Ataque suicida em Cabul mata 7 em frente à sede da Otan

Um ataque suicida com um carro-bomba perto da sede da Otan em Cabul, capital do Afeganistão, deixou pelo menos sete mortos na manhã deste sábado, segundo o Ministério da Defesa do país.

A sede da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) está em uma área considerada a mais bem protegida da capital afegã e também está próxima das embaixadas dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha e do palácio presidencial.

O ataque ocorre a poucos dias das eleições presidenciais e provinciais marcadas para a quinta-feira.

O grupo radical islâmico Talebã, que foi derrubado do poder após a invasão militar liderada pelos Estados Unidos em 2001, prometeu boicotar as eleições e atrapalhar a votação.

Inicialmente acreditava-se que a explosão havia deixado três mortos e cerca de 70 feridos.

Mas um comunicado do Ministério da Defesa posteriormente disse que sete pessoas teriam sido mortas. Uma das pessoas feridas seria uma parlamentar afegã.

Temor

A explosão atingiu a área fortemente protegida por volta das 8h30 (1h de Brasília).

"Foi um atentado suicida provocado por um carro bem em frente à sede da Isaf (a força de manutenção de paz liderada pela Otan)", afirmou o porta-voz do Ministério da Defesa, general Mohammad Zahir Azimi, no local da explosão.

A região foi isolada pelas forças internacionais em meio ao trânsito de carros de polícia e ambulâncias.

Segundo o correspondente da BBC Martin Patience, acredita-se que um grupo ligado ao Talebã seja responsável pelo ataque deste sábado.

Para Patience, há o temor no Afeganistão de que haverá novos ataques nos próximos dias, com a proximidade das eleições.

Segundo ele, os ataques dentro da capital afegã são relativamente raros, mas tendem a ser de grande magnitude.

O último grande ataque em Cabul havia sido em fevereiro, quando vários atiradores, alguns vestindo coletes explosivos, atacaram o Ministério da Justiça.

Em julho de 2008, uma grande explosão de carro-bomba matou mais de 50 afegãos e dois diplomatas em frente à embaixada da Índia.

Fontes: Reuters - BBC - TERRA

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