Shaik, de religião muçulmana, casado e pai de três filhos, foi detido em 2007 com a droga no aeroporto de Urumqi, quando chegava de Dushanbe (capital do Tadjiquistão).
O britânico Akmal Shaikh, condenado à morte em 2008 pelos tribunais chineses após ser detido em flagrante portando de quatro quilos de heroína, foi executado hoje às 10h30 no horário local (0h30 em Brasília) na cidade de Urumqi (no noroeste do país), informou a ONG Reprieve em comunicado confirmado pelo governo britânico.
Shaikh é o primeiro europeu que recebe a pena capital em quase 60 anos no país asiático. Por enquanto, não há informação sobre o método de execução empregado. Na China, o mais utilizado é o disparo na nuca, com crescente implantação da injeção letal.
Os familiares do réu, o governo britânico, a própria Reprieve (defensora de condenados no corredor da morte) e a ONU tinham pedido à China que revogasse a pena, argumentando que Shaikh tinha um transtorno bipolar, mas a justiça chinesa garante que os testes médicos não tinham mostrado nenhum problema psicológico.
Embora as autoridades chinesas não tenham confirmado o fato, o governo do Reino Unido emitiu comunicado através de seu Ministério de Assuntos Exteriores, confirmando e condenando o fato "nos termos mais enérgicos", em nome do primeiro-ministro Gordon Brown.
Shaik, de religião muçulmana, casado e pai de três filhos, foi detido em 2007 com a droga no aeroporto de Urumqi, quando chegava de Dushanbe (capital do Tadjiquistão).
O britânico foi condenado à morte um ano depois. A lei chinesa prevê pena capital para todas as pessoas que sejam detidas com mais de 50 gramas de entorpecentes.
O último europeu executado na China foi o italiano Antonio Riva, um piloto militar na I Guerra Mundial, que foi morto em Pequim no dia 17 de agosto de 1951 (junto a um cidadão japonês) acusado de ter coordenado um complô para assassinar o líder máximo chinês, Mao Tsé-Tung.
Fonte: FOLHA
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