Obama estará em Copenhague no dia 9 de dezembro, informou a Casa Branca.
O presidente Barack Obama apresentará na conferência de Copenhague sobre o clima a meta de redução de 17% das emissões de gases de efeito estufa nos Estados Unidos em 2020. A meta se amplia para 30% em 2025 e 42% em 2030. Todas elas são em relação aos níveis de 2005, anunciou nesta quarta-feira (25) a Casa Branca.
A presidência americana não respondeu de imediato a correspondência dessas reduções em relação a 1990, ano de referência escolhido pela maior parte dos países associados nas negociações da ONU sobre o clima.
Casa Branca anunciou hoje o corte de emissões em 17% até 2020, com base no ano de 2005
Obama anunciou hoje a sua participação na conferência internacional sobre o clima, na capital dinamarquesa, onde desembarcará no dia 9 de dezembro.
Ainda que tímida, a definição da meta é importante, uma vez que Estados Unidos, China e demais países ricos se recusavam a dar uma meta específica sobre a redução das emissões de dióxido de carbono. Os Estados Unidos e a China são os dois maiores poluidores do planeta.
Obama em Copenhague
Obama estará em Copenhague no dia 9 de dezembro, informou a Casa Branca. A conferência começa no dia 7 e vai até o dia 18.
Mais de 60 chefes de Estado e de governo já aceitaram o convite da Dinamarca, país que vai sediar a cúpula.
De qualquer forma, Obama devia viajar à Europa no dia 10 de dezembro para receber em Oslo seu Prêmio Nobel da Paz.
A conferência acontecerá dos dias 7 a 18 de dezembro.
Brasil
Antes de Obama, o presidente Lula também tinha confirmado sua presença em Copenhague.
Lá, o Brasil deve apresentar sua proposta de redução nas emissões entre 36,1% e 38,9%, classificada pela ministra Dilma Roussef como uma "ação voluntária do governo", sem obrigação compulsória.
Mesmo após promessa de meta dos EUA, Greenpeace acusa Obama de "sabotagem"
A ONG Greenpeace acusou nesta quarta-feira (25), na Indonésia, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de querer "sabotar" a Cúpula Mundial sobre a Mudança Climática de Copenhague por "falta de vontade política".
A denúncia foi feita pelo diretor de campanhas do Greenpeace no Sudeste Asiático, Shailandra Yashwant, ao anunciar o bloqueio do porto de uma fábrica de celulose na ilha de Sumatra para chamar a atenção sobre a contribuição do desmatamento na mudança climática.
A crítica foi feita no dia seguinte em que um alto funcionário do governo americano, não identificado, disse que Obama estaria disposto a apresentar metas de redução das emissões de gases de efeito estufa na conferência de Copenhague.
Na terça-feira (24), Obama também manifestou sua confiança em um acordo significativo na cúpula, estimando que "já há progressos em andamento".
O mundo está a "um passo mais próximo de um resultado de sucesso em Copenhague", disse o presidente norte-americano, após se reunir com o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, na Casa Branca. Os dois líderes reafirmaram que "um acordo em Copenhague deverá envolver e cobrir todos os temas em negociação".
"A apenas duas semanas do início do encontro de Copenhague, também é essencial que todos os países façam o possível para fechar um forte acordo operacional para enfrentar a ameaça da mudança climática e que sirva de base para um tratado legalmente vinculante", completou o presidente dos EUA.
Greenpeace
O diretor do Greenpeace Yashwant pediu respostas pois "o presidente Obama e outros líderes mundiais não podem sabotar os resultados de Copenhague com sua falta de vontade política".
Ele advogou que a cúpula mundial alcance um acordo "legalmente vinculativo", "justo" e ambicioso" que evite o aquecimento global, o que segundo sua opinião implica financiamento internacional para preservar as selvas tropicais de todo o mundo.
"Paralisamos as exportações de um dos maiores centros papeleiros do mundo para dizer a nossos governantes eleitos que podem e devem poupar-nos a catástrofe da mudclimática", ança acrescentou o ativista.
Membros do Greenpeace bloquearam os guindastes do porto privado da Ásia Pulp & Paper (APP), do conglomerado Sinar Mas, na província de Riau, que os ecologistas denominam como "a zona zero do desmatamento".
"Sinar Mas é um dos principais contribuintes à mudança climática por seu amplo papel na destruição das florestas", assegurou Greenpeace através de um comunicado.
Segundo os especialistas, o desmatamento representa cerca de 20% das emissões de dióxido de carbono (CO2) do planeta, um dos gases que contribui ao efeito estufa e ao aquecimento global.
A Indonésia é o terceiro maior emissor de CO2, atrás da China e Estados Unidos, devido à rápida destruição de suas selvas.
Dentro de doze dias, líderes de todo o mundo se reunirão em Copenhague para buscar um acordo que substitua ao Protocolo de Kyoto em 2012.
Fonte: FOLHA - France Presse
Nenhum comentário:
Postar um comentário