Dólar recua em meio ao clima global de alívio

Investidores analisam efeito de medidas contra a crise financeira.
Na véspera, pregão foi marcado pela atuação do Banco Central.

O dólar registra queda no pregão desta quinta-feira (9), em meio ao clima de alívio no mercado internacional com as ações coordenadas ao redor do mundo para tentar conter a turbulência internacional.

Por volta das 12h30, a moeda americana era negociada com desvalorização de 2,89%, aos R$ 2,21. Na mínima da sessão, a divisa chegou a recuar 5,30%. A queda da moeda também era influenciada pela ação do Banco Central, (BC), que voltou a vender dólares durante a manhã, a exemplo do que fez ontem por três vezes no período da manhã.

A tendência do dólar é dar uma acalmada... num movimento de alívio. Mas a crise não está resolvida", considerou Marcos Forgione, analista da corretora Hencorp Commcor, referindo-se às preocupações globais em torno de uma recessão.

Durante o pregão, o foco é novamente a análise do efeito de medidas internas e externas para acalmar investidores e elevar liquidez financeira dos mercados globais.

No exterior, o corte coordenado de juros nos países desenvolvidos teve pouco impacto nas bolsas, pois os investidores continuam ansiosos por liquidez. No Brasil, o Banco Central (BC) decidiu liberar mais R$ 23,2 bilhões aos bancos por meio da diminuição das exigências de recolhimento compulsório.

Após uma quarta-feira turbulenta, os mercados europeus operam em alta nesta quinta-feira (9). Por volta das 8h30 de Brasília, a bolsa de Londres subia 1,51%. Em Frankfurt, a alta era de 1,52%. E a bolsa de Paris operava com ganhos de 2,53%.

Nesta quinta, os governos de Bélgica, França e Luxemburgo decidiram estender ao banco Dexia uma garantia extraordinária para assegurar sua liquidez e os novos financiamentos interbancários e institucionais durante um ano, prorrogável a outro.

As autoridades financeiras da Islândia anunciaram hoje a nacionalização do maior instituto de crédito do país, o banco Kaupthing.

Na Ásia, os mercados reagiram no primeiro pregão após a ação coordenada de bancos centrais mundiais para cortar juros. As bolsas abriram em forte alta e recuaram logo depois. O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio, que ontem fechou com queda histórica de 9%, encerrou o pregão em baixa de 0,50%. Ainda nesta quinta, o Banco Central do país anunciou decisão de injetar mais US$ 40 bilhões de dólares no sistema financeiro.

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