Miriam Leitão
Mudança climática na pauta de ricos e emergentes? O tema da reunião do G8, mais cinco países emergentes, foi decidido pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Só isso já mostra a diferença. O ex-presidente George Bush negava a existência do aquecimento global. Barack Obama quer discutir o assunto.
Isso é que torna essa reunião mais importante. O fato de o país mais rico do mundo, que divide com a China o campeonato de poluição, estar mudando tanto.
Para mostrar que está falando sério, Obama já aprovou na Câmara e está agora lutando para aprovar no Senado a chamada Lei da Mudança Climática, que vai obrigar as empresas americanas a mudar sua forma de produzir para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Vai afetar o transporte e a produção de energia, incentivando a energia eólica e solar. A delegação americana nesta reunião da Itália já aprovou compromissos que vai levar para Copenhague, em dezembro, na mais importante reunião do ano sobre mudança climática.
Países emergentes não concordaram com proposta de redução na emissão de gases que causam o efeito estufa.
Na Itália, ricos e emergentes não chegaram a um acordo sobre o aquecimento global. Esse era um dos principais desafios da reunião do G-8, em L'Áquila.
Os países mais ricos do mundo concordaram em reduzir em 80% a emissão de gases que causam o efeito estufa, até 2050. Mas exigiram em troca que potências emergentes como Brasil, Índia e China também reduzam as emissões, em 50%.
Para esses países, uma redução desse porte impede o crescimento econômico. Hoje todos voltam à mesa de negociações.
Um acordo global é considerado essencial para evitar a elevação de 2º na temperatura média do planeta. Esse é o ponto a partir do qual as mudanças climáticas seriam irreversíveis.
Na reunião, um momento de descontração no G-8. O presidente Lula distribuiu aos colegas camisas da seleção brasileira autografadas pelos jogadores. Até o presidente americano Barack Obama ganhou a dele.
Fonte: TV GLOBO - G1
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