A Polícia Civil de São Paulo prendeu na tarde desta segunda-feira o ex-promotor Igor Ferreira da Silva, foragido desde abril de 2001 após ser condenado pela morte da mulher, Patrícia Aggio Longo, 27, em 1998.
Ex-promotor Igor Ferreira da Silva, preso em SP após oito anos foragido; ele foi condenado pela morte da mulher, ocorrida em 1998/Fabio Braga/Folha Imagem
A prisão ocorreu após a polícia receber uma denúncia anônima de que ele estaria na avenida Dentista Barreto, na Vila Carrão, na zona leste de São Paulo, na tarde de ontem.
Após a denúncia, a delegada Adanzil Limonta foi até o local em seu carro particular --escoltada por policiais civis-- e o prendeu. Segundo ela, Silva estava parado na calçada em frente ao muro de um condomínio, próximo à avenida Conselheiro Carrão, e não resistiu à prisão. Seu único pedido foi não ser levado ao DP em uma carro da polícia --ele seguiu, sem algemas, no carro da delegada.
Segundo a polícia, o ex-promotor está magro e abatido, e disse ter tido problemas de saúde nos últimos anos. O delegado da seccional Nelson Silveira Guimarães afirmou que Silva disse estar "cansado".
Guimarães afirmou também que ele disse que preso poderá apresentar provas que não pôde revelar durante seu julgamento, em 2001. Desde que o crime ocorreu, Silva alega que um assaltante teria atirado contra sua mulher.
Ainda segundo o delegado, o ex-promotor estava sem dinheiro ou documentos, e pesando cerca de 50 kg (para 1,70 metros de altura).
Ele foi encaminhado à carceragem do 81ºDP (Belém), na sede da 5º seccional. Por volta das 19h40, ele foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) de Artur Alvim, mas ainda não se sabia onde ele passaria a noite.
Fuga
À polícia o ex-promotor disse que passou os últimos oito anos no interior de São Paulo, mas não informou em qual cidade. Silva fugiu dias após ser condenado, em abril de 2001. Ele chegou a ser incluído na lista de procurados da Interpol (polícia internacional), mas disse que nunca deixou o país neste período.
Crime
Patrícia Aggio Longo, que tinha 27 anos na época e estava grávida de sete meses, foi morta com dois tiros na cabeça, dentro do carro do casal. Durante o processo, foi realizado um exame de DNA que, oficialmente, comprovou que o filho que Patrícia esperava não era de Silva, que exigiu na Justiça um novo exame de DNA.
Após o crime, a Procuradoria Geral de Justiça denunciou Silva por homicídio qualificado (sem chance de defesa à vítima) e por aborto.
Fonte: FOLHA/ANDRÉ MONTEIRO
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