O primeiro-ministro do Japão, Taro Aso, anunciou nesta quinta-feira um pacote de medidas para estimular a atividade da segunda maior economia mundial, em um valor total de 26,9 trilhões de ienes (US$ 277 bilhões).
Desse valor, cinco trilhões de ienes serão destinados aos gastos públicos. O pacote inclui medidas de redução de impostos, de ajudas diretas aos consumidores e de empréstimos a pequenas empresas.
"A atual crise econômica mundial é um evento que acontece uma vez a cada século", declarou Aso em entrevista coletiva.
"Em situações deste tipo, é necessário aliviar a insegurança que as pessoas sentem. Não devemos temer esta violenta tempestade, mas não devemos nos limitar a ficar sem fazer nada enquanto a tufão nos arrasta", acrescentou o primeiro-ministro.
Na segunda-feira (27), Aso anunciou uma série de novas medidas para apoiar os mercados financeiros, entre elas o aumento de um fundo governamental destinado a injetar capital nos bancos em caso de necessidade.
Ele declarou ainda que o Japão vai reforçar a regulamentação das vendas a curto prazo (a venda especulativa de ações, destinada a gerar lucro prevendo a queda dos títulos).
O ministro delegado para Política Econômica e Orçamentária, Kaoru Yosano, declarou no domingo (26) que o Japão elevaria de 2 bilhões de ienes a 10 bilhões de ienes o teto de intervenção do governo para sustentar eventualmente os bancos com dificuldades.
Na semana passada, o iene alcançou seu recorde em 13 anos frente ao dólar, prova de sua "volatilidade excessiva", indicaram os ministros das Finanças e bancos do G7 (grupo dos sete países mais ricos do mundo), em um comunicado conjunto.
Ao mesmo tempo, os países do G7 manifestaram disposição de cooperar contra a instabilidade dos mercados. O texto mencionou ainda as "possíveis implicações negativas para a estabilidade econômica e financeira" provocada pela volatilidade da moeda japonesa. "Vigiamos atentamente os mercados e cooperamos de maneira apropriada", acrescentou.
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