Temperaturas altas e baixa umidade ajudam a criar ventanias em SP

Os moradores da região metropolitana de São Paulo têm presenciado fortes ventanias durante os temporais dos últimos dias. 


De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), os ventos estão mais intensos devido à elevação das temperaturas e a queda da umidade relativa do ar.

Segundo o meteorologista Marcelo Schneider, do Inmet, diferente dos temporais registrados em dezembro de 2009 e janeiro deste ano, as chuvas dos últimos dias têm provocado ventos em torno dos 80 km/h. Isso porque as temperaturas estão mais altas, chegando aos 32ºC e a umidade em torno dos 40%, contra os 60% registrados nos meses anteriores.

Ainda segundo Schneider, essas novas condições fazem com que as chuvas se deparem com temperaturas elevadas e umidades mais baixas, o que provoca a evaporação de partículas. Essas partículas que evaporam esfriam rapidamente o ar, provocando movimentações intensas e intensificam as correntes descentes.

Schneider acrescenta que a condição de temperaturas elevadas, umidade do ar mais baixa do que a registrada nos últimos meses, e os ventos fortes devem continuar até a próxima semana. De acordo com ele, essa condição deve mudar apenas na quinta-feira da semana que vem, quando a umidade relativa do ar deve sofrer pequena elevação, o que deve reduzir a intensidade dos ventos.

Apenas ontem, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) registrou 145 quedas de árvores na cidade, mas esse número pode ser maior. Na última quarta-feira (3), uma pessoa morreu após ter o carro atingido por uma queda de árvore na marginal Tietê. A vítima chegou a ser levada para o pronto-socorro de Vila Maria, mas não resistiu.

Desde o dia 1º de dezembro, as chuvas já provocaram 73 mortes em todo o Estado. Além disso, 39 cidades decretaram situação de emergência e outras três estão em situação de calamidade pública. Ao todo, mais de 27 mil pessoas tiveram que deixar suas casas no Estado devido aos temporais.

Saiba mais sobre tipos de ventos e tempestades

Conheça o significado e a forma utilizada pelos meteorologistas para classificar os ventos e fenômenos meteorológicos de acordo com sua intensidade:
Vento: termo genérico que identifica o ar em movimento, independente da velocidade.
Brisa: é um vento de pouca intensidade, que geralmente não ultrapassa os 50 km/h.
Monção: começa no início de junho no sul da Índia. São ventos periódicos, típicos do sul e do sudeste da Ásia, que no verão sopram do mar para o continente. A monção geralmente termina em setembro, caracterizando-se por forte chuva associada a ventos.
Ciclone: Caracteriza-se por uma tempestade violenta que ocorre em regiões tropicais ou subtropicais, produzida por grandes massas de ar em alta velocidade de rotação. Evidencia-se quando ventos superam os 50 km/h.
Furacão: vento circular forte, com velocidade igual ou superior a 119 km/h. Os furacões são os ciclones que surgem no mar do Caribe (oceano Atlântico) ou nos Estados Unidos. Giram no sentido horário (no hemisfério sul) ou anti-horário (no hemisfério norte) e medem de 200 km a 400 km de diâmetro. Sua curva se assemelha a uma parabólica.
Tufão: é o nome que se dá aos ciclones formados no sul da Ásia e na parte ocidental do oceano Índico, entre julho e outubro. É o mesmo que furacão, só que na região equatorial do Oceano Pacífico. Os tufões surgem no mar da China e atingem o leste asiático.
Tornado: é o mais forte dos fenômenos meteorológicos, menor e mais intenso que os demais. Com alto poder de destruição, seus ventos atingem até 500 km/h. O tornado ocorre geralmente em zonas temperadas do hemisfério norte.
Vendaval: vento forte com um grande poder de destruição, que chega a atingir até 150 km/h. Ocorre geralmente de madrugada e sua duração pode ser de até cinco horas.
Willy-willy: nome que os ciclones recebem na Austrália e demais países do sul da Oceania.


Rodrigo Paiva/Folha Imagem

Fonte: FOLHA

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