FMI cobra acesso aos dados da economia argentina
Istambul - O diretor do departamento das Américas do Fundo Monetário Internacional (FMI), Nicolás Eyzaguirre, disse hoje que a Argentina tem a "obrigação" de permitir ao organismo revisar sua economia, e alertou que o país terá um crescimento baixo devido à falta de acesso aos mercados financeiros.
Eyzaguirre qualificou essa revisão como "uma oportunidade para o país, mas também sua obrigação", pois, por esse mecanismo, a Argentina comunica ao mundo através do FMI seus planos econômicos.
Neste sentido, o economista chileno disse, em entrevista coletiva, que é "um pouco estranho" que o país participe das conversas do Grupo dos Vinte (G20, os países ricos e os principais emergentes) e do FMI, e conheça a política econômica dos outros países, mas não exponha a sua.
Nesses fóruns, os países-membros explicam seus planos, mas de forma superficial.
Por outro lado, a Argentina não permite desde 2006 a análise em profundidade de sua política fiscal e monetária pelos analistas do FMI, que deve ser anual.
O Governo de Buenos Aires se aproximou de novo do FMI como parte de uma estratégia para emitir dívida de novo nos mercados financeiros, e está em conversas com o organismo há meses sobre como será realizada a revisão.
O secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, pediu hoje no Comitê Monetário e Financeiro Internacional, o principal órgão diretor do FMI, "que todos os países permitam a publicação das revisões anuais".
Geithner, que não mencionou a Argentina, disse que a transparência é chave para que o FMI seja eficaz em suas tarefas de supervisão.
Eyzaguirre enfatizou que a revisão "não é uma auditoria" e que se trata de um "diálogo" dos economistas do Fundo com as autoridades.
Fontes: UOL - Efe
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