Conforme Chan, entidades como o Banco Mundial foram acionadas para mover recursos para que as fabricantes de medicamentos antivirais aumentem sua produção, de modo a tentar ajudar o maior número de pessoas possível. "É uma oportunidade de solidariedade, enquanto buscamos respostas que beneficiem todos os países, toda a humanidade."
Em entrevista, Chan disse que a organização ainda não sabe quão severa será a epidemia. Ela disse que a organização irá "monitorar a evolução e colher informações específicas para responder essa pergunta de uma maneira mais eficaz." Ela ressaltou, porém, que a influenza pode ser leve em países ricos e "altamente mortal" em países em desenvolvimento.
Há, ao todo, 148 casos confirmados de gripe suína no mundo, de acordo com a OMS. Há ainda sete mortes no México e uma nos Estados Unidos, a partir de dados informados pelos governos. Os casos de infecção reconhecidos pela OMS foram identificados em nove países de quatro continentes: Estados Unidos (91), México (26), Áustria (1), Canadá (13), Alemanha (3), Israel (2), Nova Zelândia (3), Espanha (4) e Reino Unido (5).
Este novo balanço não inclui um caso confirmado pelo governo da Costa Rica nesta terça-feira (28), apesar de acrescentar a Alemanha e a Áustria à lista de países em que foram identificadas infecções pela forma específica de vírus de influenza A H1N1 que causa a gripe suína.
No México, o governo confirma sete mortes, mas investiga outras 152. O número de pessoas infectadas, estima o governo mexicano, pode ser superior a 2.000.
Hospital naval de Cidade do México abre portas para a população civil em meio a epidemia de gripe suína
Brasil
No Brasil, de acordo com o ministro José Gomes Temporão (Saúde), os dois casos suspeitos de gripe suína são de um morador de São Paulo e o outro de Minas. Outras 36 pessoas que tiveram sintomas da doença estão sendo monitoradas. São pessoas que chegaram de países onde a doença foi registrada e apresentaram algum dos sintomas da doença.
Há pacientes sendo monitorados no Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo.
Segundo o ministro, o Brasil tem matéria-prima para produzir medicamentos para o tratamento de até 9 milhões de pacientes contaminados com o vírus da gripe suína.
Sintomas
A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.
Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório. Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).
Brasil tem 36 casos em observação; 2 são suspeitos
Chegam a 36 os casos sob observação para sintomas da gripe suína no Brasil, conforme informou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, em entrevista coletiva transmitida pela TV Globonews na tarde desta quarta-feira, 29.
Segundo os últimos dados, o País tem dois casos considerados suspeitos - um em São Paulo e outro em Minas Gerais. São considerados supeitos os casos que apresentam uma série de sintomas compatíveis com a doença, além de terem vindo de locais considerados de risco para o vírus.
Dos 36 casos em investigação, 14 estão no Estado de São Paulo. Durante a coletiva, o ministro recebeu a informação de que a Organização Mundial da Saúde elevou para 5 o nível de risco da doença.
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