Gripe suína matou 17 mil nos EUA

Cerca de 1.800 foram crianças; 370 mil pessoas foram internadas por causa do vírus

O vírus H1N1, da chamada gripe suína, já matou até 17 mil norte-americanos, inclusive 1.800 crianças, disse o Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA na sexta-feira (12).

A pandemia provocou um número de hospitalizações semelhante à de temporadas normais de gripe - mas em geral as vítimas eram jovens adultos e crianças, e não idosos, e o auge ocorreu em meses quando normalmente praticamente não há circulação de gripe, disse o órgão.

Uma nota da agência afirmou que o CDC estima que entre 41 e 84 milhões de casos do H1N1 2009 ocorreram entre abril de 2009 e 16 de janeiro de 2010. Normalmente, o CDC adota um número médio, que seria de 57 milhões de contaminados.

Entre 8.330 e 17.160 pessoas morreram nesse período por causa do H1N1, com uma cifra média de cerca de 12 mil, segundo o CDC.

Houve entre 880 e 1.800 mortes infantis, até 13 mil mortes de adultos menores de 65 anos, e apenas mil a 2.000 mortes de idosos.

Numa temporada normal de gripe, o CDC estima 36 mil mortes nos EUA, sendo 90% de pacientes acima de 65 anos.

A agência de saúde do governo calcula que a cada ano sejam hospitalizadas 200 mil pessoas - novamente, a maioria de idosos.

Entre abril e janeiro, o CDC estima que 183 mil a 370 mil pessoas tenham sido internadas por causa da gripe suína nos EUA.



Casos de gripe suína caem 97,3% no Brasil

Com a chegada da primavera e tempo típico de verão, com altas temperaturas, as transmissões da gripe A diminuíram drasticamente no Brasil. Para se ter uma ideia, entre 8 de agosto a 10 de outubro, houve queda de 97,3% no número de casos da gripe A, passando de 2.828 registros para 78 em todo o país.

No acumulado entre 25 de abril e 10 de outubro, foram confirmados 18.973 casos de algum tipo de influenza, dos quais 17.219 (90,7%) tiveram confirmação laboratorial para a nova gripe no país. No mesmo período foram registrados 1.368 mortes por influenza A (H1N1), o que corresponde a uma taxa de mortalidade de 0,7 por 100 mil habitantes.

De acordo com o infectologista e professor da Universidade de Brasília, Evoide de Moura, a diminuição dos casos da gripe com a mudança da estação sempre foi a esperança dos pesquisadores.

- É o que ocorre com a gripe comum. Temos picos no inverno e uma redução grande das ocorrências nas outras estações. Essa é a nossa vantagem com relação ao hemisfério Norte, pois não enfrentamos um outono frio, com mudanças drásticas na temperatura.

Como qualquer outra pandemia, a gripe causada pelo vírus H1N1 terá um fim, de acordo com Nancy Bellei, infectologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Ela explica que uma pandemia, como a da gripe suína, costuma durar cerca de dois anos, e diz que, a partir de outubro, espera-se que os casos da doença diminuam ainda mais no Brasil.

O vírus H1N1 já infectou grande parte da população brasileira. E isso, segundo Moura, pode ser uma coisa boa, já que os infectados estão imunes a esse tipo de vírus.


- O grande número de infectados e a chegada da vacina, prevista para o próximo ano, devem neutralizar a ação do vírus da gripe A como ele se apresenta atualmente. Mas isso não significa que estamos livres de uma nova cepa (tipo de vírus).

Mesmo assim, o Ministério da Saúde brasileiro fechou a compra do primeiro lote de vacinas contra Influenza A (H1N1). São 40 milhões de doses, com entrega ao governo no primeiro semestre de 2010. As vacinas estarão disponíveis antes do próximo inverno para um público-alvo ainda em definição. Além deste lote, o Ministério da Saúde também vai adquirir as vacinas produzidas pelo Instituto Butantan, único produtor na América Latina, e também por meio do Fundo Rotatório da OPAS.

Fontes: R7- Agências

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