Índice do mercado brasileiro fechou abaixo dos 30 mil pontos.
Em cinco pregões negativos, a queda acumulada é de mais de 25%.
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que operou em queda durante todo o dia, acumulou forte desvalorização no fim do pregão, acompanhando a piora do humor de Nova York. Com isso, o índice fechou abaixo dos 30 mil pontos pela primeira vez em exatos três anos, desde outubro de 2005.
O índice Ibovespa - referência para o mercado brasileiro - teve baixa de 6,5%, fechando aos 29.435 pontos. O volume de negócios mostra que a bolsa está atraindo um número menor de investidores. No dia, ficou em R$ 3,24 bilhões, bem abaixo dos R$ 6 bilhões que eram registrados no primeiro semestre.
Com a intensificação da queda no fim do pregão, além de cair abaixo do patamar de 30 mil pontos, a Bovespa acumulou a quinta desvalorização seguida, acumulando, desde a última terça-feira, queda superior a 25%. Desde o início do ano, as perdas do índice já encostam em 54%. Em relação ao "pico" do Ibovespa, em 20 de maio (73.516 pontos), a queda é de 59,96%.
Grandes bancos
Nem a divulgação de bons resultados dos principais bancos comerciais brasileiros no dia conseguiu tirar a Bovespa do terreno negativo. Bradesco e Itaú lucraram, respectivamente, R$ 1,9 bilhão e R$ 1,8 bilhão no terceiro trimestre. De acordo com a consultoria Economatica, são os terceiro e quarto maiores lucros trimestrais da história para bancos brasileiros.
Entre as principais ações negociadas no mercado brasileiro, foram poucas as altas. Com o lucro expressivo e a divulgação de uma exposição cambial abaixo do esperado, as ações do Itaú fecharam em estabilidade. As ações da Bradespar, que inclui o banco Bradesco, tiveram forte baixa no dia.
As "blue chips" Petrobras e Vale do Rio Doce tiveram um dia bastante negativo. Os papéis mais negociados da Petrobras afundaram mais de 11% com a queda do petróleo. As ações PN da Vale tiveram baixa de aproximadamente 8%.
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