Usuários de celulares na Alemanha; só vendas mundiais de smartphones crescem
As vendas mundiais de celulares continuaram a cair de abril a junho, mas em ritmo mais lento do que nos três meses anteriores, já que a queda nos preços estimulou a demanda por celulares inteligentes avançados, informou o grupo de pesquisa Gartner na quarta-feira (12).
As vendas mundiais de celulares caíram em 6% no segundo trimestre, devido aos efeitos da recessão sobre os consumidores nos mercados desenvolvidos e emergentes, informou o Gartner, acrescentando que ainda prevê queda de 4% nesse mercado para 2009.
De janeiro a março, o setor de celulares teve seu pior trimestre de todos os tempos, com queda de 9% nas vendas ao consumidor.
'As coisas estão definitivamente se estabilizando, no que tange à demanda', disse a analista Carolina Milanesi, do Gartner.
Além da demanda mais fraca dos consumidores, o setor também foi afetado pela redução dos grandes estoques de celulares não vendidos do varejo, iniciada quando a desaceleração econômica apertou, no final de 2008.
O Gartner informa que os estoques do varejo caíram em cerca de 14 milhões de aparelhos no trimestre mais recente, ante declínio de 25 milhões de unidades no primeiro trimestre, e informou que antecipa que os estoques tenham efeito menor sobre o mercado na segunda metade de 2009.
Contrariando a desaceleração do mercado mais amplo, as vendas de celulares inteligentes subiram em 27% no segundo trimestre, ante igual período em 2008, estimuladas por aparelhos de preço mais baixo, como o Nokia 5800, o primeiro modelo com tela de toque produzido pela empresa, que oferece funções avançadas aos usuários por um preço de entre 200 e 300 euros.
Os celulares inteligentes oferecem muitas funções semelhantes às dos computadores, com serviços como e-mail e navegação pela Internet.
'A preocupação é determinar quanto dinheiro os consumidores estarão dispostos a gastar depois que a economia melhorar. Será que o mercado mudou para sempre em termos de preço?', questionou Milanesi.
O Gartner informou que a Nokia, maior fabricante mundial de celulares, elevou sua participação de mercado nos celulares inteligentes a 45%, estimulada pela demanda por seus modelos mais baratos, depois que o seu celular top de linha, o N97, despertou pouco entusiasmo.
Fonte: FOLHA - REUTERS
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