Bolsas sobem na Ásia e na Europa com corte de juros do BC dos EUA

As Bolsas européias operam com altas moderadas nesta quinta-feira. Os investidores receberam com otimismo a decisão do Federal Reserve (Fed, o BC americano) de reduzir sua taxa de juros para 1% ao ano. Com juros menores, o custo de empréstimos pode também ficar menor e o crédito poderia ir aos poucos voltando ao normal. Os resultados da Alcatel-Lucent e da Unilever também animavam os negócios. A Bolsa de Tóquio, por sua vez, teve alta de quase 10%.

Às 7h40 (em Brasília), a Bolsa de Londres estava em alta de 0,26% no índice FTSE 100, indo para 4.254,22 pontos; a Bolsa de Paris subia 0,70% no índice CAC 40, indo para 3.426,51 pontos; a Bolsa de Frankfurt subia 2,70%, indo para 4.938,29 pontos; a Bolsa de Milão tinha alta de 0,79% no índice MIBTel, que ia para 16 mil pontos; a Bolsa de Zurique estava em alta de 1,56%, com 5.972,32 pontos no índice Swiss Market; e a Bolsa de Amsterdã subia 0,44% no índice AEX General, que estava com 260,72 pontos.

O índice Dow Jones Stoxx 600 chegou a subir 0,8%, para 215,53 pontos. Entre as ações que mais subiam hoje estavam as das mineradoras Xstrata (+10%) e Rio Tinto (+6,6%). Os papéis da BHP Billiton também subiam (+8,3%).

A Bolsa de Tóquio (Japão) fechou com alta de quase 10%. Na Coréia do Sul, o mercado avançou quase 12%. As quedas vistas nos últimos meses reduziram os preços das ações ao ponto de começarem a parecer atrativas para os investidores mais uma vez. Na Austrália, o mercado avançou 3,98%; a China subiu 2,17%; e Hong Kong fechou com ganhos de cerca de 10%.

Ontem, o Fed informou na nota divulgada logo após o anúncio da decisão sobre os juros que o cenário da economia americana continua ruim e que fará o que for necessário para ampliar a oferta de dinheiro e estimular o consumo. A medida, no entanto, não surtiu tanto efeito nos EUA: o Dow Jones recuou 0,82%; a Bolsa Nasdaq ganhou 0,47%; e o S&P 500 perdeu 1,11%.

Hoje, o governo deve divulgar a primeira estimativa para o PIB (Produto Interno Bruto) referente ao terceiro trimestre. No segundo trimestre, a economia cresceu 2,8% (ligeiramente menor que os 3,3% em um cálculo prévio). Analistas dizem, no entanto, que, sem o benefício do dinheiro extra, nos próximos trimestres o desempenho econômico americano deverá ser inferior.

Já no Brasil, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) emendou o segundo dia de forte valorização, com ganhos de 4,37% no fechamento, com o ânimo dos investidores no corte dos juros básicos promovido pelo Federal Reserve. Para economistas do setor financeiro, o banco central americano deixou a porta aberta para outros ajustes da taxa básica local.

As ações do grupo anglo-holandês Unilever subiam 2%, depois que a empresa anunciou ter registrado um crescimento de 72% em seu lucro referente ao terceiro trimestre. A empresa informou que medidas sobre preços e redução de custos ofuscaram os aumentos nos preços das commodities. Para este ano, a expectativa de crescimento de vendas é positiva.

As ações do Deutsche Bank subiam 9%, depois que o banco informou ter conseguido se manter com resultados positivos no terceiro trimestre, apesar da piora na crise financeira vista desde o mês passado.

As ações da petrolífera Royal Dutch Shell, por sua vez, reverteu os ganhos das últimas sessões e registrava perda de 1,1%. O lucro da empresa cresceu 22% no trimestre, superando as previsões dos analistas.

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