Videos mostram a queda: Piloto de helicóptero da TV Record morre após queda de aeronave no Jockey Club


Acidente ocorreu no início da manhã desta quarta-feira na zona sul de SP

O piloto do helicóptero da TV Record Rafael Delgado Sobrinho morreu na manhã desta quarta-feira (10) após a queda da aeronave dentro do Jockey Club, na zona sul de São Paulo. O acidente com o helicóptero "Águia Dourada", modelo Esquilo, ocorreu por volta das 7h20. Além do piloto, o cinegrafista da emissora Alexandre Silva de Moura, o Alexandre “Borracha”, ficou gravemente ferido e foi levado para o hospital Itacolomi Butantã, antigo pronto-socorro Iguatemi.

Às 7h25, o helicóptero Águia 14 foi ao local para prestar socorro. Sete equipes do Corpo de Bombeiros também seguiram para a região. Os primeiros socorros às vítimas foram prestados por funcionários do Jockey.

Informações iniciais são de que o piloto tentou fazer um pouso de emergência ao perceber que o helicóptero estava instável no ar, mas ele não conseguiu realizar a manobra e a aeronave caiu. Ainda não se sabe o motivo do acidente.

(À esquerda, o piloto Rafael Delgado Sobrinho, e à direita o cinegrafista, Alexandre Silva de Moura)

O piloto Rafael Delgado Sobrinho tinha 45 anos. Ele trabalhou na TV Record de maio de 1999 a dezembro de 2007, retonando à emissora em outubro de 2008. Rafael deixa mulher e três filhos.

O cinegrafista Alexandre Silva de Moura tem 36 anos e é funcionário da TV Record desde abril de 2001. Atualmente, exerce a função de coordenador de sistema de TV externo. Ele é divorciado e não tem filhos.

Pane em uma das hélices
 
O comandante do helicóptero da TV Globo, Dato de Oliveira, que viu a queda da aeronave, conversou via rádio minutos antes com o comandante do helicóptero da TV Record. Oliveira e Sobrinho sobrevoavam a mesma região, na Avenida Morumbi, captando imagens de um assalto a banco. Segundo Oliveira, o colega reclamou de uma pane no motor de cauda, a hélice traseira, e que tentaria pousar no Jockey.

“Quando ele relatou o problema, decidi acompanhá-lo para ver o que estava acontecendo. Esse é um problema difícil de acontecer, porque o motor de cauda é um motor vital para o helicóptero. Se você o perde, você entra em giro”
, explica Oliveira.

Segundo ele, o piloto Rafael Delgado Sobrinho era um profissional experiente. “Era um amigo de muito tempo, uma pessoa muito tranquila. Foi uma fatalidade mesmo”, disse. A preocupação de Oliveira ao pousar no gramado era desligar a bateria e a bomba de combustível, o que foi logo feito, evitando uma explosão.

Cinegrafista reclama de dores
 
O auxiliar de enfermagem do Jockey Luiz Carlos Assunção foi um dos primeiros a chegar no local onde o helicóptero caiu. Segundo ele, o piloto estava desmaiado.

“O cinegrafista gritava de muita dor. Falamos que iríamos socorrê-lo e tentamos acalmá-lo. Ele reclamava de muita dor na coluna e na região dos rins. Ele mexia os pés e estava aparentemente bem”, disse Assunção.

O jardineiro do Jockey Clube Anelito de Jesus também teve a impressão de que o cinegrafista Alexandre da Silva Moura também estava bem depois da queda.

“Fui bater o cartão de ponto e escutei o barulho. Cheguei a ver o helicóptero rodando. Ele ainda pegou um pedaço de uma árvore e bateu no chão. O piloto estava com o braço do lado de fora. Fui para lá. O piloto e o cinegrafista estavam com o cinto. Fiquei muito assustado. Nunca vi algo assim. Fiquei com medo, mas Deus dá coragem na hora para a gente ajudar”, conta.








Fonte: R7

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