Metalúrgicos fazem greve no ABC, São José e Paraná

Metalúrgicos fazem greve em várias cidades.

Metalúrgicos de cidades do ABC (Grande SP) e da General Motoros de São Caetano (também no ABC) e São José dos Campos (SP) pararam a produção nesta sexta-feira em reivindicação por reajuste salarial. Os trabalhadores da Volkswagen-Audi de São José dos Pinhais (PR) recusaram a proposta da empresa e mantiveram a greve.

No ABC, a greve atinge mais de 60 mil trabalhadores de São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra ligados à CUT (Central Única dos Trabalhadores).

Eles reivindicam o mesmo acordo feito com as montadoras, com aumento real de cerca de 2%, além dos 4,44% da inflação do período (total de 6,53%), mais abono correspondente a um terço do salário médio do grupo.

O acordo já fechado envolve Volkswagen, Ford, Mercedes-Benz, Scania e Toyota. O abono nas montadoras será de R$ 1.500. Nas demais empresas o valor do abono reivindicado vai variar de acordo com a média salarial de cada grupo.

Trabalham nas montadoras cerca de 32 mil dos 96 mil metalúrgicos da base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

GM

No caso da GM, os 10,5 mil trabalhadores de São Caetano entraram em greve hoje por tempo indeterminado.

Na unidade da empresa em São José dos Campos, os trabalhadores decidiram na manhã desta sexta-feira (18) deflagrar greve novamente. A decisão foi tomada após a reunião de ontem terminar sem acordo. É a quarta paralisação dos metalúrgicos desde o último dia 10, pela campanha salarial da categoria.

Os metalúrgicos rejeitaram a proposta de 6,53% de reajuste aceita pelos funcionários das demais empresas.

A montadora manteve a proposta de 6,53% e ofereceu um aumento de R$ 250 no abono, que passaria para R$ 1.750. A proposta foi rejeitada pelos sindicatos. Em São José, a reivindicação dos trabalhadores é de 14,65% de reajuste salarial.

Juntas, as duas fábricas produzem 620 mil carros por ano e possuem cerca de 16 mil trabalhadores.

Paraná

Na Volkswagen-Audi de São José dos Pinhais os 3.500 metalúrgicos rejeitaram proposta da empresa e decidiram prosseguir com a paralisação iniciada em 3 de setembro.

A direção da montadora ofereceu 7,57% de reajuste em setembro (3% de aumento real + 4,44% de correção pelo INPC), abono de R$ 2.000 a ser pago na próxima segunda-feira (21), e aumento no adicional noturno para 25% a partir de agosto de 2010. Os trabalhadores, no entanto, exigem que o adicional seja aplicado imediatamente.

Fonte: FOLHA

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