Pedreiro que matou 6 jovens em Luziânia cumpria pena de 14 anos por pedofilia

Justiça débil permitiu os crimes


O pedreiro Admar Jesus Silva, de 40 anos, preso neste sábado e que confessou o assassinato dos seis jovens desaparecidos em Luziânia , Goiás, a 70 km de Brasília, cumpria pena em regime semiaberto pelo crime de pedofilia.

Ele havia sido condenado em 2005 a 14 anos de prisão estava solto desde 23 de dezembro passado, poucos dias antes de os garotos começarem a sumir no bairro Estrela D'Alva. Na prática, cumpriu apenas quatro anos atrás das grades.

A polícia identificou o criminoso depois que uma irmã dele passou a usar o celular de um dos jovens desaparecidos. Depoimentos de outros adolescentes do bairro e colegas dos meninos mortos ajudaram a identificar o assassino.

Monitorado há 10 dias, o pedreiro foi preso no sábado e confessou as mortes, todas a pauladas. No mesmo dia, levou a polícia até o local onde os corpos foram enterrados, um matagal à beira da Rodovia BR-040, entre Luziânia e Cristalina. Dois dos corpos foram achados ainda no sábado e os outros quatro na manhã deste domingo.

O pedreiro contou que atraía os garotos oferecendo dinheiro. Todos os jovens moravam no bairro Estrela D'Alva e eram de famílias pobres. Eles não se conheciam. Tinham idades entre 13 e 19 anos, não usavam drogas e não tinham antecedentes criminais.

O primeiro a desaparecer foi Diego Alves Rodrigues, de 13 anos, em 30 de dezembro. A seguir sumiram Paulo Victor V.A. Lima, de 16 anos (no dia 4 de janeiro), George Rabelo dos Santos, de 17 anos (no dia 10 de janeiro), Divino Luiz Lopes, de 16 anos (no dia 13 de janeiro) e Flávio A. Fernandes, 14 anos (no dia 18 de janeiro). O último a desaparecer foi

Márcio Luiz de Souza Lopes, um ajudande de serralheiro de 19 anos, único maior de idade do grupo, no dia 23 de janeiro.

O caso teve repercussão nacional e a Polícia Federal passou a dar apoio às investigações.

O pedreiro morava na mesma região onde os jovens foram atacados e, de acordo com a polícia, não teve dificuldade em indicar o local onde enterrou os corpos e demonstrou frieza ao falar dos crimes.

Fonte: EXTRA Online

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