Mac Laren diz, ainda, que a não conclusão do projeto já resultou em perdas de contratos para os estaleiros
A empresária Gisela Mac Laren, presidente do estaleiro Mac Laren, em Niterói, criticou de forma enfática o Banco do Brasil pela demora em conceder o financiamento que busca há três anos para a construção de um dique seco.
A construção da área é necessária para que a empresa se habilite a disputar contratos para construção de plataformas de petróleo, encomendadas pela Petrobras, e está orçada em US$ 90 milhões.
"Desistimos de tolerar a incompetência do Banco do Brasil. É um banco limitado, com premissas limitadas. Deveria estar preocupado em contribuir para o desenvolvimento do país. No entanto, está mais preocupado em contas correntes de aposentados e não em financiamentos e investimentos. É o banco mais incompetente para fazer projetos dessa magnitude", disse, durante almoço em sua homenagem na Associação Comercial do Rio de Janeiro.
Segundo Mac Laren, o estaleiro pleiteava US$ 70 milhões para as obras, que levarão 15 meses para ser concluída. Os recursos pleiteados viriam do Fundo da Marinha Mercante. Segundo a empresária, o pedido de financiamento barrou nas exigências de garantias. "Não bastassem as garantias de 150% que eles nos exigiram e foram dadas, eles quiseram que fizéssemos uma obra. Era uma discussão sobre se o que vinha primeiro era o ovo ou a galinha."
Diante dos entraves, a empresária diz já estar conversando com bancos estrangeiros _os quais não quis revelar. Segundo ela, a relação será com um banco. "Não queremos sócios nem fundos. O mundo se voltou para o Brasil. Chineses, singapureanos estão olhando para o Brasil. Então, vamos ignorar a existência desse banco, sabedores de que a vocação deles não é para o engrandecimento do Brasil".
Por conta do atraso na liberação, diz a empresária, a obra sofrerá um atraso de até três anos.
Mac Laren diz, ainda, que a não conclusão do projeto já resultou em perdas de contratos para os estaleiros. Enquanto não constrói o dique seco, o estaleiro vem fazendo reparos em embarcações. A empresária diz que também vem se preparando para participar do leilão para construção das plataformas P-58 e P-62, esperado para ocorrer ainda este mês. "Serão três módulos, e pretendemos fazer oferta para dois deles", diz.
Fonte: FOLHA / SAMANTHA LIMA
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