O Iraque pós-EUA: um balanço devastador

Os EUA já não têm 170 mil soldados no Iraque.

Nesta foto de 16 de agôsto de 2010, soldados do exército americano,l otados no 4º Batalhão, 9º Regimento de Infantaria, posam com uma bandeira dos EUA, para uma fotografia, logo após cruzarem a fronteira entre Iraque e Kuwait. Os soldados da 4º Brigada, 2ºDivisão de Infantaria, foram as últimas tropas de combate a deixar o Iraque, como parte da retirada gradual das forças militares americanas./Maya Alleruzzo/AP

Agora, são “apenas” 50 mil, que não estarão envolvidos em combates e que deixarão o país até janeiro de 2012. Na prática, a aventura iraquiana dos americanos acabou – cedo demais, segundo alguns comentaristas, que consideram o Iraque ainda muito vulnerável aos extremistas.

Os custos dessa empreitada são descomunais, como mostra o Christian Science Monitor. “Levando-se em conta o sangue e o dinheiro gastos de todos os lados, foram resultados muito pobres”, disse ao site o especialista em Iraque Toby Dodge, do International Institute for Strategic Studies.

O CSM fez um balanço dos números da Guerra do Iraque.

Custos financeiros

* US$ 751 bilhões terão sido despejados no Iraque pelos EUA até o fim do ano fiscal de 2010.

* US$ 53 bilhões desse montante deverão ser usados para tudo o que faça o Iraque funcionar, de educação a compra de móveis.

* US$ 142 bilhões foi o custo anual mais alto, em 2008, durante o aumento de tropas.

* US$ 23,2 bilhões foram gastos no treinamento das forças de segurança iraquianas desde 2004. Mais US$ 2 bilhões serão gastos até 2011.

* US$ 51 bilhões é o custo estimado para a Guerra do Iraque em 2011.

Custo humano

* 4.415 soldados americanos mortos, segundo o iCasualties.org

* 9.537 soldados iraquianos mortos, segundo o Brookings Institution Iraq Index

* Entre 97 mil e 106 mil civis iraquianos mortos, segundo o IraqBodyCount.org


A vida no Iraque

* 20% da população têm saneamento básico em casa
* 45% têm acesso a água potável em casa
* 50% têm mais de 12 horas de eletricidade por dia
* 30% têm acesso a serviço publico de saúde

Fonte: O ESTADO DE S PAULO/Blog de Marcos Guterman

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