'Foi um privilégio trabalhar com Pena Branca', diz Daniel - veja repercussão

Sertanejos lamentam a morte do cantor, ex-dupla de Xavantinho. Ele teve um infarto, foi levado ao hospital, mas não resistiu.



O cantor Daniel (Foto: Divulgação)

Sertanejos lamentam a morte do cantor José Ramiro Sobrinho, de 70 anos, conhecido como Pena Branca. "Eu tive a honra de conhecê-lo e de ter amizade com ele. Gravei com ele uma canção no primeiro CD do projeto 'Meu reino encantado'. Tê-lo dentro do estúdio, a energia dele, a autenticidade... Foi um grande privilégio para mim trabalhar com ele", afirma o cantor Daniel.

Ele diz que ficou sabendo da morte do cantor na noite de segunda-feira (8), por meio do maestro Mario Campanha. "Ele me disse que o Pena Branca estava numa fase muito boa da vida, se programando para mudar para Minas com a esposa", contou. "A música sertaneja com certeza perde muito nesta data."

Pena Branca, da ex-dupla sertaneja Pena Branca e Xavantinho, passou mal em casa, no bairro do Jaçanã, Zona Norte de São Paulo.

Ele teve um infarto e foi levado para o hospital, mas não resistiu. A dupla, uma das mais tradicionais da música sertaneja, começou a cantar em 1962.

A dupla Guilherme e Santiago também lamentou a morte do amigo. "O Pena Branca é um ícone e tem um significado especial para a música de raiz. A exemplo de seu eterno parceiro, o Xavantino, ele fará muita falta não só aos amantes da boa música, mas também da arte e da cultura brasileira", disse Santiago.

O cantor Tiago, da dupla Hugo e Tiago, disse ter perdido um ídolo. "Não tínhamos um contato mais íntimo, mas o Pena Branca teve uma passagem que ficou marcada para sempre na minha memória. Quando eu ainda lutava por um lugarzinho ao sol na música, encontrei, em um posto de gasolina, e lá estavam o Pena Branca, as Irmãs Galvão, a Inezita Barroso, João Mulato e Douradinho, entre outros. Fui pedir um autógrafo, e o Pena Branca me tratou como se fosse um artista conhecido. Isso me marcou muito, pois eu estava apenas começando. Ele deu um show de humildade e companheirismo, típico do grande artista que foi."

O enterro acontecerá às 17h, no Cemitério Parque dos Pinheiros, na Zona Norte de São Paulo.


Carreira

Pena Branca / Reprodução TV Globo

Pena Branca e Xavantinho chegaram em São Paulo em 1968 para tentar a carreira artística. Em 1990, os dois ganharam o Prêmio Sharp de melhor música, com “Casa de Barro”, escrita por Xavantinho e Moniz, e de melhor disco, com “Cantando do mundo afora”.

Os sucessos da dupla chegaram ao exterior. Os intérpretes de “Violas e canções”, “Viola quebrada”, “Luar do sertão” e “Pingo d’água”, entre outras, fizeram apresentações nos Estados Unidos.

Em 1999, o irmão Xavantinho morreu, e Pena Branca seguiu carreira solo. Ele chegou a ganhar um Grammy Latino.


Fontes: G1 - TV Globo

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