pentagon stated there was no evidence the WikiLeaks reports had led to anyone being harmed in Afghanistan. NATO in Kabul told CNN it couldn't find a single person who needed protecting. The Australian Department of Defence said the same. No Australian troops or sources have been hurt by anything we have published.
But our publications have been far from unimportant. The US diplomatic cables reveal some startling facts:
► The US asked its diplomats to steal personal human material and information from UN officials and human rights groups, including DNA, fingerprints, iris scans, credit card numbers, internet passwords and ID photos, in violation of international treaties. Presumably Australian UN diplomats may be targeted, too.
► King Abdullah of Saudi Arabia asked the US to attack Iran.
► Officials in Jordan and Bahrain want Iran's nuclear program stopped by any means available.
► Britain's Iraq inquiry was fixed to protect "US interests".
► Sweden is a covert member of NATO and US intelligence sharing is kept from parliament.
► The US is playing hardball to get other countries to take freed detainees from Guantanamo Bay. Barack Obama agreed to meet the Slovenian President only if Slovenia took a prisoner. Our Pacific neighbour Kiribati was offered millions of dollars to accept detainees.
In its landmark ruling in the Pentagon Papers case, the US Supreme Court said "only a free and unrestrained press can effectively expose deception in government". The swirling storm around WikiLeaks today reinforces the need to defend the right of all media to reveal the truth.
Julian Assange is the editor-in-chief of WikiLeaks.
Em 1958 um jovem Rupert Murdoch, então proprietário e editor do The News de Adelaide (Austrália), escreveu: "Na corrida entre o segredo e a verdade, parece inevitável que a verdade sempre vença."
Sua observação talvez tenha sido um reflexo da revelação de seu pai, Keith Murdoch, sobre o sacrifício desnecessário de tropas australianas nas costas de Gallipoli, por parte de comandantes britânicos incompetentes. Os britânicos tentaram calá-lo, mas Keith Murdoch não seria silenciado e seus esforços levaram ao tÉrmino da desastrosa campanha de Gallipoli.
Quase um século depois, o Wikileaks também publica sem medo fatos que precisam ser tornados públicos.
Eu cresci numa cidade do interior do estado de Queensland, onde as pessoas falavam de maneira curta e grossa aquilo que pensavam. Eles desconfiavam do governo (big government) como algo que poderia ser corrompido caso não fosse vigiado cuidadosamente. Os dias sombrios de corrupção no governo de Queensland, que antecederam a investigação Fitzgerald, são testemunhos do que acontece quando políticos impedem a mídia de reportar a verdade.
Essas coisas ficaram comigo. O Wikileaks foi criado em torno desses valores centrais. A ideia concebida na Austrália era usar as tecnologias da internet de maneira a reportar a verdade. O Wikileaks cunhou um novo tipo de jornalismo: o jornalismo científico. Nós trabalhamos com outros suportes de mídia para trazer as notícias para as pessoas, mas também para provar que essas notícias são verdadeiras. O jornalismo científico permite que você leia as notícias, e então clique num link para ver o documento original no qual a notícia foi baseada. Desta maneira você mesmo pode julgar: esta notícia é verdadeira?, os jornalistas a reportaram de maneira precisa?
Palavra crítica
Sociedades democráticas precisam de uma mídia forte e o Wikileaks faz parte dessa mídia. A mídia ajuda a manter um governo honesto. Wikileaks revelou algumas duras verdades sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão, e notícias defeituosas (broken stories) sobre corrupção corporativa.
As pessoas afirmaram que sou antiguerra: que fique registrado, eu não sou. Algumas vezes, nações precisam ir à guerra, e simplesmente há guerras. Mas não há nada mais errado do que um governo mentir à sua população sobre estas guerras, e então pedir a estes mesmos cidadãos que coloquem suas vidas e o dinheiro de seus impostos a serviço dessas mentiras. Se uma guerra é justificável, então diga a verdade e a população dirá se deve apoiá-la ou não.
Se você leu qualquer um dos relatórios de guerra sobre o Afeganistão e o Iraque, qualquer um dos telegramas das embaixadas estadunidense ou qualquer uma das notícias sobre as coisas que o Wikileaks tem reportado, considere quão importante é que toda a mídia possa reportar tais fatos livremente.
O Wikileaks não é o único que publicou os telegramas das embaixadas dos Estados Unidos. Outros suportes de mídia, incluindo o britânico The Guardian, o The New York Times, o El País e o Der Spiegel na Alemanha publicaram os mesmos telegramas. Porém é o Wikileaks, como coordenador destes outros grupos, que tem sido alvo dos mais virulentos ataques e acusações por parte do governo estadunidense e seus acólitos. Eu tenho sido acusado de traição, mesmo sendo cidadão australiano e não estadunidense. Tem havido inúmeros sérios clamores nos EUA para que eu seja capturado por forças especiais estadunidenses. Sarah Palin diz que eu deveria ser "caçado como Osama Bin Laden". Uma lei republicana tramita no Senado norte-americano buscando declarar-me uma "ameaça transnacional" e tratar-me correspondentemente. Um assessor do gabinete do primeiro-ministro canadense clamou em rede nacional de televisão que eu fosse assassinado. Um blogueiro americano clamou para que o meu filho de 20 anos de idade aqui na Austrália fosse sequestrado e ferido por nenhum outro motivo além de um meio de chegar até mim.
E os australianos devem observar sem orgulho a desgraçada anuência a estes sentimentos por parte da primeira-ministra australiana Guillard e a secretária do Estado dos EUA Hillary Clinton, as quais não emitiram sequer uma palavra de crítica às demais organizações midiáticas. Isto por que o The Guardian, The New York Times e Der Spiegel são velhos e grandes, enquanto o Wikileaks é ainda jovem e pequeno.
Decisão histórica
Nós somos os vira-latas. O governo Guillard está tentando atirar no mensageiro porque não quer que a verdade seja revelada, incluindo informações sobre as suas próprias negociações diplomáticas e políticas.
Houve alguma resposta por parte do governo australiano às inúmeras ameaças públicas de violência contra mim e outros colaboradores do Wikileaks? Não me parece absurdo supor que a primeira-ministra australiana deveria estar defendendo os seus cidadãos de ações dessa natureza, porém, de sua parte, tem havido apenas alegações infundadas de ilegalidade. A primeira-ministra e especialmente o procurador-geral deveriam levar a cabo suas obrigações com dignidade e acima das disputas. Que fique claro que esses dois pretendem salvar a própria pele. Eles não conseguirão.
Toda vez que o Wikileaks publica a verdade sobre abusos cometidos pelas agências dos EUA, políticos australianos entoam o coro provavelmente falso com o Departamento de Estado: "Você colocará vidas em risco! Segurança nacional! Você colocará em perigo as nossas tropas!" E então eles dizem que não há nada de importante no que o Wikileaks publica.
Mas as nossas publicações estão longe de serem desimportantes. Os telegramas diplomáticos dos EUA revelam alguns fatos inquietantes:
** Os EUA pediram à sua diplomacia para que roubassem material humano (personal human material) e informações de oficiais da ONU e grupos de direitos humanos, incluindo DNA, impressões digital, scans de íris, números de cartão de crédito, senhas da internet e fotos de identificação, em violação a tratados internacionais. É provável que diplomatas australianos da ONU também sejam alvos.
** O rei Abdullah da Arábia Saudita pediu aos oficiais dos EUA na Jordânia e Bahrein que interrompam o programa nuclear iraniano a qualquer custo.
** A investigação britânica sobre o Iraque foi adulterada para proteger "interesses dos EUA"
** A Suécia é um membro secreto da OTAN e a inteligência dos EUA não divulga suas informações ao parlamento.
** Os EUA está forçando a barra para tentar fazer com que outros países recebam detentos libertados de Guantanamo. Barack Obama concordou em encontrar o presidente esloveno apenas se a Eslovênia recebesse um prisioneiro. Nosso vizinho do Pacífico, Kiribati, foi oferecido milhões de dólares para receber detentos.
Em sua decisão histórica no caso dos Documentos do Pentágono, a Suprema Corte Americana disse: "Apenas uma imprensa livre e sem amarras pode eficientemente expor fraudes no governo". A tempestade turbulenta em torno do Wikileaks hoje reforça a necessidade de defender o direito de toda a mídia de revelar a verdade.
Créditos da versão:
Reproduzido do Esquerda.net, 7/12/2010, originalmente publicado no The Australian; tradução de Paula Sequeiros, intertítulos do OI
The Original issue:
Don't shoot messenger for revealing uncomfortable truths
WIKILEAKS deserves protection, not threats and attacks.
IN 1958 a young Rupert Murdoch, then owner and editor of Adelaide's The News, wrote: "In the race between secrecy and truth, it seems inevitable that truth will always win."
His observation perhaps reflected his father Keith Murdoch's expose that Australian troops were being needlessly sacrificed by incompetent British commanders on the shores of Gallipoli. The British tried to shut him up but Keith Murdoch would not be silenced and his efforts led to the termination of the disastrous Gallipoli campaign.
Nearly a century later, WikiLeaks is also fearlessly publishing facts that need to be made public.
I grew up in a Queensland country town where people spoke their minds bluntly. They distrusted big government as something that could be corrupted if not watched carefully. The dark days of corruption in the Queensland government before the Fitzgerald inquiry are testimony to what happens when the politicians gag the media from reporting the truth.
These things have stayed with me. WikiLeaks was created around these core values. The idea, conceived in Australia, was to use internet technologies in new ways to report the truth.
WikiLeaks coined a new type of journalism: scientific journalism. We work with other media outlets to bring people the news, but also to prove it is true. Scientific journalism allows you to read a news story, then to click online to see the original document it is based on. That way you can judge for yourself: Is the story true? Did the journalist report it accurately?
Democratic societies need a strong media and WikiLeaks is part of that media. The media helps keep government honest. WikiLeaks has revealed some hard truths about the Iraq and Afghan wars, and broken stories about corporate corruption.
People have said I am anti-war: for the record, I am not. Sometimes nations need to go to war, and there are just wars. But there is nothing more wrong than a government lying to its people about those wars, then asking these same citizens to put their lives and their taxes on the line for those lies. If a war is justified, then tell the truth and the people will decide whether to support it.
If you have read any of the Afghan or Iraq war logs, any of the US embassy cables or any of the stories about the things WikiLeaks has reported, consider how important it is for all media to be able to report these things freely.
WikiLeaks is not the only publisher of the US embassy cables. Other media outlets, including Britain's The Guardian, The New York Times, El Pais in Spain and Der Spiegel in Germany have published the same redacted cables.
Yet it is WikiLeaks, as the co-ordinator of these other groups, that has copped the most vicious attacks and accusations from the US government and its acolytes. I have been accused of treason, even though I am an Australian, not a US, citizen. There have been dozens of serious calls in the US for me to be "taken out" by US special forces. Sarah Palin says I should be "hunted down like Osama bin Laden", a Republican bill sits before the US Senate seeking to have me declared a "transnational threat" and disposed of accordingly. An adviser to the Canadian Prime Minister's office has called on national television for me to be assassinated. An American blogger has called for my 20-year-old son, here in Australia, to be kidnapped and harmed for no other reason than to get at me.
And Australians should observe with no pride the disgraceful pandering to these sentiments by Julia Gillard and her government. The powers of the Australian government appear to be fully at the disposal of the US as to whether to cancel my Australian passport, or to spy on or harass WikiLeaks supporters. The Australian Attorney-General is doing everything he can to help a US investigation clearly directed at framing Australian citizens and shipping them to the US.
Prime Minister Gillard and US Secretary of State Hillary Clinton have not had a word of criticism for the other media organisations. That is because The Guardian, The New York Times and Der Spiegel are old and large, while WikiLeaks is as yet young and small.
We are the underdogs. The Gillard government is trying to shoot the messenger because it doesn't want the truth revealed, including information about its own diplomatic and political dealings.
Has there been any response from the Australian government to the numerous public threats of violence against me and other WikiLeaks personnel? One might have thought an Australian prime minister would be defending her citizens against such things, but there have only been wholly unsubstantiated claims of illegality. The Prime Minister and especially the Attorney-General are meant to carry out their duties with dignity and above the fray. Rest assured, these two mean to save their own skins. They will not.
Every time WikiLeaks publishes the truth about abuses committed by US agencies, Australian politicians chant a provably false chorus with the State Department: "You'll risk lives! National security! You'll endanger troops!" Then they say there is nothing of importance in what WikiLeaks publishes. It can't be both. Which is it?
It is neither. WikiLeaks has a four-year publishing history. During that time we have changed whole governments, but not a single person, as far as anyone is aware, has been harmed. But the US, with Australian government connivance, has killed thousands in the past few months alone.
US Secretary of Defence Robert Gates admitted in a letter to the US congress that no sensitive intelligence sources or methods had been compromised by the Afghan war logs disclosure. The Pentagon stated there was no evidence the WikiLeaks reports had led to anyone being harmed in Afghanistan. NATO in Kabul told CNN it couldn't find a single person who needed protecting. The Australian Department of Defence said the same. No Australian troops or sources have been hurt by anything we have published.
But our publications have been far from unimportant. The US diplomatic cables reveal some startling facts:
► The US asked its diplomats to steal personal human material and information from UN officials and human rights groups, including DNA, fingerprints, iris scans, credit card numbers, internet passwords and ID photos, in violation of international treaties. Presumably Australian UN diplomats may be targeted, too.
► King Abdullah of Saudi Arabia asked the US to attack Iran.
► Officials in Jordan and Bahrain want Iran's nuclear program stopped by any means available.
► Britain's Iraq inquiry was fixed to protect "US interests".
► Sweden is a covert member of NATO and US intelligence sharing is kept from parliament.
► The US is playing hardball to get other countries to take freed detainees from Guantanamo Bay. Barack Obama agreed to meet the Slovenian President only if Slovenia took a prisoner. Our Pacific neighbour Kiribati was offered millions of dollars to accept detainees.
In its landmark ruling in the Pentagon Papers case, the US Supreme Court said "only a free and unrestrained press can effectively expose deception in government". The swirling storm around WikiLeaks today reinforces the need to defend the right of all media to reveal the truth.
Julian Assange is the editor-in-chief of WikiLeaks.
Facebook lança "nova cara" para perfis de usuários
O site Facebook lançou um novo formato de perfil para usuários que desejarem renovar a sua página de apresentação na rede social.
Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, anunciou as mudanças numa entrevista à rede CBS/Eric Risberg/AP
Entre as principais novidades do novo perfil, está a possibilidade de acrescentar uma pequena biografia, em tópicos, na parte superior da página, logo acima de um carrossel com as últimas fotos em que o usuário foi marcado.
Ao explicar as mudanças no site, um dos engenheiros do Facebook, Josh Wiseman, disse aos usuários que as mudanças "tornarão mais fácil contar a sua história e conhecer os seus amigos".
Na nova versão, os inscritos no Facebook poderão dar mais detalhes sobre o tipo de atividade em que estão envolvidos, incluindo projetos específicos na área profissional.
Alguns analistas avaliam que as modificações têm como finalidade aumentar a competitividade do Facebook em relação à rede LinkedIn, voltada para contatos profissionais, que conta com 85 milhões de usuários. O Facebook tem 500 milhões de usuários.
Os interessados no novo perfil devem ativar a "cara nova" da página pelo link http://www.facebook.com/about/profile.
O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, fez o anúncio da novidade durante uma entrevista veiculada para o público americano na rede de televisãoCBS, no domingo.
Na entrevista, Zuckerberg falou sobre ter recusado a venda do Facebook em 2006 para o Yahoo, que, na época, fez uma oferta de U$ 1 bilhão.
"Acho que, naquele momento, muita gente pensou que deveríamos ter vendido a companhia", afirmou. "Agora, acho que, em geral, as pessoas acham que foi uma boa decisão (não ter vendido)."
Zuckerberg também rebateu as críticas feitas ao site por conta de questões envolvendo a privacidade e disse que jamais venderia informações sobre os seus usuários.
"Os anunciantes que usam o site nunca têm acesso à informação dos usuários. É contra as nossas políticas que um aplicativo compartilhe informações com os anunciantes", afirmou o empresário.
A vida de Zuckerberg e a expansão do Facebook - incluindo as ações legais movidas por seus supostos co-criadores - são o tema do filmeA Rede Social, dirigido pelo americano David Fincher.
O longa, que ficou duas semanas como o mais visto nos Estados Unidos, já arrecadou US$ 180 milhões (R$ 302 milhões) em todo o mundo.
Fontes: FOLHA - Agências
Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, anunciou as mudanças numa entrevista à rede CBS/Eric Risberg/AP
Entre as principais novidades do novo perfil, está a possibilidade de acrescentar uma pequena biografia, em tópicos, na parte superior da página, logo acima de um carrossel com as últimas fotos em que o usuário foi marcado.
Ao explicar as mudanças no site, um dos engenheiros do Facebook, Josh Wiseman, disse aos usuários que as mudanças "tornarão mais fácil contar a sua história e conhecer os seus amigos".
Na nova versão, os inscritos no Facebook poderão dar mais detalhes sobre o tipo de atividade em que estão envolvidos, incluindo projetos específicos na área profissional.
Alguns analistas avaliam que as modificações têm como finalidade aumentar a competitividade do Facebook em relação à rede LinkedIn, voltada para contatos profissionais, que conta com 85 milhões de usuários. O Facebook tem 500 milhões de usuários.
Os interessados no novo perfil devem ativar a "cara nova" da página pelo link http://www.facebook.com/about/profile.
Entrevista com Zuckerberg
O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, fez o anúncio da novidade durante uma entrevista veiculada para o público americano na rede de televisãoCBS, no domingo.
Na entrevista, Zuckerberg falou sobre ter recusado a venda do Facebook em 2006 para o Yahoo, que, na época, fez uma oferta de U$ 1 bilhão.
"Acho que, naquele momento, muita gente pensou que deveríamos ter vendido a companhia", afirmou. "Agora, acho que, em geral, as pessoas acham que foi uma boa decisão (não ter vendido)."
Zuckerberg também rebateu as críticas feitas ao site por conta de questões envolvendo a privacidade e disse que jamais venderia informações sobre os seus usuários.
"Os anunciantes que usam o site nunca têm acesso à informação dos usuários. É contra as nossas políticas que um aplicativo compartilhe informações com os anunciantes", afirmou o empresário.
A vida de Zuckerberg e a expansão do Facebook - incluindo as ações legais movidas por seus supostos co-criadores - são o tema do filmeA Rede Social, dirigido pelo americano David Fincher.
O longa, que ficou duas semanas como o mais visto nos Estados Unidos, já arrecadou US$ 180 milhões (R$ 302 milhões) em todo o mundo.
Agora é possível acrescentar uma pequena biografia, em tópicos, na parte superior da página, logo acima de um carrossel com as últimas fotos em que o usuário foi marcado
Fontes: FOLHA - Agências
Vida pode ser variável no Universo
Entre tantas cenas memoráveis de "ET - O Extraterrestre", do velho Spielberg, há uma que comove os corações mais nerds: descobre-se que o pequeno alienígena tem DNA, mas com seis "letras" químicas, em vez de quatro, como ocorre na Terra.
A descoberta anunciada na quinta-feira pela Nasa talvez seja ainda mais radical que a do filme. Não é todo dia que um elemento químico antes barrado no seleto grupo de átomos cruciais para a vida acaba passando no teste --caso do "venenoso" arsênio.
De fato, as implicações disso têm um quê de ficção científica --uma das especulações mais comuns entre os autores do ramo é que certos ETs tenham silício no lugar de carbono em suas moléculas. A grande questão é saber se a química da vida é contingente ou necessária.
Em termos menos filosóficos: se o DNA, as proteínas e outras moléculas biológicas são do jeito que são por causa da maneira particular, casual, pela qual a vida evoluiu por aqui ou se as características delas são essenciais para qualquer ser vivo, em qualquer canto do Universo.
No segundo caso, achar vida fora da Terra depende essencialmente de achar outras "Terras" pelo Cosmos. A lenga-lenga de sempre: planetas com água no estado líquido, atmosferas relativamente espessas, rochosos etc. Mas a bactéria do lago Mono pode indicar um Universo bem mais fértil do que se poderia esperar.
Afinal, se a química da vida terráquea é versátil a ponto de trocar um átomo dito essencial por um "primo" na tabela periódica, deixa de ser absurdo cogitar que outras situações como essa estejam acontecendo dentro ou fora do Sistema Solar.
Que tais coisas aconteçam neste planeta é um tributo a outra frase de Spielberg, em "Parque dos Dinossauros": "Life finds a way" ("a vida dá um jeito").
Fonte: Reinaldo José Lopes/FOLHA
A descoberta anunciada na quinta-feira pela Nasa talvez seja ainda mais radical que a do filme. Não é todo dia que um elemento químico antes barrado no seleto grupo de átomos cruciais para a vida acaba passando no teste --caso do "venenoso" arsênio.
De fato, as implicações disso têm um quê de ficção científica --uma das especulações mais comuns entre os autores do ramo é que certos ETs tenham silício no lugar de carbono em suas moléculas. A grande questão é saber se a química da vida é contingente ou necessária.
Em termos menos filosóficos: se o DNA, as proteínas e outras moléculas biológicas são do jeito que são por causa da maneira particular, casual, pela qual a vida evoluiu por aqui ou se as características delas são essenciais para qualquer ser vivo, em qualquer canto do Universo.
No segundo caso, achar vida fora da Terra depende essencialmente de achar outras "Terras" pelo Cosmos. A lenga-lenga de sempre: planetas com água no estado líquido, atmosferas relativamente espessas, rochosos etc. Mas a bactéria do lago Mono pode indicar um Universo bem mais fértil do que se poderia esperar.
Afinal, se a química da vida terráquea é versátil a ponto de trocar um átomo dito essencial por um "primo" na tabela periódica, deixa de ser absurdo cogitar que outras situações como essa estejam acontecendo dentro ou fora do Sistema Solar.
Que tais coisas aconteçam neste planeta é um tributo a outra frase de Spielberg, em "Parque dos Dinossauros": "Life finds a way" ("a vida dá um jeito").
A Vida Mas Não Como A Conhecemos
Editoria de Arte?Folhapress
Fonte: Reinaldo José Lopes/FOLHA
Evento luta por transparência de governos na internet
Maratona hacker busca transparência dos governos
Curioso para saber quais eram os deputados mais votados por zona eleitoral do Distrito Federal em 2006, o cyberativista Ricardo Poppi foi ao site do TSE e descobriu que teria que ver a votação de cada um deles em 17 zonas.
Seria um trabalho hercúleo para tentar verificar a informação de que haveria currais eleitorais em algumas partes de Brasília.
Poppi, que é hacker, passou cerca de 12 horas para conseguir baixar as informações do TSE e cruzá-las com o Yahoo Maps. Disso resultou o site Xerifes do DF, em que o se pode conseguir facilmente a informação que tanto custou a Poppi conseguir.
É um drama comum para jornalistas e pesquisadores. Informações que são públicas e estão disponíveis na web em sites de governos, são de difícil usabilidade: no mais das vezes não se pode cruzá-las e nem indexá-las. Não se pode resignificá-las.
Por esse motivo, centenas de pessoas se reúniram neste sábado (4), no Brasil e no mundo, na primeira maratona hacker em escala mundial cujo objetivo é cobrar dos governos que deem transparência e usabilidade a dados que são ou deveriam ser públicos.
Centenas de cidadãos de cerca de 30 países anunciaram no site do Open Data Day que participariam. O evento é descentralizado e tem o objetivo de trocar informações e desenvolver aplicativos que possam fazer outros sites como o de Poppi.
"Pedimos aos governos que deem informação de um jeito estruturado. Em vez de mostrar um milhão de gráficos e tabelas, que eles permitam que a sociedade produza essas informações. Ela atribui valores diferentes", afirma Daniela Silva, uma das organizadoras da maratona.
"Todo mundo deve ter acesso à informação. É um direito fundamental e o Estado tem obrigação de fornecer essa informação de modo a que qualquer cidadão possa usar", diz Pedro Belasco, membro da comunidade Transparência Hacker.
Os cyberativistas brasileiros avaliam positivamente a transparência orçamentária do governo federal na web, mas afirmam que ela não deve se restringir à questão financeira, e sim se estender a qualquer dado sobre gestão.
E vão além: "Por que é possível declarar o Imposto de Renda pela internet, mas não é possível marcar uma consulta médica no SUS pela rede?" , questiona Daniela.
Fonte: Fernando Gallo/FOLHA
Curioso para saber quais eram os deputados mais votados por zona eleitoral do Distrito Federal em 2006, o cyberativista Ricardo Poppi foi ao site do TSE e descobriu que teria que ver a votação de cada um deles em 17 zonas.
Seria um trabalho hercúleo para tentar verificar a informação de que haveria currais eleitorais em algumas partes de Brasília.
Poppi, que é hacker, passou cerca de 12 horas para conseguir baixar as informações do TSE e cruzá-las com o Yahoo Maps. Disso resultou o site Xerifes do DF, em que o se pode conseguir facilmente a informação que tanto custou a Poppi conseguir.
É um drama comum para jornalistas e pesquisadores. Informações que são públicas e estão disponíveis na web em sites de governos, são de difícil usabilidade: no mais das vezes não se pode cruzá-las e nem indexá-las. Não se pode resignificá-las.
Por esse motivo, centenas de pessoas se reúniram neste sábado (4), no Brasil e no mundo, na primeira maratona hacker em escala mundial cujo objetivo é cobrar dos governos que deem transparência e usabilidade a dados que são ou deveriam ser públicos.
Centenas de cidadãos de cerca de 30 países anunciaram no site do Open Data Day que participariam. O evento é descentralizado e tem o objetivo de trocar informações e desenvolver aplicativos que possam fazer outros sites como o de Poppi.
"Pedimos aos governos que deem informação de um jeito estruturado. Em vez de mostrar um milhão de gráficos e tabelas, que eles permitam que a sociedade produza essas informações. Ela atribui valores diferentes", afirma Daniela Silva, uma das organizadoras da maratona.
"Todo mundo deve ter acesso à informação. É um direito fundamental e o Estado tem obrigação de fornecer essa informação de modo a que qualquer cidadão possa usar", diz Pedro Belasco, membro da comunidade Transparência Hacker.
Os cyberativistas brasileiros avaliam positivamente a transparência orçamentária do governo federal na web, mas afirmam que ela não deve se restringir à questão financeira, e sim se estender a qualquer dado sobre gestão.
E vão além: "Por que é possível declarar o Imposto de Renda pela internet, mas não é possível marcar uma consulta médica no SUS pela rede?"
Fonte: Fernando Gallo/FOLHA
Brasil vigia suspeitos com elos ao Irã
A CIA acredita que esses brasileiros não foram escolhidos a esmo para ir ao Irã
O governo Lula monitora há três anos um grupo de brasileiros suspeitos de ter recebido instruções e dinheiro de organizações islâmicas para desenvolver atividades ou núcleos terroristas no país, informa reportagem de Lucas Ferraz, publicada neste domingo pela Folha.
Segundo a reportagem apurou, a Polícia Federal abriu inquérito para investigar o caso, que também é acompanhado pela Abin, órgão de inteligência ligado à Presidência. Os brasileiros são monitorados desde que o governo recebeu um informe da CIA, o serviço secreto dos EUA.
O despacho informava que esse grupo, de cerca de 20 pessoas, viajou em 2008 ao Irã com o suporte logístico do Hizbollah e da Jihad Islâmica, milícias que não reconhecem o Estado de Israel e que são consideradas terroristas por vários países.
A CIA acredita que esses brasileiros não foram escolhidos a esmo para ir ao Irã, mas sim recrutados para aprender como montar células políticas e/ou armadas.
A Folha apurou que os suspeitos --todos convertidos ao Islã-- são de cidades do Rio de Janeiro, de São Paulo, do Paraná e de Estados do Nordeste. Eles viajaram em duas datas diferentes a Teerã, capital iraniana.
Fonte: FOLHA
O governo Lula monitora há três anos um grupo de brasileiros suspeitos de ter recebido instruções e dinheiro de organizações islâmicas para desenvolver atividades ou núcleos terroristas no país, informa reportagem de Lucas Ferraz, publicada neste domingo pela Folha.
Segundo a reportagem apurou, a Polícia Federal abriu inquérito para investigar o caso, que também é acompanhado pela Abin, órgão de inteligência ligado à Presidência. Os brasileiros são monitorados desde que o governo recebeu um informe da CIA, o serviço secreto dos EUA.
O despacho informava que esse grupo, de cerca de 20 pessoas, viajou em 2008 ao Irã com o suporte logístico do Hizbollah e da Jihad Islâmica, milícias que não reconhecem o Estado de Israel e que são consideradas terroristas por vários países.
A CIA acredita que esses brasileiros não foram escolhidos a esmo para ir ao Irã, mas sim recrutados para aprender como montar células políticas e/ou armadas.
A Folha apurou que os suspeitos --todos convertidos ao Islã-- são de cidades do Rio de Janeiro, de São Paulo, do Paraná e de Estados do Nordeste. Eles viajaram em duas datas diferentes a Teerã, capital iraniana.
Editoria de Arte/Folhapress
Fonte: FOLHA
Hospedeiro suiço do Wikileaks rejeita pressões para tirar o domínio do ar.
Orgão suiço que administra domínios suiços na internet rejeita pressões da França e EUA.
O Wikileaks ganhou um reforço hoje,após a Suiça haver rejeitado as crescentes pressões internacionais objetivando tirar o site do ar.
O site que revela segredos e está divulgando mensagens vazadas do serviço diplomático dos EUA, foi forçada ontem a mudar seu domínio para Wikileaks.ch, logo após o hospedeiro americano de seu principal site, Wikileaks.org, haver desconectado o serviço após fortes pressões do governo americano.
O novo hospedeiro suiço do site, o Switch, informou hoje que não há razão justificável apra tirar o site do ar, apesar das pressões dos EUA e França. O Switch é uma organização sem fins lucrativos que registra e mantém os domínios no país e pertence ao governo suiço e administra os os mais de 1,5 milhões de domínios existentes na Suiça. A França, inclusive ,lançou um apelo para que todas as companhias e organizações cortem seu vínculo com o Wikileaks.
O Partido Pirata Suiço ,havia registrado o domínio WikiLeaks.ch,no início do ano, para uso do site caso fosse necessário, e informou que recebeu garantias da Switch que não bloquearia o site.
Um e-mail enviado por Denis Simonet, presidente do Partido Pirata Suiço, aos membros internacionais do grupo político liberal, cita: ´´ Minutos atrás recebi boas notícias: A Switch, orgão suiço responsável pelos registros de domínios ch, informou-nos que não há razão para bloquear o domínio Wikileaks.ch´´
Laurence Kaye, líder do Partido Pirata Britânico, infromou ao the Guardian o seguinte: ´´ Os Partidos Piratas pelo mundo, agora têm um papel integral em permitir e garantir o acesso ao Wikileaks. Gostaria que alguns de nossos polítcos tivessem a mesma coragem.´´
´´ Apoiamos o projeto do Wikileaks, já que o acesso à informação é pré-requisto para uma sociedade democrática engajada.´´
Julian Assange, fundador do Wikileaks,descreveu a decisão dos provedores americanos em bloquear seu site como sendo ´´a privatização da censura estatal´´ nos EUA.
Fonte: THE GUARDIAN
Tradução: JACK/BGN
O Wikileaks ganhou um reforço hoje,após a Suiça haver rejeitado as crescentes pressões internacionais objetivando tirar o site do ar.
O site que revela segredos e está divulgando mensagens vazadas do serviço diplomático dos EUA, foi forçada ontem a mudar seu domínio para Wikileaks.ch, logo após o hospedeiro americano de seu principal site, Wikileaks.org, haver desconectado o serviço após fortes pressões do governo americano.
O novo hospedeiro suiço do site, o Switch, informou hoje que não há razão justificável apra tirar o site do ar, apesar das pressões dos EUA e França. O Switch é uma organização sem fins lucrativos que registra e mantém os domínios no país e pertence ao governo suiço e administra os os mais de 1,5 milhões de domínios existentes na Suiça. A França, inclusive ,lançou um apelo para que todas as companhias e organizações cortem seu vínculo com o Wikileaks.
O Partido Pirata Suiço ,havia registrado o domínio WikiLeaks.ch,no início do ano, para uso do site caso fosse necessário, e informou que recebeu garantias da Switch que não bloquearia o site.
Um e-mail enviado por Denis Simonet, presidente do Partido Pirata Suiço, aos membros internacionais do grupo político liberal, cita: ´´ Minutos atrás recebi boas notícias: A Switch, orgão suiço responsável pelos registros de domínios ch, informou-nos que não há razão para bloquear o domínio Wikileaks.ch´´
Laurence Kaye, líder do Partido Pirata Britânico, infromou ao the Guardian o seguinte: ´´ Os Partidos Piratas pelo mundo, agora têm um papel integral em permitir e garantir o acesso ao Wikileaks. Gostaria que alguns de nossos polítcos tivessem a mesma coragem.´´
´´ Apoiamos o projeto do Wikileaks, já que o acesso à informação é pré-requisto para uma sociedade democrática engajada.´´
Julian Assange, fundador do Wikileaks,descreveu a decisão dos provedores americanos em bloquear seu site como sendo ´´a privatização da censura estatal´´ nos EUA.
Fonte: THE GUARDIAN
Tradução: JACK/BGN
'Pode ser a descoberta do século', diz astrônomo brasileiro
Conforme Douglas Galante, descoberta abre portas para a existência de diferentes formas de vida em outros planetas
A descoberta de uma bactéria que se comporta como um organismo extraterrestre, anunciada nesta quinta-feira pela Nasa, pode ser a conquista mais importante da astrobiologia neste século, de acordo com o astrônomo Douglas Galante, coordenador do laboratório de astrobiologia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP).
“Isso abre portas para a existência de formas de vida em outros planetas que não utilizem os seis elementos básicos da vida na Terra”, afirma. Todas as formas de vida em nosso planeta são baseadas em seis elementos químicos: carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre. Mas a bactéria descoberta por uma equipe de pesquisadores do Instituto de Astrobiologia da Nasa é capaz de dispensar o fósforo e substituí-lo por arsênio.
Segundo Galante, a própria Terra ainda pode abrigar formas de vida que utilizem outros elementos. “Existem ambientes extremos que são desconhecidos ou não foram estudados o bastante, como as fossas tectônicas, que podem abrigar organismos do gênero.”
O Brasil também deverá ser palco da busca por organismos que se comportem como extraterrestres. De acordo com Galante, um dos ambientes onde esse tipo de microorganismo tem mais chances de existir é a camada de Pré-Sal, a cerca de 7.000 metros de profundidade. “É um ambiente incrível para ser estudado.” Locais com profundidades e pressão muito grandes podem abrigar organismos com estratégias de vida incomuns, como a bactéria tolerante a arsênio - mortal para organismos vivos - achada pela Nasa no Lago Mono, na Califórnia, nos Estados Unidos.
Fonte: VEJA
A bactéria GFAJ-1crescendo no arsênio (Nasa)
A descoberta de uma bactéria que se comporta como um organismo extraterrestre, anunciada nesta quinta-feira pela Nasa, pode ser a conquista mais importante da astrobiologia neste século, de acordo com o astrônomo Douglas Galante, coordenador do laboratório de astrobiologia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP).
“Isso abre portas para a existência de formas de vida em outros planetas que não utilizem os seis elementos básicos da vida na Terra”, afirma. Todas as formas de vida em nosso planeta são baseadas em seis elementos químicos: carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre. Mas a bactéria descoberta por uma equipe de pesquisadores do Instituto de Astrobiologia da Nasa é capaz de dispensar o fósforo e substituí-lo por arsênio.
Segundo Galante, a própria Terra ainda pode abrigar formas de vida que utilizem outros elementos. “Existem ambientes extremos que são desconhecidos ou não foram estudados o bastante, como as fossas tectônicas, que podem abrigar organismos do gênero.”
Felisa Wolfe-Simon, pesquisadora chefe do ramo de Astrobiologia da NASA e líder da pesquisa, comentando a descoberta durante conferência de imprensa, hoje em Washington.
A equipe de pesquisadores: Felisa Wolfe-Simon, Mary Voytek, Steven Benner e Pamela Conrad, durante a conferência de imprensa.
Pré-Sal
O Brasil também deverá ser palco da busca por organismos que se comportem como extraterrestres. De acordo com Galante, um dos ambientes onde esse tipo de microorganismo tem mais chances de existir é a camada de Pré-Sal, a cerca de 7.000 metros de profundidade. “É um ambiente incrível para ser estudado.” Locais com profundidades e pressão muito grandes podem abrigar organismos com estratégias de vida incomuns, como a bactéria tolerante a arsênio - mortal para organismos vivos - achada pela Nasa no Lago Mono, na Califórnia, nos Estados Unidos.
Fonte: VEJA
Assinar:
Postagens (Atom)