Corpo de Celso Pitta chega à Assembleia Legislativa e velório é aberto ao público

O corpo do ex-prefeito Celso Pitta (PTB) chegou por volta das 13h20 à Assembleia Legislativa de São Paulo, onde será velado até as 16h.

Celso Pitta morreu neste sábado em São Paulo vítima de câncer no intestino/Rogério Cassimiro/Folha Imagem

O velório é aberto ao público. Pitta morreu ontem, às 23h50, vítima de câncer no intestino. O enterro também será hoje, às 17h, no cemitério Getsêmani, no Morumbi, zona oeste da cidade.

Ele estava internado desde o último dia 3 no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde fazia o tratamento contra o tumor, descoberto em janeiro deste ano. Pitta começou o tratamento contra o câncer em janeiro deste ano, quando foi submetido a uma cirurgia para retirada de um tumor no intestino. Desde o início do ano, fazia tratamento com quimioterapia no hospital.

A mãe de Pitta, Zuleica, está no local, acompanhada de parentes, amigos e políticos. Dois integrantes da Executiva Estadual do PTB, Celso Silvino e Antonio Luiz Rodrigues, representam o presidente estadual do partido, deputado Campos Machado, que está fora de São Paulo. Uma bandeira do PTB foi colocada sobre o corpo do ex-prefeito.

O deputado Paulo Maluf (PP), padrinho político de Pitta, enviou um telegrama de pêsames à família do ex-prefeito. "Nossos pêsames pelo falecimento de Celso Pitta, que lamentamos", diz o telegrama assinado por Maluf.

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), também lamentou a morte de Pitta. "Meus votos de pesar à família e aos amigos em um momento que todos nós sabemos que é muito difícil", disse Kassab por meio de sua assessoria.

Pitta administrou a Prefeitura de São Paulo no período de 1997 a 2000. Sua gestão foi marcada por uma série de denúncias. A principal delas foi o esquema de corrupção batizado de "escândalo dos precatórios".

Ele acabou afastado do cargo por 18 dias --sendo substituído por seu vice-prefeito, Regis de Oliveira--, mas retomou o cargo em seguida. Concorreu a deputado federal e perdeu em duas ocasiões, mas manteve sua filiação ao PTB.

Em julho do ano passado, Pitta foi preso pela Polícia Federal durante as investigações da Operação Satiagraha, que investiga crimes financeiros atribuídos ao banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity. O ex-prefeito e os demais investigados presos foram soltos depois.

A investigação da PF resultou em uma denúncia do Ministério Público Federal, que acusou Pitta por corrupção passiva, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e organização criminosa. Todos os pedidos foram integralmente aceitos pela Justiça Federal.

O advogado Remo Battaglia, que defendia Pitta, todos os processos contra o ex-prefeito vão continuar para a apurar a responsabilidade dos supostos crimes ou irregularidades. Porém, a possibilidade de punição acaba com a morte. Battaglia não soube dizer quantos processos tramitam na Justiça contra Pitta.

Fonte: FOLHA

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