O primeiro-ministro japonês Taro Aso (e) e seu principal oponente nas eleições, o líder do partido democrata Yukio Hatoyama, durante a campanha (Foto: Yoshikazu Tsuno / AFP Photo)
Os colégios eleitorais abriram neste sábado (domingo, no horário do Japão) para as eleições legislativas, que podem realizar uma troca política histórica em uma das maiores potências econômicas do planeta.
Cerca de 103 milhões de eleitores japoneses vão às urnas neste domingo para eleições que vão definir a nova formação da Câmara dos Deputados. O legislativo é quem define o novo primeiro-ministro, normalmente o líder do partido vencedor.
O país tem a segunda maior economia do mundo, mas sofre para se recuperar da sua pior recessão em 60 anos. A taxa de desemprego em julho bateu um recorde de 5,7%. O jornal "Mainichi", com base em uma pesquisa detalhada, afirmou que os democratas devem conquistar uma maioria de dois terços na Câmara, que conta com 480 membros, uma estimativa em linha com outras pesquisas.
A conquista de 269 cadeiras ou mais pode dar ao PD o controle de todos os comitês na Câmara, enquanto uma maioria de dois terços também ajudaria a passar leis mesmo se o partido perder a votação de renovação do Senado, marcada para meados de 2010.
A economia de um país com um desemprego em alta e um ambiente empresarial debilitado será o primeiro desafio do novo primeiro-ministro do Japão, para o qual os dois principais partidos nacionais têm diferentes receitas.
Para os opositores do PD (Partido Democrático), a segunda maior economia do mundo deve tomar um rumo diferente daquele ditado durante cerca de 50 anos pelo PLD (Partido Liberal-Democrático), ao qual pertence o primeiro-ministro Taro Aso.
De olho no máximo de votos possível, o PD acena para os eleitores descontentes, prejudicados pela pior recessão desde o fim da Segunda Guerra Mundial e por índices de desemprego e de emprego temporário que, num país acostumado ao trabalho vitalício, aparentam ser escandalosos.
A receita do PD passa pela redução das exportações e pelo estímulo à demanda interna. Para isso, quer incentivar o consumo das famílias com ajudas e cortes nos impostos.
Por outro lado, o programa econômico de Aso se baseia no continuísmo de medidas que ajudaram a aumentar o consumo --mediante planos de estímulo milionários-, mas não conseguiram incentivar os investimentos nem a geração de vagas de trabalho.
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Fontes: FOLHA - Agências
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