O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou nesta quarta-feira (24), em Cuba, que tivesse recebido uma carta de organismos de defesa de direitos humanos e dissidentes cubanos para que interviesse no caso do encanador Orlando Zapata, que morreu na prisão nesta terça após cerca de dois meses de greve de fome.
“Se eles são dissidentes de Cuba e agora querem ser dissidentes do Lula não tem problema nenhum. As pessoas precisam parar de fazer carta, guardarem pra si e depois dizer que mandaram pros outros”, disse o presidente brasileiro, que se reuniu nesta quarta-feira com seu colega cubano Raúl Castro e o irmão dele, Fidel.
“A pessoa só pode dizer que mandou a carta pro presidente se a carta foi protocolada. Na verdade eu não recebi carta. Se tivesse pedido pra mim pra conversar, teria conversado. Nós não nos recusamos a conversar”, disse Lula.
BGN: Francamente, o asunto era de conhecimento público antes da viagem. Portanto, a declaração presidencial cai por terra.
O presidente brasileiro disse lamentar a morte de Zapata. “Temos que lamentar, como ser humano, alguém que morreu, que decidiu fazer uma greve de fome, que vocês sabem que sou contra porque fiz”, declarou, fazendo uma referência a uma greve de fome que promoveu quando esteve preso, na década de 80, durante a ditadura militar.
Fonte: G1 - TV Globo / Claúdia Bomtempo
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