da Efe, em Londres
As partículas de chumbo presentes nos aerossóis comercializados no começo do século 20 poderiam ter ajudado a diminuir o impacto do aquecimento global, ao contribuir para a formação de pequenos cristais de gelo na atmosfera capazes de estimular as precipitações.
No entanto, a promoção de aerossóis com pouco chumbo que houve no último século provocou uma grande redução na formação destes cristais, contribuindo para a mudança climática, segundo um estudo publicado pela "Nature Geoscience".
Uma equipe de cientistas do Laboratório Nacional do Pacífico Noroeste, nos Estados Unidos, dirigida por Daniel Cziczo, afirma que as partículas de chumbo liberadas pelos aerossóis contribuem para a criação de placas de gelo, ao entrar em contato com o vapor de água presente na atmosfera.
Deste modo, defendem os especialistas, facilitam a condensação de água e, portanto, a criação de nuvens, fundamentais para completar satisfatoriamente o ciclo de água.
Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores reproduziram o processo no laboratório e comprovaram que as partículas de gelo criadas graças ao chumbo representam quase a metade do total de gelo presente na atmosfera.
Portanto, destacam que, se na era pós-industrial tivesse sido mantido nível de emissões de chumbo do passado, este fato por si só teria bastado para compensar uma boa parte do aquecimento global causado pelos gases do efeito estufa.
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