Ricardo Setti
Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães
Curiosa a surpresa revelada por setores da mídia para uma das revelações feitas pelo ONG Wikileaks, que se dedica a divulgar material sigiloso vazado de governos e empresas — a nota do então embaixador americano no Brasil, Christopher Sobel, a seus superiores no Departamento de Estado segundo a qual o ministro da Defesa, Nelson Jobim, lhe confidenciara que o à época secretário-geral do Itamaraty, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, “odeia os Estados Unidos”.
Ora, até as carpas do espelho d’água que circunda o palácio do Itamaraty, em Brasília, sabe que isso é verdade: Samuel Pinheiro Guimarães é um militante anti-americano até a raiz dos cabelos.
O embaixador, que desde o ano passado é o secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência, é um dos formuladores da política externa do governo Lula, conduzida pelo chanceler Celso Amorim, que procura afastar o Brasil de posições dos Estados Unidos em qualquer forum, principalmente na ONU, a pretexto de revelar a “independência” do país.
É claro que Jobim desmentiu a conversa — e está no seu direito. Mas a posição do embaixador e sua influência sobre o Itamaraty são conhecidíssimas, e nem precisava ter ocorrido o vazamento da suposta confidência do ministro da Defesa.
Comento...
A política externa de um país da importância do Brasil, não pode ser conduzida por fanáticos ideológicos anti-americanos. O papel do embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, na formulação e condução da atuação do Itamaraty, formando a nefasta dobradinha com Amorim, tem sido danosa aos interesses nacionais brasileiros.
Esta atuação , repito, nefasta, prejudicou imensamente os interesses do país e criou embaraços desnecessários; afora a perda de credibilidade no cenário internacional.
Digno de nota, que esta mesma atuação, permitiu que os governos da Bolívia e Equador, roubassem patrimônio da Petrobrás e que o Paraguai arrancasse novas condições quanto à divisão da energia de Itaipú, em um acordo que prejudicou em muito o Brasil e o consumidor brasileiro. Não esquecendo ainda a questão da renogociação de preços do gás boliviano, em condições extremamente danosas ao Brasil.
Fonte: VEJA
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