EUA consideram complô frustrado uma das maiores ameaças desde 11/09

O plano de um suposto atentado a bomba desmantelado recentemente representou uma das mais sérias ameaças à segurança nacional dos Estados Unidos desde os ataques de 11 de setembro de 2001, disse o procurador-geral Eric Holder nesta terça-feira.


"Posso dizer que a investigação está bem avançada. Temos uma boa noção de quem estava envolvido e o que se planejava", disse Holder em declaração à imprensa.



"O suposto plano foi uma das mais sérias ameaças a nosso país desde o 11 de setembro de 2001."

Najibullah Zazi, um imigrante afegão, foi indiciado no mês passado por um júri federal em Nova York sob acusações de tramar para explodir bombas nos Estados Unidos. Zazi, que está preso sem direito a fiança, se declarou inocente.

Promotores disseram que Zazi fez um curso sobre construção de bombas em um campo de treinamento da rede terrorista Al Qaeda no Paquistão, tinha anotações sobre como fazer explosivos em seu laptop e adquiriu materiais similares àqueles usados nos ataques a bomba em Londres em 2005.

Holder disse que se tivesse sido bem sucedido, o atentado teria matado "muitos" americanos, baseado nos compostos químicos utilizados, no histórico de atentados semelhantes e no número de pessoas suspeitas de estar envolvidas. Ele não deu nenhuma indicação sobre quando outras prisões podem ser feitas.
O governo Obama está tratando o caso como prova de que a comunidade de inteligência americana está fazendo progressos na luta para derrotar a rede Al Qaeda.

De acordo com funcionários, Zazi tinha ligações com um alto líder da Al Qaeda e atraiu a atenção de fontes da CIA, que em seguida alertou as agências nacionais, incluindo o FBI.

O fato de que funcionários da inteligência tenham chegado a Zazi por meio de uma fonte da CIA lança mais luz sobre a alegação do governo de que as acusações contra ele fazem parte de um processo mais amplo, internacional, e começa a explicar por que a investigação foi desencadeada como uma grande ofensiva da comunidade de inteligência.

Também mostra que o caso é fruto do esforço de contraterrorismo da CIA para monitorar a rede Al Qaeda em vez de uma investigação iniciada no país por ações suspeitas de alguém, como a maioria dos outros casos de terrorismo doméstico tratado pelo FBI.


Fonte: FOLHA - AP

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