Bolsas asiáticas abrem em alta com novas medidas anticrise


As principais Bolsas asiáticas abriram a semana em alta, mostrando que os investidores receberam positivamente a série de novas medidas tomadas pelo G7 (Grupo dos Sete, que reúne as nações mais ricas do mundo) e pela zona do euro (países que adotam o euro como moeda) para debelar a crise financeira.

Logo após a abertura, o índice Seoul Composite, da Bolsa de Seul (Coréia do Sul), operava em alta de 2,7%, enquanto a Bolsa de Sydney indicava ganho de 4,59%. Na Bolsa de Cingapura, o índice Straits Times ganhava 1,77%. As únicas que operavam em baixa eram a Bolsa de Taipé, que perdia 2,81%, e de Xangai (China) que operava em baixa de cerca de 2,1%, no meio da manhã. Em Hong Kong, os negócios iniciaram o dia com avanço de 2,43%, para depois recuar a pouco mais de 0,2% perto do meio dia (hora local).

O mercado que mais inspira atenção na Ásia, o Japão, não abre hoje porque é feriado no país. A economia japonesa viveu um dia negro na última sexta-feira, quando a Bolsa de Tóquio registrou sua pior queda em 21 anos e a crise mundial fez sua primeira vítima no setor financeiro do país, o grupo de seguros Yamato Life.

Presa de pânico, o índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, fechou em baixa de 9,62%, sua pior queda desde outubro de 1987. O indicador acumulou perdas de 24,33% na semana passada.

Neste domingo, os líderes dos países da zona do euro reunidos em Paris decidiram permitir um refinanciamento "limitado" até o final de 2009 para os bancos da região e de acordo com as "condições do mercado", disse o presidente francês, Nicolas Sarkozy.

Os países-membros da zona do euro ainda aprovaram que poderão "reforçar o capital dos bancos de seus respectivos países", segundo Sarkozy --abrindo espaço para estatizações parciais no setor bancário europeu.

Uma cúpula dos 27 países-membros da União Européia ocorrerá nesta quarta e quinta-feira em Bruxelas, e uma das principais atividades dos membros da reunião será analisar as medidas tomadas.

Já no sábado, o G20 financeiro, o grupo que reúne os principais países ricos e emergentes, comprometeu-se a "utilizar todos os instrumentos econômicos e financeiros para assegurar a estabilidade e o bom funcionamento dos mercados financeiros", segundo comunicado final divulgado após encontro do órgão.

Por fim, o G7 anunciou na noite de sexta-feira um "plano de ação" de cinco pontos para enfrentar a crise financeira internacional. "Nos comprometemos a prosseguir trabalhando juntos para estabilizar os mercados financeiros, restaurar o fluxo de crédito e apoiar o crescimento econômico global", informou o Tesouro dos Estados Unidos na ocasião.

O G7 também se comprometeu a fazer o necessário para desbloquear o mercado de crédito hipotecário e destaca a necessidade de se conceder aos bancos a capacidade de elevar seu capital junto aos setores público e privado, visando a restabelecer a confiança.

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O megainvestidor George Soros criticou neste domingo o plano do governo americano para enfrentar a crise bancária mundial, chamando-o de "mal concebido" e reservando palavras especialmente severas para o secretário do Tesouro, Henry Paulson.

"O dano poderia ter sido menor se este plano de US$ 700 bilhões tivesse sido mais bem elaborado, se tivessem pensado antes, se tivessem administrado a situação do setor imobiliário", disse Soros à cadeia CNN em entrevista divulgada hoje. "O Plano Paulson foi mal concebido."

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