Yukio Hatoyama, presidente do Partido Democrático, comemora o resultado das eleições parlamentares no Japão. (Foto: Reuters)
De acordo com projeções da mídia japonesa, o PDJ obteve 308 dos 480 assentos da Câmara Baixa do Parlamento do país, pondo fim a uma hegemonia de cinco décadas quase ininterruptas do Partido Liberal Democrático (PLD), do atual primeiro-ministro, Taro Aso.
O PLD teria obtido 119 cadeiras, invertendo a posição dos partidos na Câmara Baixa. Os resultados oficiais das eleições ainda não foram divulgados, mas Aso já anunciou que vai deixar a liderança de seu partido.
Com a projeção dos resultados, o índice Nikkei do mercado japonês apresentou a maior alta dos últimos 11 meses no começo da manhã, mas a alta do iene e quedas nas bolsas chinesas levaram o pregão a encerrar seus negócios em baixa de 0,3%.
Hatoyama, que é neto do fundador da fábrica de pneus Bridgestone, deverá ser confirmado como o novo primeiro-ministro quando o Parlamento japonês se reunir, dentro de cerca de duas semanas. Seu partido também está em negociações com dois partidos menores, da oposição, cujo apoio será necessário na Câmara Alta do Parlamento.
"Finalmente vamos conseguir mexer na política, criar um novo tipo de política que corresponda às expectativas das pessoas", disse Hatoyama nesta segunda-feira.
Governo
A expectativa agora é se Hatoyama será capaz de cumprir suas promessas de campanha. Ele precisa levar a segunda maior economia do mundo de volta à rota de crescimento sustentável depois da recessão e combater o desemprego recorde.
Hatoyama também prometeu aumentar o sistema de pensões do Estado, apesar de o Japão enfrentar altas dívidas no setor.
Em nota divulgada neste domingo, a Casa Branca classificou as eleições no Japão como "históricas" e afirmou que o governo americano espera criar laços fortes com o novo governo.
Durante a campanha, no entanto, Hatoyama já havia indicado que buscará uma política externa mais independente e mais distante dos Estados Unidos.
Segundo a agência de notícias Kyodo, o comparecimento às urnas foi de 69%, maior do que o de 67,5% nas eleições de 2005, quando o carismático Junichiro Koizumi foi eleito por uma larga maioria.
Segundo as autoridades, os eleitores compareceram apesar das fortes chuvas em Tóquio, causadas pela aproximação de um tufão, e de um alerta de gripe suína emitido pelo governo.
Fontes: FOLHA - G1 - Agências
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