Presidenciáveis indicam suas propostas de políticas públicas voltadas para os empregos

Confira as plataformas políticas dos principais candidatos à Presidência da República --Dilma Rousseff, José Serra, Marina Silva e Plínio de Arruda Sampaio, para melhorar a capacitação. Saiba se eles pretendem ou não reduzir a jornada de trabalho e o que pensam sobre reforma trabalhista.

CAPACITAÇÃO

Dilma Rousseff
A petista diz pretender aumentar a oferta de cursos de qualificação com qualidade, articulados com as oportunidades de emprego existentes e com as demandas empresariais. Em relação à educação, Dilma propõe investir no ensino médio profissionalizante, para ampliar as oportunidades de emprego de qualidade, e continuar a expansão do ensino superior. Ela afirma que fará acordos com empresários e trabalhadores para difundir propostas de expansão da qualificação profissional, tornando-as mais efetivas

ANÁLISE DOS ESPECIALISTAS
A melhoria na qualificação por meio de investimento em nível técnico contribui no curto prazo. Falta investir em uma política que contemple todas as áreas da educação

José Serra
O candidato afirma que vai focar suas políticas públicas de capacitação nos cursos técnicos, de nível médio, e nos tecnológicos de nível superior. O tucano propõe a articulação entre governo e empresas para identificar demandas de postos

ANÁLISE DOS ESPECIALISTAS
Falta ao candidato investir em uma política que contemple todas as áreas da educação

Marina Silva
Marina diz ter em seu plano de governo uma proposta de incentivo à educação desde a base até o nível superior. Como prioridade, propõe qualificar profissionais de "áreas estratégicas", sem detalhar quais seriam elas

ANÁLISE DOS ESPECIALISTAS
É necessária a reestruturação da educação conforme proposto, mas não há explicação de quais são os setores estratégicos para investimento prioritário

Plínio de Arruda Sampaio
O presidenciável afirma que pretende investir 10% do PIB para melhorar a qualidade da escola pública em todos os níveis

ANÁLISE DOS ESPECIALISTAS
É preciso explicar de onde serão retirados recursos para aumentar o investimento em educação e de que forma serão distribuídos para garantir a efetividade de sua proposta

JORNADA DE TRABALHO

Dilma Rousseff
Para ela, jornada de trabalho não é um assunto a ser definido pelo governo. A negociação entre empresas e sindicatos, afirma, é o mecanismo mais adequado

ANÁLISE DOS ESPECIALISTAS
O relacionamento entre empregador e empregado precisa ser fiscalizado pelo governo para garantir o respeito às leis. No entanto, os acordos da jornada historicamente ocorreram com acordos entre sindicatos e empregadores

José Serra
O tucano diz acreditar que o tema deva ser discutido entre sindicatos, assalariados, empresários e parlamentares. Mas concorda com a redução para 40 horas, se houver negociação.

ANÁLISE DOS ESPECIALISTAS
A discussão do tema é visto como importante pelos especialistas, desde que sejam consideradas as relações de trabalho e o acordo entre profissionais e empresas

Marina Silva
Marina se diz favorável à redução da jornada de trabalho, desde que a redução contribua para melhorar a qualidade de vida do trabalhador. Ela critica a discussão em torno da possível geração de vagas para suprir a demanda de produtividade. Na avaliação da candidata, o governo pode contribuir para a redução da jornada de trabalho incentivando os ganhos de produtividade.

ANÁLISE DOS ESPECIALISTAS
Manter o diálogo sobre o assunto é válido. Mas se deve levar em conta a produtividade e a regulação do mercado de trabalho

Plínio de Arruda Sampaio
O candidato propõe a redução da jornada de trabalho de 44 horas semanais para 40, sem redução dos salários

ANÁLISE DOS ESPECIALISTAS
Especialistas não concordam com a viabilidade da proposta de reduzir horas trabalhadas, mantendo os salários, sem que seja explicado de que forma o acordo entre sindicatos e empresas será viabilizado

REFORMA TRABALHISTA

Dilma Rousseff
A candidata do PT diz pretender manter a economia aquecida como medida para gerar emprego

ANÁLISE DOS ESPECIALISTAS
Não apontou propostas novas, apenas a continuidade da linha de governo atual. Especialistas afirmam que questões como a reforma da Previdência, que interfere na política trabalhista, precisam ser consideradas

José Serra
Para o tucano, não é fundamental para o país uma reforma trabalhista nesse momento

ANÁLISE DOS ESPECIALISTAS
Não apresentou propostas novas, desconsiderando a necessidade de reformulação da educação e do orçamento da aposentadoria, necessária neste momento

Marina Silva
A candidata propõe uma reforma que estimule a criação de empregos e assegure benefícios aos trabalhadores. Marina diz ser preciso criar um espaço político que busque o consenso ou que permita formar uma opinião hegemônica sobre os novos parâmetros --os quais indicarão a direção os contratos entre o capital e o trabalho

ANÁLISE DOS ESPECIALISTAS
Falta explicar quais pontos abordaria no espaço de discussão criado que propõe

Plínio de Arruda Sampaio
O candidato do PSOL retoma a necessidade de redução da jornada para 40 horas semanais sem redução salarial. Sua reforma inclui eliminação da terceirização e estímulo de emprego formal

ANÁLISE DOS ESPECIALISTAS
A intenção de diminuir a precarização do trabalho é válida, mas especialistas não consideram viável a redução das horas por determinação do governo

Fonte: FOLHA/BRUNA BORGES e MARCOS DE VASCONCELLOS

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