Tom Maior canta 50 anos de Brasília com turistas e alienígenas

Escola presta homenagem à capital, mas evita abordar política. Na concentração, integrantes correram para finalizar carros.

Comissão de frente da Tom Maior, segunda escola a desfilar no Anhembi, trouxe os personagens que ajudaram a construir Brasília / Lalo de Almeida/Folha Imagem



Segunda a desfilar em São Paulo, o Grêmio Recreativo e Cultural Escola de Samba Tom Maior cumpriu a proposta de apresentar uma homenagem aos 50 anos de Brasília. Driblou a falta de espaço no barracão, terminou muitas alegorias ainda na concentração e fez um desfile sem abordar polêmicas sobre política.

As beldades Adriana Bombom e Dani Sperle foram destaques em uma apresentação sem incidentes e também sem grandes inovações. Quem acompanhou o desfile viu a agremiação misturar no mesmo enredo a fundação da capital brasileira, passando por sua efervescência cultural até suas características místicas.

Na concentração, a escola enfrentava a falta de tempo e a correria para finalizar algumas alegorias. O abre-alas tinha problemas: esculturas eram montadas sobre o carro minutos antes de a escola entrar no Anhembi. Diversos integrantes choravam. Um diretor, porém, garantiu que tudo daria certo e escola começou seu desfile sem atrasos. A escola usou todos os 65 minutos disponíveis para percorrer a passarela do samba.

Enredo

O carnavalesco Roberto Szaniecki defendeu o enredo "Brasília, do sonho a realidade... Uma homenagem de São Paulo aos 50 anos da capital coração do Brasil". A comissão de frente coreografada mostrava personagens que ajudaram a formar a cidade.

O primeiro carro a desfilar apresenta a idealização de Brasília, com o cerrado e o sonho da construção da cidade. A escola também mostrou os candangos, que trabalharam como operários. Na segunda alegoria, a Tom Maior mostrou a cidade pronta, simbolizada pelos palácios.


A "Cidade de Turismo e Lazer" foi retratada no terceiro carro, destacando a importância do turista. A quarta alegoria, "Celeiro de Talentos", simbolizou a efervescência cultural da cidade. A última, "Mística cidade do terceiro milênio" buscou representar uma cidade futurística e mística.

Uma ala de mestres-salas e porta-bandeiras mirins, com 50 crianças, vem vestida de alienígenas. A ideia foi brincar com o aeroporto de discos voadores que existe na cidade.

A escola teve problemas com dois carros alegóricos na concentração. O abre-alas, que mostrava o projeto do arquiteto Oscar Niemeyer de construção da cidade, foi finalizado no sambódromo. A Tom Maior teve problemas com as chuvas que atingiu o barracão e não teve tempo de finalizar o carro com antecedência. O segundo carro, que lembrava o Palácio do Planalto, teve problemas com manobras e quase não entrou no sambódromo. Apesar disso, a escola fez o desfile dentro dos 65 minutos permitidos.

O intérprete da escola, René Sobral, desfilou vestido de presidente da República. No carro que homenageou o Palácio do Planalto, teve o vice-prefeito de São Bernardo do Campo (Grande São Paulo), Frank Aguiar, representando o ex-presidente Juscelino Kubitschek, fundador de Brasília.

As alas da Tom Maior homenagearam o cerrado, os candangos que trabalharam como operários na construção da capital do país, o ecoturismo e hospitalidade brasiliense. A ala das baianas veio fantasiada de quituteiras.

Musas

Cerca de 2,3 mil pessoas desfilaram pela Tom Maior. A bateria contou com 270 ritmistas. À frente da bateria, a rainha Andréia Gomes desfila nove meses após dar à luz o menino Pedro Henrique. A dançarina Adriana Bombom é a madrinha de bateria. Além delas, a modelo Dani Sperle, coberta apenas com pedras, desfilou no chão e foi uma das beldades da escola.

Adriana Bombom, madrinha de bateria da Tom Maior. (Foto: Daigo Oliva/G1)

Fontes: G1- TV Globo - FOLHA

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