Segundo ele, até agora, os esforços foram bem-sucedidos, mas que "o mais difícil ainda está por vir". "A pior parte vem agora, e é ganhar a confiança do público", disse ele.
Os cerca de 1.000 soldados britânicos que participaram da operação das tropas internacionais contra o grupo radical islâmico Taleban, lançada na noite de ontem na Província de Helmand (Afeganistão), cumpriram suas metas na ação. As declarações foram dadas neste sábado pelo major-general britânico Gordon Messenger.
Os britânicos estão entre os milhares de soldados da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e de afegãos que participaram da ofensiva, lançada por ar e por terra da cidade de Marjah. A ação -- a maior desde a invasão liderada pelos EUA, em 2001-- visa estabelecer a autoridade do governo afegão no sul do país, quebrando a dominação Taleban.
Marines descansam durante pausa em operação na cidade de Marjah, no Afeganistão; ação foi "bem-sucedida"
Messenger disse a jornalistas, em coletiva de imprensa no Ministério britânico da Defesa, que as forças do Reino Unido "cumpriram seu papel" e não enfrentaram grande resistência por parte dos talebans. Segundo ele, um "pequeno número" de insurgentes morreu nos ataques, mas a ação na área de Chah-e-Anjir foi bem-sucedida.
Segundo ele, até agora, os esforços foram bem-sucedidos, mas que "o mais difícil ainda está por vir". "A pior parte vem agora, e é ganhar a confiança do público", disse ele.
Um soldado britânico foi morto em uma explosão quando estava em um veículo de patrulha no distrito de Nad-e-Ali District, na Província de Helmand, segundo o ministério britânico.
Anteriormente, o Exército dos EUA havia informado que dois soldados da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) teriam morrido em Helmand durante a operação, sem revelar as nacionalidades das vítimas. As mortes foram as primeiras relatadas na ofensiva, que deixou, segundo um general afegão, ao menos 20 militantes mortos e outros 11 presos.
O premiê britânico, Gordon Brown, elogiou os esforços das tropas neste sábado, dizendo que as forças também "agirão rápido" para construir hospitais e escolas para os civis da região.
"Esse dia será lembrado como o início de uma nova fase da campanha para ganhar o apoio do povo afegão", disse ele. "Estou muito orgulhoso do papel excepcional que os soldados britânicos desempenharam, e na incrível coragem que eles demonstraram", acrescentou.
Ofensiva
A ofensiva, que reúne cerca de 15 mil militares, foi anunciada como uma das maiores da guerra que começou há oito anos, após os ataques terroristas de 11 de Setembro, atribuídos à rede terrorista Al Qaeda, abrigada pelo Taleban.
Ela foi batizada de Mushtarak, que significa "juntos" no idioma local, pashtun, é é a primeira operação que conta com a participação das tropas afegãs no planejamento --resultado, segundo a Otan, do grande investimento em treinamento das forças locais.
O primeiro grande ataque desde que o presidente Barack Obama ordenou o envio de mais 30 mil para o Afeganistão, em dezembro, é o início de uma campanha para impor neste ano o controle do governo em áreas controladas pelos rebeldes, antes que as forças americanas comecem a se retirar gradualmente --em 2011, segundo os planos do Pentágono.
Cerca de 4.500 fuzileiros navais americanos, 1.500 soldados afegãos e 300 soldados americanos participam na ofensiva na região de Marjah, na Província de Helmand.
O plano foi anunciado há semanas, para alertar os civis de Marjah e conquistar seu apoio, e estimular talebans a depor armas.
Vítimas
Também neste sábado, ao menos três militares americanos das tropas comandadas pela Otan morreram na explosão de uma bomba no sul do Afeganistão. Um comunicado da aliança atlântica não diz se as mortes estão relacionadas com a operação.
Separadamente, a Otan anunciou a morte de um soldado canadense após ficar gravemente ferido em um acidente em um treinamento de tiro, nesta sexta-feira, no nordeste de Candahar.
A agência de notícias France Presse, que cita um oficial afegão, diz que um soldado norte-americano morreu e outros três ficaram feridos em um atentado suicida praticado contra seu comboio na periferia de Candahar, 200 km a oeste de Marjah.
Fontes: FOLHA - Agências
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