Brasil tem 9 casos confirmados e 13 suspeitos de H1N1

Para os casos confirmados, está sendo realizado busca ativa das pessoas que tiveram contato com pacientes

SÃO PAULO - Subiu para 13 o número de pessoas com suspeita de influenza A (H1N1), a gripe suína, no Brasil, segundo informou o Ministério da Saúde nesta sexta-feira, 22. Os casos suspeitos estão sendo acompanhados nos Estados de São Paulo (5), Rio de Janeiro (4), Paraná (2), Distrito Federal (1) e Rondônia (1). O total de casos confirmados chegou a nove na quinta-feira, 21.

O ministério também monitora outros 13 pacientes em oito Estados. Já foram descartados 293 casos.

O nono caso confirmado está em São Paulo, e é um paciente que chegou dos Estados Unidos na última terça-feira, 19. Ele está em tratamento e passa bem.

Os outros oito casos foram confirmados nos Estados do Rio de Janeiro (3), São Paulo (2), Minas Gerais (1), Rio Grande do Sul (1) e Santa Catarina (1). Todos os pacientes foram tratados e já receberam alta.

Para todos os casos, estão sendo realizados busca ativa e monitoramento de todas as pessoas que estabeleceram contato próximo com esses pacientes.

Na quinta-feira, 21, 18 novos casos foram descartados por exames laboratoriais com resultado negativo.

Os testes estão sendo realizados nos três laboratórios de referência do ministério: Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro; do Instituto Adolf Lutz, em São Paulo; e do Instituto Evandro Chagas, em Belém, no Pará.

OMS alerta para casos mais graves de gripe suína no mundo

GENEBRA- A diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margareth Chan, disse nesta sexta-feira, 22, que o mundo deve se preparar para uma onda de infecções mais graves e mortes provocadas pela gripe suína. Mais cedo, o balanço diário da organização confirmou 11.168 casos da doença e 86 mortes.

Segundo Chan, em locais onde o vírus A H1N1 está em circulação, a gravidade das infecções deve aumentar. "Este é um vírus sutil e sorrateiro", disse Chan. "Nós temos indícios, muitos indícios, mas poucas conclusões sólidas."

A diretora da OMS ressaltou ainda que há uma pequena diferença entre o alerta para risco de epidemia 5 e o 6, que indica uma pandemia, mas que a mudança ainda não foi discutida com especialistas." A decisão de declarar uma pandemia de gripe é uma responsabilidade e um dever que eu tenho levado muito, muito a sério", afirmou"Vou me consultar com o comitê de emergência sobre isso", disse.

Os procedimentos da OMS definem uma pandemia baseados somente pela amostra de expansão, e não pelos sintomas que o vírus pode causar. Seguindo estas regras, Chan poderia precisar aumentar o nível de alerta para a fase 6 assim que o vírus H1N1 mostrar sua expansão de forma sustentável em somente um país fora da América do Norte.

Balanço

A doença continua a se concentrar nas Américas. Os Estados Unidos registraram 5.764 casos, incluindo 9 mortes. No México, há 3.892 ocorrências, com 75 mortes. O Canadá tem 719 casos e uma morte. Na Costa Rica há 20 doentes e foi confirmada uma morte.

Na quinta-feira, o governo brasileiro anunciou o nono caso da doença no País. Um morador de São Paulo que voltou dos EUA teve os sintomas um dia após voltar da viagem. Ele foi internado e passa bem.

Há 294 casos registrados no Japão. O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças afirmou, no fim da quinta-feira, que dez novos casos foram registrados no continente, elevando o total na Europa para 290.

As autoridades italianas ordenaram, no início da sexta-feira, o fechamento de duas escolas em Roma. Nessas instituições, houve casos de alunos que contraíram o vírus quando viajaram para os EUA.

Autoridades nos Emirados Árabes informaram nesta sexta-feira que colocaram um passageiro de avião vindo do Canadá em quarentena. Caso se confirme, este seria o primeiro caso de influenza (H1N1) na região do Golfo Pérsico.

A OMS recomenda aos doentes que evitem viagens internacionais. Além disso, os que apresentarem sintomas da doença após viagens internacionais devem buscar auxílio médico.

EUA destinarão US$ 1 bi para vacina contra a gripe H1N1


A secretária de Saúde do governo federal americano, Kathleen Sebelius/AP

WASHINGTON - O governo americano destinará US$ 1 bilhão para ajudar as empresas a desenvolver uma vacina para combater o vírus da gripe suína, anunciou a secretária de Saúde, Kathleen Sebelius.

O dinheiro será usado para financiar os testes clínicos que serão realizados para a produção em escala comercial de dois possíveis componentes da vacina, como indicou o Departamento de Saúde.

A secretária ressaltou em comunicado que a preparação e o planejamento "são críticas" para enfrentar uma possível pandemia, porque as medidas tomadas hoje ajudarão a "que se esteja preparado para o caso de a vacina ser necessária".

Os fundos servirão para realizar novos acordos com as companhias farmacêuticas que já têm licença para fabricar vacinas.

"Nosso objetivo é estar um passo à frente do vírus", acrescentou Sebelius.

Além disso, o dinheiro servirá para que as companhias farmacêuticas preparem as vacinas piloto e realizem os estudos clínicos para determinar qual é a dose apropriada para que se torne efetiva e segura.

O Departamento de Saúde informou que o Governo americano compartilhará os avanços que sejam feitos nessa direção com a Organização Mundial da Saúde, para benefício de outros países.

O surto da gripe infectou 6.552 pessoas nos EUA, segundo o último relatório do Centro de Controle de Doenças (CDC, em inglês), e custou a vida de nove pessoas no país.

Apesar do nome, a gripe suína não apresenta risco de infecção por ingestão de carne de porco e derivados.

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