Líder do DEM na Câmara defende "demissão" de Haddad

Camila Campanerut - UOL

O líder do DEM na Câmara dos Deputados, o deputado federal Paulo Bornhausen (SC), defendeu na tarde desta terça-feira (9), em Brasília, a saída do ministro da Educação, Fernando Haddad, do cargo depois das falhas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

“Eu não tenho nada contra a pessoa do ministro da Educação, mas ele não vai conseguir ir embora com o presidente Lula. Ele vai embora antes”, afirmou em entrevista antes de participar da sessão plenária da Câmara. “Qualquer governo demitiria um ministro da Educação que não tenha competência de fazer um Enem”, completou.

Na avaliação do parlamentar, não é necessária a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) como chegou ser cogitado por meio de rumores no Congresso, apenas a troca de ministro da pasta cujos problemas afetaram “milhões de brasileiros”.

“Quem tem filhos e teve os seus filhos nas provas do Enem neste fim de semana que passou foi testemunha ocular. Eu fui um deles, de uma grande ‘esculhambação’ com uma coisa preciosa do brasileiro, que é o seu futuro”, afirmou.

A opinião do deputado foi depois novamente repetida durante sua intervenção na sessão plenária da Câmara dos Deputados, que não votava nada desde agosto.

Para Lula, um "sucesso"

Ao chegar nesta segunda-feira a Moçambique, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que os problemas causados na prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) no fim de semana não acabarão com o "sucesso" do sistema de seleção adotado por seu governo. Lula afirmou que muitas pessoas não se conformam com o Enem e querem de todas as formas acabar com ele.

Questionado sobre a possibilidade de se manter na pasta no governo Dilma, na coletiva de imprensa que aconteceu no começo da noite de ontem, Fernando Haddad desconversou.

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