Governo compra imagens de satélite que vê através de nuvens

Equipamento japonês opera por meio de radares. Material será utilizado para detectar desmatamento da Amazônia.

Uma nova tecnologia pode ajudar fiscais a enxergarem o desmatamento que acontece debaixo das nuvens. Imagens do satélite japonês Alos (Advanced Land Observing Satellite), recém-adquiridas pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) são obtidas por meio de radar que consegue enxergar o que ocorre sob áreas constantemente nubladas, como o estado do Amapá, Roraima e norte do Amazonas e Pará.


Imagens geradas pelo satélite Alos não têm cor, mas podem ser obtidas sem depender de luz, pois são geradas por meio de ondas de rádio. (Foto: Sipam/Divulgação)

Os dias nublados são o maior desafio para a vigilância do desmatamento da Amazônia. No último levantamento sobre a devastação publicado pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) em junho, 62% da floresta estava encoberta, impedindo a leitura dos satélites.


Foto de satélite obtida em maio mostra a região de Coari, no Amazonas. Nuvens são o principal obstáculo para a vigilância do desmatamento. (Foto: Inpe/Divulgação)

Por enquanto, as imagens servirão apenas para monitorar parques e reservas no norte da Amazônia por meio do Programa de Monitoramente de Áreas Especiais (ProAE), capitaneado pelo Sipam.

Saiba mais sobre o ProAE:

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Segundo dados divulgados pelo órgão, vinculado à Casa Civil da Presidência da República, estão sendo compradas 1.300 imagens, que cobrirão 3,5 milhões de quilômetros quadrados – o equivalente a 67% da Amazônia Legal ou 41% do território brasileiro. O valor desembolsado será de R$ 337 mil.

Radares

Os sensores do satélite Alos conseguem captar objetos e texturas sem a necessidade de luz, pois utilizam ondas de rádio, por meio de radares, para identificar a superfície terrestre. Por causa disso, as imagens obtidas não têm cor.

O Sipam também conta com sensores que operam por radar, mas eles estão instalados em aviões da Aeronáutica, como o R99, utilizado nas buscas pelos destroços do avião da Air France que caiu no Oceano Atlântico no último 31 de maio.



Fontes: G1 e agências

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