Avião C95 da FAB descarrega caminhão frigorífico em Fernando de Noronha
As primeiras peças resgatadas nesta quinta-feira do Atlântico não trazem nenhuma identificação do Airbus-A330 da Air France, que cumpria o voo 447 e desapareceu domingo (31) no oceano. Militares da Marinha que fizeram contatos com a tripulação do fragata Constituição, a embarcação que recolheu o material, disseram a Folha que apenas uma perícia poderá confirmar se as peças são do avião da Air France.
Os militares esperavam encontrar pelo menos uma placa da Air France ou algum material de série do modelo do avião. Segundo a Marinha, foi recolhida por volta das 13h de hoje uma peça de madeira de 1,20 metros quadrados por 15 cm de altura, utilizada para acomodação de cargas em aviões.
A FAB (Força Aérea Brasileira) informou que o objeto teria 2,5 metros quadrados e que duas boias também teriam sido resgatadas. A Marinha não reconhece a origem das boias.
Segundo a Aeronáutica, os objetos foram avistados distante 550 km de Fernando de Noronha (PE) pelo avião C-130 Hércules da FAB. Segundo a FAB essa seria a primeira peça da aeronave retirada do oceano.
Ainda não há previsão de quando os destroços devem chegar a base operacional de Fernando de Noronha. O comando da Aeronáutica está adaptando a base operacional de Fernando de Noronha e do Cindacta 3 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), em Recife, para receber o material.
O destino dos destroços do voo 447 será definido pelo governo francês. Como as investigações serão tocadas pelo Centro de Investigação de Acidentes Aéreos da França, o governo brasileiro não terá autonomia para decidir o que será feito com o material.
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