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Investidor bilionário defende compra de ações nos EUA apesar de crise
da Folha Online
O megainvestidor americano Warren Buffett defendeu a compra de ações de empresas americanas em um artigo escrito para o diário americano "The New York Times" e publicado nesta sexta-feira. A recomendação chega no momento em que Bolsas no mundo todo têm quedas históricas com o temor de uma recessão de alcance global e na semana em que o índice Dow Jones, em Wall Street, oscilou da pior queda em 21 anos (7,87%) para o maior ganho em pontos já visto (936,42 pontos).
"Se os preços continuarem atrativos, em breve 100% de meu capital fora da Berkshire Hathaway [holding da qual Buffett é executivo-chefe] estárá em ações dos EUA", disse Buffett, no artigo intitulado "Buy American. I am" ("Compre [ações] americanas. Eu vou").
"Eu tenho comprado ações americanas. Estou falando de minhas finanças pessoais, nas quais eu não tinha senão títulos do governo americano. Por quê? Uma regra simples dita minhas compras: fique com medo quando os outros forem gananciosos; seja ganancioso quando os outros estiverem com medo", escreveu Buffett no texto.
"Para ser claro, os investidores estão certos de serem cauteloso quanto a empresas com muita alavancagem [endividamento para investimento] ou empresas com posições para investimento muito fracas (...) Mas os temores a respeito da prosperidade das muitas empresas robustas do país não faz sentido."
"Esses negócios vão de fato sofrer sobressaltos em seus resultados, como sempre ocorreu. Mas a maioria das grandes empresas vai registrar novos resultados recorde em cinco, 10, 20 anos a contar de hoje", diz o artigo.
Buffett já anunciou investimentos bilionários desde que as Bolsas americanas começaram após a quebra do banco de investimentos Lehman Brothers, no dia 15 de setembro. No dia primeiro deste mês ele concordou em investir US$ 3 bilhões no conglomerado americano General Electric. No fim de setembro ele havia anunciado a compra de US$ 5 bilhões em ações do Goldman Sachs.
A revista americana "Forbes" informou recentemente que a crise nos mercados financeiros tirou US$ 27 bilhões dos patrimônios dos americanos mais ricos em um mês; com isso, Buffett voltou ao posto de homem mais rico dos EUA.
Ele viu a sua fortuna crescer US$ 8 bilhões entre 29 de agosto (quando a 'Forbes' publicou a lista inicial) e 1º de outubro (quando foi feita a atualização). O dono da Berkshire Hathaway tem agora US$ 58 bilhões.
De acordo com a revista, o motivo para o aumento do patrimônio de Buffett foi o crescimento do valor das ações da sua holding no período de atualização da lista. Os papéis da Berkshire Hathaway se valorizaram cerca de 15% no período. Desde 1º de outubro, no entanto, as ações delas já tiveram queda de 17,44% --no mesmo período, o principal índice da Bolsa de Nova York caiu 21,97%.
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