K-Max é indiciado pela Polícia Civil
O programador Vinicius Camacho Pinto, 28, mais conhecido entre os internautas como K-Max, foi indiciado na noite de quarta-feira (19) pela Polícia Civil de São Paulo por invadir o site da Telefônica. Embora tenha sido indiciado, K-Max não foi preso e vai responder ao indiciamento em liberdade.
Segundo um comunicado da assessoria de imprensa, a investigação da Delegacia de Repressão a Crimes Cometidos por Meios Eletrônicos do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado) descobriu que ele invadiu o banco de dados de clientes da Telefônica --e disponibilizou as informações na internet. Ainda de acordo com a nota, a equipe cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do programador em Itapevi, na Grande São Paulo.
A assessoria de imprensa do Deic confirmou à Folha Online que a ação civil foi movida pela Telefônica, ao constatar a invasão.
Segundo o delegado José Mariano de Araújo Filho, titular da DRCC-Meios Eletrônicos, Pinto teria entrado no sistema de cadastro da Telefônica. "A partir do site da empresa, ele conseguiu acessar dados pessoais dos clientes. Depois disponibilizou as informações quem estivesse interessado", disse o Araújo Filho.
O delegado informou que o programador também "sequestrou" comunidades do site de relacionamento Orkut.
Notório
Outra ação de K-Max aconteceu durante a Campus Party --evento de tecnológica-- de 2008. Ele impediu que alguns participantes acessassem sites como YouTube e Google. À época, declarou que desejava "pregar uma peça" nos blogueiros, de quem diz ser amigo.
Ele explica que não bloqueou os sites: apenas fez com que quem tentasse acessá-los a partir de alguns pontos próximos de onde estava seu laptop fosse redirecionado para a mensagem. "Não perdoei nenhum site super visitado, como Google, Flickr, Twitter, Orkut, YouTube, entre outros", disse.
Segundo a assessoria do Deic, K-Max admitiu todas as invasões. A equipe apreendeu computadores pessoais e CDs. O material será periciado. O programador foi indiciado pelo crime qualificado de divulgação de segredos. A pena é de um a quatro anos de prisão.
A Telefônica informou que, ao notar a invasão, fez o repasse das informações às autoridades. Segundo a assessoria de imprensa da companhia, a partir de agora, cabe somente ao órgão policial comentar o assunto.
A Folha Online tentou entrar em contato com K-Max, mas ele não foi localizado para comentar o indiciamento.
Fonte: FOLHA
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