Dilma vai definir economia primeiro. Mercado cobra definição de equipe

Futuro de Meireles no BACEN provoca incertezas no mercado.

As incertezas geradas pelo futuro de Meireles no Banco Central e a composição da futura equipe econômica, geram incertezas no mercado e alguns estragos. Investidores temem que Dilma não terá disposição de conter gastos públicos.

No entender do mercado, sem controle dos gastos públicos, fica comprometido o controle inflacionário em 2011 e isto gera mais incertezas.

Outro temor que assombra o mercado,é a possibilidade de Dilma centralizar o controle das decisões econômicas no Planalto, tirando do Banco Central e da Fazenda, a liberdade quem ambos têm hoje para conduzir a política econômica do país.

"Um presidente com mais influência na economia é algo que não vemos há algum tempo e sem dúvida trará muita incerteza ao mercado", disse Aloisio Teles, da corretora japonesa Nomura, em nota para clientes ontem.

O mercado de juros futuro tem sofrido agitação, pois quaisquer mudanças econômicas que interfiram na política de juros, têm consequências a médio e longo prazo. Por isso, as taxas cairam nos contratos com vencimento nos próximos dois anos e subiram bastante nos contratos de prazo mais longo, sinal de que os investidores apostam numa redução dos juros no início do novo governo e preveem dificuldades depois.

De qualquer forma, especula-se no mercado que a presidente eleita, Dilma Ropussef, poderia divulgar ainda este mês os nomes que formarão a equipe econômica. Ao menos, esta foi a informação passada a interlocutores de partidos aliados. Dilma pretende anuniciar o ministério em blocos, por área. Portanto, somente após a cúpula do G-20 são esperados anúncios sobre a economia.

Ministérios

A composição do ministério não será nada fácil pois PT e PMDB,  embora aliados, vão disputar vaga a vaga e o PMDB quer não somente indicar quais pastas interessam como também os nomes dos futuros ministros de cada pasta envolvida. Temer informou que o partido pretende preservar as áreas que tem hoje: Agricultura, Comunicações, Integração, Minas e Energia e, ainda, Saúde e Defesa.

Outro partido da coligação governista, o PSB, que teve ótimo desempenho eleitoral,também quer uma fatia generosa da máquina de governo. O partido que comanda os ministérios da Ciência e Tecnologia e a Secretaria de Portos que ampliar o espaço e comandar o Ministério da Integração Nacional.

Como se vê, nada muda em Brasília. Sempre a mesma briga por cargos e poder e nada sobre ideais e formulação de políticas que efetivamente favoreçam a população.

Por: BGN

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