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Com queda de 15%, Bolsa suspende negócios pela 2ª vez no dia

A primeira parada ocorreu às 10h18, quando a Bovespa chegou aos 40 mil pontos, com queda de 10% no dia

Sueli Campo, da Agência Estado

SÃO PAULO - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou pela segunda vez nesta segunda-feira, com menos de duas horas de operação. O segundo circuit breaker foi acionado às 11h43, quando a Bolsa atingiu uma queda de 15%, aos 37.814pontos. A primeira parada ocorreu às 10h18, quando a Bovespa chegou aos 40 mil pontos, acumulando uma queda de 10% no dia. A Bolsa retomará os negócios às 12h44. É a terceira vez na história que o circuit breaker é acionado duas vezes no mesmo dia. A primeira vez foi em 28 de outubro de 1997 e a segunda, em 10 de setembro de 1998.


As ações de bancos despencam nas bolsas européias nesta manhã de segunda-feira, puxando para baixo os principais índices. As bolsas européias abriram em queda o pregão seguindo os mercados asiáticos que encerraram em baixa. A aprovação do plano de resgate de US$ 700 bilhões pelo governo americano e o anúncio de que o governo alemão garantirá todas as contas bancárias privadas, sejam de poupança ou contas correntes, não conseguiram animar o mercado financeiro. As asiáticas caíram mais de 4% diante do agravamento da crise financeira na Europa e de novos indícios de que a economia norte-americana caminha para uma recessão, apesar do socorro aprovado pelo Congresso na semana passada, informa Cláudia Trevisan.

"O sistema bancário não funciona mais. Está quebrado. Os bancos estão entrando num período de recessão sem capital e o banco central é o único credor a recorrer. As pessoas estão com dúvida sobre o que fazer", disse o analista de ações européias da Standard and Poor’s Robert Quinn.

Emmeio à volatilidade, operadores e analistas aguardam a reunião do Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra na quinta-feira. De acordo com um trader, "há uma boa chance de que eles reduzam a taxa de juros agora e meçam o impacto disso no trimestre".

O governo alemão anunciou neste domingo, 5, que garantirá todas as contas bancárias privadas. Um anúncio feito anteriormente referia-se apenas aos depósitos de poupança, mas mais tarde o porta-voz do ministério da Fazenda, Torsten Albig, disse que a decisão de garantia ilimitada envolveria todos os depósitos, cobrindo cerca de US$ 800 bilhões em poupança, conta corrente e certificados. Com isso a Alemanha, maior economia européia, se junta a Irlanda e Grécia como mais um membro da União Européia a adotar medidas em separado para enfrentar a crise dos mercados.

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