Desfile do grupo especial em São Paulo terminou na manhã deste domingo (14). Anhembi vibrou com a passagem de Ronaldo; escolas não tiveram incidentes.
Destaques do segundo dia de desfiles em São Paulo: Gaviões levou estrelas para avenida, Império voltou a impressionar com alegorias e Mocidade se preocupou com detalhes para voltar a vencer. (Foto: Raul Zito e Daigo Oliva/G1)
Os desfiles do Grupo Especial terminaram na manhã deste domingo com destaque para a X-9 Paulistana, Mocidade Alegre, Império de Casa Verde e Gaviões da Fiel. A X-9 encantou o público com fantasias luxuosas e samba-enredo fácil de cantar. A Mocidade é uma forte candidata ao bicampeonato após contar a história do espelho. Já a Gaviões animou o público nas arquibancadas do Anhembi. A Império usou neve de isopor para homenagear Itu (SP).
A Águia de Ouro abriu os desfiles no segundo dia de apresentações do Grupo Especial. Com um Carnaval muito colorido, a escola contou a história da cidade de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo).
Gracyanne Barbosa foi a rainha da bateria da Império de Casa e apresentou ritmistas; escola homenageou cidade de Itu (SP) / Adriano Vizoni/Folha Imagem
O enredo mostrou desde o encontro da deusa das águas doces, a entidade religiosa africana Oxum, com o deus das matas, o caçador Oxóssi, até o período em que Santos Dumont se inspirou na construção do Zeppelin e depois do 14 Bis quando morou em Ribeirão, durante sua infância. Duas alegorias colidiram na concentração, mas a escola superou os obstáculos e mostrou animação no sambódromo.
Com o enredo "Brasília, do Sonho à Realidade... Uma Homenagem de São Paulo aos 50 Anos da Capital Coração do Brasil!" a Tom Maior mostrou a construção de Brasília, a formação do povo brasiliense e o turismo na cidade. Apesar do enredo, a escola não falou sobre política, apenas citou o presidente JK. A agremiação teve que finalizar os carros às pressas na concentração, mas desfilou no tempo previsto.
Escola de samba Mocidade Alegre usa elementos do imaginário infantil para contar a história do espelho no Anhembi em SP / Silva Junior/Folha ImagemA Mocidade Alegre contou a história do espelho como testemunho da humanidade. A escola narrou da Gênesis, a representação do primeiro espelho; as lendas infantis; o misticismo popular; o culto à beleza. No final da apresentação, foi feita uma homenagem ao fundador da agremiação Juarez da Cruz, que morreu após passar mal durante a apuração, no ano passado.
A rainha da bateria Nani Moreira comandou os 240 ritmistas comandados por Marcos Rezende, o mestre Sombra. Ela retornou ao posto após se ausentar quando teve bebê.
Com um refrão fácil, a X-9 Paulistana, quarta escola a desfilar no Anhembi nesta segunda noite de apresentações do Grupo Especial, fez o público cantar o samba-enredo que homenageou a herança portuguesa no Brasil. O cantor português Roberto Leal saiu como destaque de um dos carros.
O quarto carro foi o mais polêmico e fez uma referência à Virgem de Fátima e seus segredos. A alegoria tinha uma escultura oca, apenas coberta com panos e com iluminação que simbolizava um espírito.
Carro "Corinthianismo" representou a torcida; 130 pessoas estavam sobre a alegoria que precisou de reforço para ser empurrada / Fabio Braga/Folha Imagem
A Gaviões da Fiel cantou a paixão do torcedor pelo clube e a história da fundação do time. Vários jogadores do Corinthians participam do desfile, entre eles, Ronaldo. O técnico Mano Menezes, o goleiro Felipe e o jogador Dentinho foram alguns dos integrantes do time que marcaram presença no sambódromo.
A comissão de frente, "A Força da Emoção", foi formada por acrobatas com sapatos especiais que representaram a pulsação do coração dos torcedores. A torcida foi representada no terceiro carro, no setor "Corinthianismo", em uma arquibancada com elementos guerreiros. Cerca de 130 torcedores vieram no carro que precisou de reforço para ser empurrado e também na estrutura.
Já a Império de Casa Verde, penúltima escola a desfilar, levou até neve de isopor para o Anhembi para representar a era glacial vivenciada pela cidade de Itu (a 401 km de São Paulo) há milhares de anos. Com fantasias luxuosas, a escola homenageou a cidade do interior paulista.
O abre-alas trouxe um tigre-de-sabre branco, que representa o tigre da escola, com diversas cadeias moleculares, simbolizando a descoberta da existência de gelo no passado na cidade. Flocos de isopor saíam da alegoria e se espalharam por toda a avenida. Gracyanne Barbosa foi a rainha da bateria da escola e apresentou os 350 ritmistas do mestre Moinho.
A Pérola Negra encerrou os desfiles do Grupo Especial do Carnaval de São Paulo em 2010 com enredo em homenagem ao cantor e compositor Rolando Boldrin. A escola também exaltou o patriotismo.
Paulinha Abelha, vocalista da Banda Calcinha Preta, é a madrinha de bateria da escola de samba da Vila Madalena. A ginasta Daiane dos Santos será a rainha do enredo da escola neste ano e virá antes do carro abre-alas, representando o triunfo brasileiro.
Carro da X-9 Paulistana no sambódromo do Anhembi; público canta samba-enredo da escola durante desfile / Silva Junior /Folha Imagem
Fontes: FOLHA - G1




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