Comissão da OEA manifesta preocupação por violência na Venezuela

A CIDH pediu respeito "ao diálogo e ao exercício pacífico do direito de manifestação e reunião na Venezuela"

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) expressou nesta terça-feira "profunda preocupação" ante a violência ocorrida durante manifestações promovidas na semana passada, favoráveis e contrárias ao governo do presidente venezuelano, Hugo Chávez. Duas pessoas morreram.

"Segundo a informação disponível, pelo menos dois manifestantes teriam perdido a vida nos protestos", disse a entidade, que faz parte da OEA (Organização dos Estados Americanos).

Em nota, a CIDH também chamou a atenção para a situação "dos vários agentes públicos e cidadãos" que ficaram feridos devido "ao uso indevido da força por parte das autoridades e à ação dos próprios manifestantes, tanto partidários como contrários ao governo venezuelano".

De acordo com a instituição, o Estado venezuelano "tem o dever de investigar os fatos que violam os direitos humanos até seu pleno esclarecimento, além de julgar os responsáveis".

No documento, a CIDH lembrou ainda que, segundo informações veiculadas pela imprensa local, "a polícia dispersou os manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo" e armas que disparam fragmentos de chumbo, além de ter detido vários estudantes universitários.

A CIDH pediu respeito "ao diálogo e ao exercício pacífico do direito de manifestação e reunião na Venezuela" e prometeu "acompanhar de perto a evolução dos acontecimentos".

Além da entidade, a Anistia Internacional (AI) já havia condenado a violência ocorrida na Venezuela durante as mobilizações da semana passada.

Os manifestantes que saíram às ruas para protestar contra o governo, em sua maioria estudantes universitários, criticaram a suspensão do sinal a cabo da emissora Radio Caracas Televisión Internacional (RCTV). Também houve protestos pelo racionamento de energia elétrica que afeta o país.

Fontes: FOLHA - Ansa

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