Fazenda em Borebi, a 309 km de SP, era ocupada desde 28 de setembro pelos baderneiros do MST. 85 policiais foram ao local cumprir reintegração de posse e encontram tudo destruido.
Carros da PM vão para a fazenda invadida (Imagem/TV Globo)
Após negociar com a Polícia Militar, o Movimento dos Sem-Terra (MST) deixou por volta das 10h15 desta quarta-feira (7) a Fazenda Santo Henrique, em Borebi, a 309 km de São Paulo, que foi invadida por 250 famílias em 28 de setembro. A saída foi pacífica.
Cerca de 85 homens da Polícia Militar acompanharam a retirada em frente à fazenda. Os invasores saíram em cinco caminhões e 30 carros. Muitos levaram objetos pessoais.
Durante o período em que estiveram na fazenda, os sem-terra expulsaram colonos e usaram um trator para derrubar, segundo a polícia, cerca de 7 mil pés de laranja.
Na terça-feira (6), o juiz Mario Ramos dos Santos, da 2ª Vara Cível de Lençóis Paulista, determinou que a retirada fosse imediata. O caso iria ser encaminhado à Justiça Federal já que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) declarou interesse em participar do processo.
“Nosso entendimento é que a terra é pública. O juiz que deu a liminar, no entanto, não compreende isso. Nosso processo está na Justiça Federal. A liminar será questionada, mas nós temos de sair daqui para que isso ocorra”, afirmou Paulo Albuquerque, da coordenação do MST.
O juiz da 2ª Vara de Lençóis Paulista entendeu que o assunto deveria prosseguir na esfera estadual. A multa pelo descumprimento da determinação é diária, de R$ 500 por pessoa.
Expulsão
Funcionários da fazenda produtora de laranjas foram expulsos da propriedade. Imagens mostram o momento em que os trabalhadores eram retirados do local, invadido pelo grupo.
Os invasores afirmam que destruíram os pés de laranja para plantar feijão. "Até 7 mil pés de laranja foram destruídos, o que demonstra que não se trata tão somente de uma pequena área para plantar feijão e sim de uma área enorme para destruição efetivamente”, disse o coronel Benedito Meira.
Segundo o vice-presidente da Federação Paulista de Agricultura, outras culturas podem ser cultivadas com a laranja. “Não seria necessário derrubar os pés de laranja para plantar o tal feijão”, disse Maurício Lima Verde.
A Cutrale uma das maiores empresas de suco de laranja do mundo, se considera dona da área e plantou no local um milhão de pés da fruta. Em nota, a empresa informou que a fazenda é extremamente produtiva e gera centenas de empregos. Afirmou também que algumas famílias de funcionários, inclusive com crianças, foram expulsas de forma intimidatória pelos invasores - o que prejudica o acesso dos menores à escola.
A fazenda faz parte do núcleo colonial Moção de Iaras, criado há 100 anos. O Incra considera a ocupação irregular e disse, em nota, que aguarda uma decisão da Justiça para retomar a área e destiná-la à reforma agrária- como reivindica o MST.
Durante a noite de segunda-feira, a polícia apreendeu um caminhão em Iaras, a 285 km da capital paulista, com uniformes, peças e equipamentos de proteção que pertencem à empresa proprietária das plantações destruídas.
Duas pessoas foram detidas. Policiais investigam se houve participação dos invasores, que negam
Opinião do BGN
Parece que o INCRA também está sob domínio desses comunistas.
Fonte: G1/Roney Domingos
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