Petróleo cai após novos recordes negativos em NY e Londres

Cotações chegaram por um momento a bater os US$ 60.
Barril encerrou o pregão a US$ 63,22 nos EUA.


Os preços do petróleo se mantiveram em baixa nesta segunda-feira (27), atingindo novos recordes negativos durante a sessão em Nova York e Londres, onde as cotações chegaram por um momento a bater os US$ 60, em um mercado preocupado com as conseqüências de uma recessão mundial.

Na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o barril de West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em dezembro encerrou o pregão a US$ 63,22, uma queda de US$ 0,93 em relação a sexta-feira. Durante ao pregão, chegou a ser negociado a US$ 61,30, seu nível mais baixo desde maio de 2007.

Em Londres, as cotações caíram abaixo da barreira psicológica dos US$ 60 pela primeira vez desde 16 de março de 2007, com o barril negociado a US$ 59,02. O Brent do mar do Norte para entrega em dezembro perdeu US$ 0,64 no fechamento, cotado a US$ 61,41.

Apesar de uma passagem rápida pelo terreno positivo, no momento em que a Bolsa de Nova York também registrava lucros, a pressão para baixo foi mais forte e definiu o pregão.

"Tivemos algumas más notícias sobre a atividade do mercado no estrangeiro, principalmente na Ásia", destacou John Kilduff, da MF Global.

Na China, a demanda por petróleo em setembro aumentou 2%, aumento mais fraco dos últimos 10 meses, segundo o analista.

Além disso, pela primeira vez desde 2002 o crescimento chinês em 2009 deve ser inferior a 10% por causa do impacto da crise, indicou o economista chefe do Banco Mundial.

As conseqüências de uma desaceleração econômica mundial sobre a demanda de petróleo são, atualmente, a principal preocupação dos investidores.

Essa preocupação fez com passasse quase despercebido pelo mercado o anúncio da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) informando sobre a possibilidade de um novo corte na produção, após a redução decidida na última sexta-feira.

O preço do petróleo é afetado também pela fuga de capitais, num contexto em que os investidores procuram desesperadamente por liquidez.

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