As ações do setor bancário puxam a valorização da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) nos negócios desta segunda-feira. A notícia da fusão entre Itaú e Unibanco animou os investidores, com a perspectiva de que o processo de consolidação do setor bancário continue no país. Na cena externa, as Bolsas americanas e européias operam com ganhos modestos. O câmbio alcança R$ 2,18.
O termômetro da Bolsa, o índice Ibovespa, ganha 1,71% e atinge os 37.894 pontos. O giro financeiro é de R$ 1,46 bilhão.
O dólar comercial é cotado a R$ 2,189 na venda, em alta de 1,34% sobre a cotação de sexta-feira. A taxa de risco-país marca 457 pontos, número 9% acima da pontuação anterior.
As ações dos grandes bancos brasileiros estão entre os ativos mais visados pelos investidores neste pregão e e registram fortes altas, com destaque para o papel do Itaú (14,26%) e do Unibanco (7,66%). A ação do banco estadual Nossa Caixa também sobe com força (8,32%), devido à perspectiva de que seja o próximo "alvo" do setor bancário para ganhar escala. A ação do Bradesco sobe 4,42% enquanto a ação do Banco do Brasil recua 0,67%.
Analistas concordam que o processo de fusões e aquisições ganhou novo fôlego após a fusão do Itaú e Unibanco. "Se você olhar para o mercado bancário, está cheio de bancos pequenos, de nicho, que não interessam e nem fazem muita diferença para o Bradesco. Quer dizer, sobrou muito pouco para esse banco tirar a diferença", avalia Ricardo Tadeu Martins, gerente de pesquisa da corretora Planner.
"O Besc e a Nossa Caixa já estão em processo de aquisição pelo Banco do Brasil. E nós temos alguns bancos estaduais, que não foram muito falados. Uma alternativa [para o Bradesco] é algum tipo de parceria no mercado interno com algum grande banco estrangeiro", acrescenta.
Entre as outras notícias do dia, o Boletim Focus, preparado pelo Banco Central, mostrou que a maioria dos economistas do setor financeiro estima que o dólar deve terminar o ano cotado a R$ 2, mesmo patamar esperado para o final de 2009.
A Petrobras informou que registrou recorde de exportação de petróleo no mês de outubro. Segundo a estatal, foram enviados ao exterior, em média, 574 mil barris/dia, superando em 42 mil barris/dia o volume máximo anterior, constatado em abril deste ano.
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