Chevrolet Captiva 'brasileiro'




Modelo mexicano vendido aqui ganhou suspensão mais firme.
SUV tem fila de espera de dois meses e ágio de cerca de R$ 10 mil.

Depois de andar na versão mexicana do SUV Captiva, durante o evento de lançamento na região de Los Cabos, no México, no final de agosto, o G1 avalia agora a versão vendida no Brasil. O modelo teve uma recepção surpreendente dos consumidores brasileiros e o ‘efeito novidade’ ocasionou filas de espera de aproximadamente dois meses, além de um ágio médio de R$ 10 mil no preço de tabela divulgado pela montadora: R$ 92,99 mil reais para a versão 4x2 e R$ 99,99 mil para a 4x4.

E, logo na primeira acelerada do potente motor V6 de 261 cavalos de potência e 32,95 mkgf de torque, o Captiva ‘brasileiro’ se mostrou mais agradável de se guiar que o primo da terra dos sombreiros. Apesar de a Chevrolet jurar de pés juntos que os modelos são mecanicamente idênticos (há pequenas alterações de acabamento no interior), a versão daqui ganhou uma regulagem da suspensão nitidamente mais firme.

Com isso, o maior pecado daquele Captiva foi sanado. O modelo vendido no México tem a regulagem voltada para o gosto norte-americano, excessivamente macia, que deixava o SUV com um comportamento nada aprazível, principalmente, em velocidades mais elevadas. Na estrada, por exemplo, a carroceria oscilava constantemente, parecendo um barco navegando no oceano cheio de marolas. Além da sensação de insegurança ao motorista, esse sobe e desce pode até causar até enjôos nos mais sensíveis como, por exemplo, nas crianças.

Durante os sete dias de avaliação, o Captiva mostrou toda a capacidade da suspensão para superar os buracos e valetas sem dificuldades. Os SUV, aliás, vêm se tornando as opções mais confortáveis para enfrentar o dia a dia das grandes cidades. O senão fica por conta dos motores de grande capacidade volumétrica que, por mais tecnológicos que sejam, gastam bastante combustível. É o caso do modelo da Chevrolet, que não foi
modesto ao engolir litros e litros de gasolina.

O visual esportivo com vários detalhes cromados, tais como frisos, maçanetas e rodas (de 17 polegadas), chama a atenção nas ruas. Além das dezenas de pessoas que torciam o pescoço para ver a novidade, dois compradores vieram perguntar mais sobre o carro. “O que você está achando? Comprei um azul e estou esperando a entrega”, afirmou Carlos Dias, médico de São Caetano. “Ainda vai demorar um mês para chegar.”

No geral, o Captiva se mostrou uma opção interessante entre os SUV, mas poderia entregar mais equipamentos de série – ainda mais com o sobre-preço que vem sendo cobrado pelas revendedoras da Chevrolet. Afinal, o modelo não tem computador de bordo, regulagem de profundidade no volante (tem apenas de altura) ar-condicionado com duas áreas distintas e sensor de estacionamento (disponível apenas como opcional), entre outros.

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