O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, negou-se a comentar hoje os ataques do presidente Lula ao DEM --partido de seu vice (Indio da Costa) e aliado dos tucanos na chapa nacional-- e as denúncias de tráfico de influência envolvendo a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra.
O tucano foi questionado quatro vezes sobre o fato de Lula ter dito que é preciso "extirpar" da política brasileira o DEM.
"Não [vou comentar]. Eu tenho falado dessas coisas todo dia. Eu não vou entrar em ti-ti-ti eleitoral", afirmou, evitando bater de frente com o presidente.
Serra também se negou a responder duas perguntas sobre o escândalo envolvendo Erenice Guerra e a demissão de Vinicius Castro, assessor da Casa Civil.
"Não tenho [nada a dizer]. Hoje eu quero falar aqui de coisas positivas. Eu não posso ser cronista disso. Vamos acompanhando, eu já disse que era algo grave", disse o candidato.
O tucano negou ainda a responder questões sobre seu mau desempenho nas pesquisas e sobre o fato de o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ter cassado o registro do candidato do PT ao Senado pelo Pará, Paulo Rocha, que é réu do mensalão e foi enquadrado na Lei Ficha Limpa.
Serra usou a entrevista, feita em um hangar do aeroporto de Belém, para fazer propostas para o Pará e para a região amazônica. Após o contato com a imprensa, ele seguiu de avião para Altamira (733 km da capital) ao lado do candidato do PSDB ao governo paraense, Simão Jatene. Lá, os dois tucanos terão agenda com carreata e comício.
Fonte: FOLHA/RODRIGO VIZEU
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