Windows 7 se afastará do Vista e vai se simplificar



LOS ANGELES - A Microsoft está apostando que a próxima versão do sistema operacional Windows será mais rápida e fácil de usar e evitará os tropeços que marcaram a chegada do Windows Vista e foram considerados responsáveis por afastar muitos usuários do software que equipa 90 por cento dos computadores pessoais do planeta.

O Windows 7, apresentado nesta terça-feira, deve ser lançado em versão de teste no começo do ano que vem, com recursos que incluem tecnologia de tela sensível a toques e capacidade de personalização do sistema com mais facilidade.

O Windows Vista recebeu críticas tão pesadas contra sua baixa compatibilidade com aparelhos mais antigos e lenta velocidade de inicialização que terminou por se tornar alvo de uma campanha de marketing muito efetiva veiculada pela rival Apple.

Além disso, a utilidade do sistema operacional tradicional Windows para computadores pessoais, o produto mais lucrativo da maior produtora mundial de software, vem sendo contestada, à medida que mais e mais aplicativos passam a estar disponíveis na Internet, o que destaca o papel central dos navegadores de Internet em um mundo no qual a Web ocupa posição central.

A Microsoft decidiu medir sucesso com base na experiência positiva dos usuários, em lugar de superioridade técnica --um fator que usuários comuns muitas vezes desconsideram.

Julie Larson-Green, vice-presidente da Microsoft encarregada de supervisionar o desenvolvimento do Windows 7, afirmou que "ter a melhor solução técnica é ótimo. Mas, como no caso do vídeo Beta e do VHS, a melhor solução técnica nem sempre importa", disse ela, se referindo à batalha pela dominância do mercado de vídeo travada pelos formatos Beta e VHS nos anos de 1970 e 80.

A Microsoft planeja introduzir mais recursos que facilitem o uso do sistema operacional, como uma nova barra de tarefas que oferece uma visão prévia de todas as janelas abertas de um programa quando o usuário passa com o cursor por sobre seu ícone.

Outro novo recurso são as "Jump Lists", que oferecem listas atualizadas de documentos que o usuário usou recentemente ou sites de Web que costuma visitar sem que ele precise abrir antes o Word ou um navegador de Internet.

"As pessoas não estão usando o Windows para usar o Windows. As pessoas estão usando o Windows para terem acesso ao que querem utilizar. Ajudá-las a fazerem o que querem é o objetivo do sistema operacional", disse Julie.

A nova filosofia é um aceno ao sucesso da Apple, que viu sua participação de mercado nos Estados Unidos desde 2005 por causa, em parte, de uma campanha publicitária que retratou o Vista como desajeitado e mais difícil de usar.

O Windows 7 tem como meta manter as exigências de hardware do Vista para que as empresas não precisem comprar novos equipamentos apenas para que o sistema operacional da Microsoft seja utilizado.

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