A violência contra Brasileiros no Suriname

Relatos da violência impressionam


Violência deixou rastro de destruição em Albina, noroeste do Suriname (Foto: Divulgação/Radiokatolica.com)

Segundo o padre brasileiro José Vergílio, que foi à cidade neste sábado (26), a violência entre quilombolas de Albina e brasileiros e chineses que vivem no local foi maior do que divulgado inicialmente pelas autoridades. O número total de mortos, segundo o missionário, ainda não está claro, mas pelo menos sete pessoas morreram.

"Os números são contraditórios. O número não foi confirmado, mas já passa de sete mortos. A senhora que perdeu o bebê foi cortada, o bebê tirado da barriga e veio a falecer nesta tarde do dia 26. Encontramos um corpo na água e foi motivo de muito choque para todos", relatou o missionário.

Segundo Vergílio, que é responsável pela mídia católica no Suriname e mora no país há oito anos, até este sábado (26) pessoas brancas que circulassem pelas ruas de Albina poderiam ser vítima de represálias da população negra local.

"A situação está sob controle militar nesse instante. A polícia local e o exército cercaram a área. Nenhuma pessoa branca pode permanecer na área e foram para capital ou para Guiana Francesa. Até índios nativos estão sendo confundidos com brasileiros", disse Vergílio.

Uma brasileira contou por telefone que tudo começou na noite de Natal, depois de uma briga entre um brasileiro e um surinamês por causa de uma dívida. O morador local foi morto e uma multidão de surinameses começou a perseguir um grupo de cerca de 80 brasileiros que trabalha no garimpo da região.


“Eles 'armados' com revólver, com faca, com terçado, com pedra, com pau, com tudo que eles encontravam pela frente. Nós 'ficamos apavorados”, contou Liliane Rocha Sá, uma das vítimas do ataque. Ela contou que cerca de 300 surinameses colocaram fogo num posto de gasolina, em casas e no galpão onde os brasileiros estavam acampados.

“Muita fumaça, ninguém enxergava mais ninguém e começou o desespero e não tinha saída, porque nós 'estávamos lacrados nas grades', entendeu?”, disse a brasileira.

Padre diz que situação no Suriname é dramática


 

 Galeria de fotos do ataque












Fontes: G1- Tv Globo - Agências

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