Al Qaeda está sendo derrotada no Iraque e no Iêmen, diz general

As autoridades iemenitas afirmam que suas forças mataram mais de 60 militantes islamitas supostamente pertencentes à Al Qaeda


Gen. David H. Petraeus/Arquivo

O chefe do Estado-Maior do Exército dos Estados Unidos, general David Petraeus, disse nesta sexta-feira que a rede Al Qaeda está sendo derrotada no Iraque e na Península Arábica, que inclui o Iêmen, embora continue ativo em setores destas regiões. "A organização sofreu uma atroz derrota na maior parte do Iraque, mas ainda existe", disse.

Petraus voltou a afirmar a vitória dos EUA no Iraque, em entrevista concedida em Bagdá, apenas dois dias depois de um ataque a um prédio do governo da Província desértica de Anbar ter matado pelo menos 24 pessoas e ferido o governador Qassim Mohammed e de, naquele mesmo dia, um segundo ataque ter matado sete peregrinos sunitas em Khalis.

"À luz dos últimos acontecimentos, necessitamos mais poder para continuar avançando no nível de segurança", afirmou o general. Conforme Petraeus, os EUA estão dispostos a dar a "assistência que for necessária" para ajudar o país a combater o terrorismo. "As operações [terroristas] na Península Arábica caíram drasticamente depois de uma série de duas ações realizadas recentemente", afirmou.


"Estamos determinados em coordenar e trabalhar com nossos sócios na região, incluindo o fato de realizar missões especiais", completou, sem detalhar se isso envolveria uma guerra contra a Al Qaeda iemenita ou apenas apoio logístico e de inteligência.

As autoridades iemenitas afirmam que suas forças mataram mais de 60 militantes islamitas supostamente pertencentes à Al Qaeda em uma ofensiva lançada de 17 a 24 de dezembro, no centro do país e na região de Sanaa.

Os Estados Unidos aumentaram sua ajuda militar e econômica ao Iêmen recentemente por causa da crescente ameaça da Al Qaeda e do ataque frustrado feito por um nigeriano que viveu no Iêmen contra um avião comercial, na noite de Natal.

No ano fiscal de 2010, a ajuda dos EUA ao Iêmen para desenvolvimento e segurança deve chegar aos US$ 63 milhões, contra US$ 40,3 milhões em 2009, de acordo com o porta-voz do Departamento de Estado, Darby Holladay.

Reação

Nesta sexta-feira, insurgentes islamitas somalis, os shebab, anunciaram, em Mogadíscio, que vão enviar combatentes ao Iêmen para ajudar os adeptos da Al Qaeda em sua luta contra as forças governamentais.

Sheikh Mukhtar Robow Abu Mansur, alto dirigente dos shebab, fez o anúncio no norte de Mogadíscio, onde os jovens combatentes treinam para a Guerra Santa contra os inimigos de Alá, segundo suas palavras.

"Nós dissemos a nossos irmãos muçulmanos no Iêmen que vamos atravessar o mar para ajudá-los a combater os inimigos de Alá", declarou.

Essa declaração de apoio acontece em um momento no qual o Iêmen está no centro das atenções dos EUA, por causa do atentado frustrado ao voo 253 da Northwest Airlines, e no qual o governo iemenita pede ajuda do Ocidente para lutar contra a Al Qaeda.

Também nesta sexta-feira, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, propôs que a reunião internacional de alto nível marcada para ocorrer em 28 de janeiro, em Londres, para debater os caminhos da guerra no Afeganistão trate também da radicalização no Iêmen.

Fontes: FOLHA  - AgInt

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